CAPÍTULO 3 - O PRINCÍPIO DA VERDADE.
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CAPÍTULO 3 - O PRINCÍPIO DA VERDADE.

CAPÍTULO 3 - O PRINCÍPIO DA VERDADE.

anderson
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CAPÍTULO 3 - O PRINCÍPIO DA VERDADE.

Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. (João

8, versículo 32).

A verdade que liberta o homem, é o conhecimento de

que a sua consciência é a ressurreição e a vida, que ela

ressuscita e traz à vida tudo o que ele é consciente de ser.

Pois além da consciência, não há ressurreição e nem vida.

Quando o homem desistir da sua crença em um Deus

externo a si mesmo, e começar a reconhecer sua

consciência como Deus, como fizeram Jesus e os

profetas, ele irá transformar o seu mundo com a

percepção que: "Eu e meu pai somos um, mas meu pai é

maior do que eu". Ele vai descobrir que a sua consciência

é Deus, e que o que ele é consciente de ser, é o filho

dando testemunho de Deus, o Pai.

O indivíduo e as suas concepções são um, mas o

indivíduo é maior que as suas concepções. "Antes que

Abraão existisse, EU SOU". Sim, eu era consciente de

existir antes mesmo de me tornar consciente de ser

homem, e, no dia em que eu deixar de ser consciente de

ser homem, eu ainda continuarei a ser consciente de ser

e existir.

A consciência de ser não depende de nada. Ela precede

todas as concepções de si mesma, e assim ela será,

mesmo quando todas as suas concepções deixarem de

existir. "EU SOU o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último,

o Princípio e o Fim. (Apocalipse 22, versículo 13)". Ou

seja, todas as minhas concepções começam e terminam

em mim, mas eu, a consciência infinita, permanecerei

para sempre.

Jesus descobriu esta verdade gloriosa, e declarou-se ser

um com Deus, não um Deus que o homem tenha

moldado, pois ele nunca reconheceu tal Deus. Jesus

reconheceu a Deus como sendo a sua consciência de ser

e então disse que: O Céu, o Reino de Deus, está dentro de

cada homem.

Quando foi escrito que Jesus deixou o mundo e foi até

seu pai, simplesmente foi afirmado que ELE tirou a sua

atenção do mundo dos sentidos, e se elevou em

consciência para o nível que ELE desejava expressar. E lá

permanecia, até se tornar um só com a consciência para

a qual ELE ascendeu, para que quando ELE voltasse para

o mundo do homem, ELE pudesse agir convicto, de

maneira positiva, com aquilo o que ele se tornou

consciente de ser, um estado de consciência que

ninguém além dele conhecia ou sentia. O homem por sua

ignorância desta lei eterna da expressão, classifica tais

acontecimentos como milagres.

Elevar a consciência ao nível do seu desejo, e permanecer

neste nível até que ele se torne natural, é a fórmula para

todos os "milagres" aparentes. "E Eu, se me erguer sobre

a terra, atrairei todas as pessoas até mim. (João 12,

versículo 32)". Se eu erguer a minha consciência à

naturalidade daquilo o que eu desejo, eu atrairei a

manifestação do que desejo para mim.

"Nenhum homem vem a mim sem que o Pai dentro de

mim o tenha chamado, e Eu e meu Pai somos um". A

minha consciência é o pai que atrai as manifestações da

vida para mim. A natureza da manifestação é

determinada pelo estado de consciência no qual eu

habito. Eu estou sempre atraindo em meu mundo aquilo

o que eu sou consciente de ser.

Se você estiver insatisfeito com a sua atual expressão na

vida, então, você precisa nascer de novo. O renascimento

é o falecimento deste nível atual, com o qual você está

insatisfeito, para então renascer no nível de consciência

que você deseja possuir e expressar.

Você não pode servir a dois senhores ou dois estados

opostos de consciência ao mesmo tempo. Se você tirar a

sua atenção de um estado, e direcioná-la para outro, você

morrerá para o estado do qual você se afastou, e irá

habitar e expressar aquele no qual você se uniu.

O homem não percebe que ele poderia expressar o que

ele deseja, através de uma Lei tão simples, adquirindo a

consciência do estado do seu desejo.

A razão para esta falta de fé da parte do homem, é

explicada por ele enxergar o estado desejado através dos

olhos das limitações de sua atual consciência. Portanto,

ele naturalmente olha para a realização do seu desejo

como algo impossível de se realizar.

