CAPITULO 13 ACEITAÇÃO.
CAPITULO 13 ACEITAÇÃO. |
As percepções do homem não estão delimitadas pelos |
órgãos físicos da percepção, ele percebe mais do que os |
seus sentidos podem revelar. |
Não importa o quanto você pareça estar vivendo em um |
mundo material, você na verdade está vivendo em um |
mundo de imaginação. Os eventos físicos e externos da |
vida são frutos, frutos de uma "floração" passada e |
esquecida – são resultados de estados de consciência |
anteriores, geralmente esquecidos. Eles são as etapas |
finais de um processo originalmente imaginativo vezes e |
vezes esquecido. |
Sempre que você fica completamente absorvido por um |
estado emocional, você assume neste momento o |
sentimento de realização deste estado. Se mantido, não |
importa o que você sinta intensamente, isso você |
vivenciará em seu mundo. Estes períodos de absorção, |
de atenção concentrada, são as origens dos frutos que |
você colhe. São nestes momentos que você exercita o |
seu poder criativo – o único poder criativo que existe. Ao |
fim desses períodos, ou momentos de absorção, você |
sai e retorna desses estados imaginativos (onde você |
não estava fisicamente) para o ponto onde você estava |
anteriormente, fisicamente. Nesses períodos o estado |
imaginário é tão real que quando você retorna para o |
mundo objetivo, e vê que ele não é igual ao estado |
imaginado, o choque é inevitável. Afinal, você viu algo |
em sua imaginação, com tanta vivacidade, que agora |
você se questiona se as evidências dos seus sentidos |
realmente são confiáveis, e como Keats você pergunta: |
"Será que isso foi uma visão? Ou um sonho acordado? |
"Foi-se aquela melodia.... Será que eu acordei ou |
dormi?" |
Este choque inverte a sua percepção do tempo. Isso |
quer dizer que em vez das suas experiências serem |
resultantes do passado, agora elas passam a ser |
resultantes de estar, em sua imaginação, onde você |
ainda não esteve fisicamente. Como efeito, isto move |
você por uma série de eventos até a realização física do |
seu estado imaginado. O homem que, conforme a sua |
vontade, consegue assumir qualquer estado que deseje, |
encontrou as chaves do Reino dos Céus. As chaves são o |
desejo, imaginação, e uma atenção constantemente |
focada no sentimento do desejo realizado. Para tal |
homem, qualquer condição objetiva indesejável, não |
mais será uma realidade; e um desejo ardente, não mais |
um sonho. |
"Provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, 'e |
comprovai com vossos próprios olhos se não lhes |
abrirei as comportas do céu, e se não derramarei sobre |
vós tantas bênçãos, que nem tereis celeiros o bastante |
para guardá-las todas. (Malaquias 3, versículo 10). |
As comportas do céu não serão abertas e nem seus |
tesouros derramados pela força, mas elas se abrem e |
derramam seus tesouros como uma dádiva - um |
presente que é ganho quando a absorção atinge um |
grau específico, tal que se resulte em um sentimento de |
completa aceitação. A passagem do seu estado atual |
para o sentimento do seu desejo atendido, não se |
realiza por entre uma brecha. Existe um processo de |
transição entre o que se chama de existente para o |
inexistente. Para passar de um estado para outro, você |
simplesmente precisa ampliar as suas percepções, confie |
em seu "tato", e mergulhe totalmente no espírito |
daquilo o que você está realizando. |
Nem pela força nem pelo poder, mas pelo meu |
espírito; diz o Senhor dos exércitos. (Zacarias 4, |
versículo 6). |
Assuma o espírito, o sentimento do desejo realizado, e |
você abrirá as comportas para receber a bênção. |
Assumir um estado é mergulhar no espírito do mesmo. |
Os seus triunfos serão uma surpresa apenas para |
aqueles que não sabiam da sua passagem oculta do |
estado de anseio para o estado de desejo realizado. |
O Senhor dos Exércitos não responderá ao seu desejo |
até que você aceite a sensação de já ser aquilo o que |
você deseja ser, pois esta aceitação é o canal para a ação |
dele. A aceitação é o Senhor dos Exércitos em ação. |