Uma das primeiras coisas que o homem deve ter em

mente, é que é impossível burlar esta Lei espiritual da

consciência, e que ele não deve colocar vinho novo em

garrafas velhas. Ou seja, ao se elevar para um novo

estado, ele precisa abandonar todos os aspectos da sua

atual consciência. Pois o estado desejado não precisa de

"complementos", ele já é completo por si mesmo. E cada

novo nível de consciência, é expresso automaticamente.

Se elevar ao nível de um estado, significa se tornar este

estado em expressão. Mas, para se elevar a um nível

acima do estado do qual você está atualmente

expressando, você deve descartar completamente a

consciência com a qual você agora se identifica. Isto quer

dizer que até que sua atual consciência seja descartada,

você não será capaz de se elevar a um outro nível. Não

desanime. Se desapegar de sua identidade atual não é

tão difícil quanto parece.

Aceite o convite das Escrituras: "...a ficar ausente do

corpo, para ficar presente ao Senhor (2º Coríntios 5,

versículo 8)". Este não é um convite feito a um grupo

seleto de pessoas, isto é um chamado aberto à toda a

humanidade. O corpo do qual você é convidado a ficar

ausente, é a sua atual concepção de si mesmo e todas as

suas limitações, enquanto O Senhor ao qual você deve

ficar presente, é a sua consciência de ser.

Para realizar esta façanha aparentemente impossível,

você deve tirar sua atenção de seu problema e

concentrar-se em apenas ser. Você deve dizer

silenciosamente, mas com sentimento, "EU SOU". Não

condicione esta consciência ainda, mas continue a

declarar calmamente, "EU SOU! EU SOU!" Simplesmente

sinta a essência que é você, sem face e sem forma, e

continue a fazê-lo até você se sentir "flutuando".

"Flutuar", no sentido psicológico, é abstrair-se

totalmente dos sentidos físicos através da prática de

relaxamento, voluntariamente recusando-se a reagir às

percepções sensoriais. Com isso é possível desenvolver

um estado de consciência de pura receptividade. Esta é

uma tarefa surpreendentemente fácil. Neste estado de

total desprendimento, um pensamento definido

intencionalmente pode ser sutilmente gravado em sua

consciência não condicionada. Este estado de

consciência, é o estado necessário para se realizar uma

verdadeira meditação.

Esta experiência maravilhosa de elevar-se a este estado

de projeção, é o sinal de que você está ausente do corpo

ou problema, e agora está presente ao Senhor. Neste

estado, você não fica consciente de ser nada além de EU

SOU. Você fica apenas consciente de ser, de existir.

Quando esta expansão da consciência for alcançada,

nesta profunda forma de si mesmo, forme a sua nova

concepção, declarando-se e sentindo-se ser aquilo o que

você, antes de entrar nesse estado, desejava ser. Você

perceberá que dentro desta forma profunda de si, todas

as coisas parecem ser divinamente possíveis. Qualquer

coisa que você sinceramente sentir ser neste estado de

expansão, se tornará, com o tempo, a sua expressão

natural.

"E Deus disse: 'Que haja entre as águas um limite para

separá-las em duas partes!' Fez portanto Deus o

firmamento, e separou as águas estabelecidas abaixo

desse limite das que ficaram por cima. E assim

aconteceu" (Gênesis 1, versículos 6 e 7).

Sim, deixe que haja um firmamento ou concepção em

meio a essa consciência expandida, reconhecendo e

sentindo que: "EU SOU aquilo o que eu desejo." Em

outras palavras: "EU SOU o que SOU".

Conforme você declarar e se sentir ser aquilo o que

deseja, você irá cristalizar esta luz em que você se

encontra, na imagem e semelhança daquilo o que você

está consciente de ser.

Agora que a Lei do seu SER foi revelada a você, comece

hoje a se reavaliar para mudar o seu mundo. O homem já

manteve por tempo demais a crença de que ele nasceu

da tristeza, e que deve lutar para ter a sua salvação com o

suor do seu rosto. Deus é imparcial, ele não faz distinção

de pessoas. Enquanto homem continuar a andar nesta

crença de tristeza, porquanto ele vai andar em um mundo

de dor e confusão, pois o mundo do homem é a sua

consciência cristalizada em cada detalhe.

No livro de números está registrado: "Naqueles dias que

haviam gigantes na terra... éramos como gafanhotos

aos nossos próprios olhos, e éramos gafanhotos aos

olhos deles".

Hoje é o dia, o eterno agora, onde as condições do

mundo alcançaram a aparência de gigantes. O

desemprego, a crise econômica, a competição do

mercado, etc., são os gigantes que fazem você sentir-se

ser como um gafanhoto indefeso.

Mas, como nos foi dito primeiro: "éramos como

gafanhotos aos nossos próprios olhos", e por causa

desta nossa própria concepção, "éramos gafanhotos aos

olhos deles".

Nós só podemos ser para os outros aquilo o que primeiro

somos para nós mesmos. Portanto, à medida em que nos

reavaliarmos e nos sentirmos ser como um gigante, um

centro de poder, nós automaticamente mudaremos a

nossa posição em relação a eles, reduzindo os monstros

antigos ao seu verdadeiro lugar, fazendo-os parecer

como pequenos gafanhotos indefesos.

Paulo disse deste princípio, "Isto é para os gregos" (ou

os sábios deste mundo) "loucura". "E para os judeus" (ou

aqueles que buscam por provas e sinais) "um escândalo".

E como resultado, o homem continua a andar na

escuridão, ao invés de despertar para o ser que ele é de

verdade. "Eu sou a luz do mundo".

O homem tem ha tanto tempo adorado as imagens de

sua própria autoria, que de imediato ele considera esta

revelação uma blasfêmia, mas, no dia em que o homem

descobrir e aceitar este princípio como a base de sua vida,

será o dia que ele conseguirá eliminar sua crença em um

Deus externo a si mesmo.

A história da traição de Jesus no Jardim Getsêmani, é a

ilustração perfeita da descoberta deste princípio pelo

homem. Dizem que os guardas armados com bastões e

lanternas buscavam a Jesus no escuro da noite...

"Entretanto, tendo Jesus pleno conhecimento de tudo o

que viria sobre Ele, saiu ao encontro deles e lhes

perguntou: 'A quem procurais?' Responderam-lhe: 'A

Jesus de Nazaré! 'Ao que lhes respondeu Jesus: 'EU SOU

Jesus.' E Judas, aquele que o traiu, estava com eles.

Assim que Jesus lhes disse: "EU SOU Jesus", eles

recuaram atônitos e caíram no chão. Então Jesus lhes

perguntou de novo: 'A quem procurais?' E eles

disseram: 'A Jesus de Nazaré.' Jesus lhes exclamou: 'Eu

já vos disse que EU SOU Jesus. Por isso, se é a mim que

buscais, deixai estes homens seguirem seus caminhos'.

(João 18, versículos 4 ao 8)".

O homem, na escuridão de sua ignorância, sai em busca

de Deus auxiliado pela luz ofuscante da sabedoria

humana. Quando é revelado ao homem que o "EU SOU",

ou a sua consciência de ser, é o seu Salvador, o choque é

tão grande, que ele mentalmente cai no chão, pois cada

crença que ele aceitou antes cai por terra no momento

em que ele percebe que a sua consciência é o único

Senhor e Salvador. O conhecimento que o "EU SOU" é

Deus, obriga o homem a abandonar todos os outros, pois

é impossível servir a dois deuses. O homem que aceita a

sua consciência de ser como Deus, é incapaz de acreditar

em uma outra divindade ao mesmo tempo.

Antes que o homem consiga transformar o seu mundo,

ele primeiro deve estabelecer este embasamento ou

convicção. EU SOU o Senhor. O homem deve saber que

sua consciência de ser, é Deus. E a não ser que isto esteja

firmemente estabelecido, tal que nenhuma sugestão ou

argumento dos outros consiga estremecê-lo, ele poderá

recair, retornando para a escravidão de suas crenças

antigas.

"Por isso, Eu vos afirmei que morrereis em vossos

pecados. Se vós não crerdes que EU SOU, certamente

morrereis em vossos pecados (João 8, versículo 24)".

A menos que o homem descubra que sua consciência é a

causa de cada expressão de sua vida, ele continuará

buscando a causa de sua confusão no mundo dos efeitos,

e então terminará morrendo nesta busca infrutífera.

"EU SOU a videira, vós sois os ramos. Aquele que

permanece em mim, e EU nele, esse dará muito fruto,

pois sem mim não podeis realizar obra alguma. (João

15, versículo 5)".

A consciência é a videira, e o que você está consciente de

ser é como um ramo que você alimenta e mantém vivo.

Assim como um ramo não tem vida se não estiver

enraizado na videira, da mesma forma, as coisas não tem

vida a menos que você seja consciente delas. Assim como

um ramo murcha e morre se a seiva da videira cessa de

fluir em sua direção, da mesma forma, as coisas e

qualidades passarão se você se afastar e tirar sua atenção

delas, porque sua atenção é a seiva da vida que as

mantém vivas em sua expressão.