Aqui segue a maneira como uma amiga artista perdoou
Aqui segue a maneira como uma amiga artista perdoou |
a si mesma e viu-se livre da dor, da irritação e de |
inimizades. Ela, sabendo que nada além do |
esquecimento e do perdão é capaz de nos conduzir a |
novos valores, lançou-se em sua própria imaginação, e |
escapou da prisão de seus sentidos. Ela escreveu: |
"Quinta-feira eu dei aula o dia inteiro na escola de artes, |
e somente uma pequena coisa me marcou o dia. Ao |
entrar em minha sala de aula durante a tarde eu vi que o |
zelador tinha deixado todas as cadeiras em cima das |
mesas depois de limpar o chão. Quando eu fui revirar |
uma cadeira para baixo ela escorregou das minhas mãos |
e me causou um forte golpe em cima do meu pé direito. |
Eu imediatamente examinei meus pensamentos e logo |
vi que eu tinha criticado o homem por não ter feito o |
seu trabalho como deveria. Mas vendo que ele tinha |
perdido o seu ajudante, eu percebi que na verdade ele já |
tinha feito o suficiente, e que foi um presente indesejado |
que caiu e bateu em meu pé. Olhando para o meu pé, eu |
vi que tanto minha pele, quanto as minhas meias, |
estavam intactas, e então, eu esqueci o episódio. |
"Naquela noite, depois de ter trabalhado intensamente |
em um desenho por cerca de três horas, decidi tomar |
uma xícara de café. Para minha total surpresa eu não |
consegui pisar com meu pé direito, que estava latejando |
com grande dor. Eu me joguei sobre uma cadeira e tirei |
meu sapato para dar uma olhada. O pé inteiro estava |
com uma estranha mancha purpúra e rosa, inchado e |
quente. Tentei andar ainda mais vi que só ia doer mais. |
Eu não tinha qualquer tipo de controle sobre ele. Parecia |
ser uma entre duas coisas: ou eu tinha fraturado algum |
osso ou tinha deslocado alguma coisa. |
"'Não adiantava ficar especulando sobre o que era. O |
melhor era se livrar disso o quanto antes.' Então me |
acalmei, e deixei tudo a jeito para lançar-me em luz. |
Porém, para aumentar a minha perplexidade, minha |
imaginação se recusava a cooperar. Ela só dizia 'não'. |
"Esse tipo de coisa também acontece frequentemente |
quando eu estou pintando. Com isso, eu apenas começo |
a questionar: 'Porque não?' E ela continuava dizendo |
'Não', finalmente, eu desisti e disse: 'você sabe que eu |
estou sofrendo. Eu estou tentando não ter medo, mas |
você é o chefe. O que você quer fazer?' A resposta foi: 'Ir |
para a cama e rever os acontecimentos do dia.' Então eu |
disse: 'AH... certo. Mas deixe-me dizer uma coisa, se meu |
pé não estiver perfeito amanhã de manhã, você só terá a |
si mesma para culpar.' |
"Depois de preparar a roupa de cama, de forma que ela |
não cobrisse o meu pé, comecei a rever o dia. Foi |
demorado a princípio, pois estava com dificuldade de |
concentrar a minha atenção em outra coisa que não |
fosse o meu pé. Eu repassei o dia todo, não vi nada a |
adicionar ao incidente da cadeira. Mas quando cheguei |
ao início da noite vi-me cara a cara com um sujeito que, |
pelo ano passado inteiro, fez questão de não falar |
comigo. A primeira vez que isso aconteceu, eu pensei |
que ele era surdo. Eu o conhecia desde os tempos de |
escola, mas nunca tinha feito nada mais do que dizer um |
'Olá', e comentar sobre o tempo. Amigos em comum me |
garantiram que eu não tinha feito nada, que ele tinha |
dito que ele nunca gostou de mim, e que por fim, |
decidiu que não valia a pena me cumprimentar. Eu disse |
'Oi!' Ele não respondeu. Eu percebi que eu pensei: |
'Pobre coitado' – que jeito horrível de ser. Eu decidi fazer |
algo sobre esta situação ridícula. Então, na minha |
imaginação, parei ali e refiz a cena. Eu disse: 'Oi!'; Ele |
respondeu: 'Oi!' – e sorriu. Agora pensei: 'Bom e velho |
Ed'. Eu revi esta cena um tanto de vezes, segui para o |
próximo evento, e terminei o dia. |
''E Agora, no que eu me concentro, no meu pé ou no |
concerto?' Eu tinha carinhosamente e embalado um |
presente maravilhoso para encorajar o sucesso de uma |
amiga que estava para realizar a sua estreia no dia |
seguinte, e eu estava ansiosa para entregar-lhe esta |
noite. Minha imaginação soou um pouco mais solene |
quando ela disse "Foquemos no concerto. Vai ser mais |
divertido.' 'Mas primeiro não seria melhor fazer com que |
o meu maravilhoso pé imaginário substituísse o meu pé |
físico antes de começarmos?' Eu implorei. 'Por favor'. |
"Trato feito, tive uma experiência maravilhosa no |
concerto e minha amiga foi tremendamente aplaudida. |
"A este ponto eu estava com muito sono e adormeci em |
meio ao meu projeto. Na manhã seguinte, ao calçar meu |
chinelo, de repente me veio a imagem de uma rápida |
lembrança – eu retirando o sapato e um pé pálido e |
inchado. Eu peguei meu pé e olhei para ele. Ele estava |
perfeitamente normal em todos os aspectos. Havia um |
pequeno ponto-rosa no dorso do pé onde me lembrei |
que tinha levado a pancada com a cadeira. 'Mas que |
sonho foi esse tão vívido?' – eu pensava enquanto me |
vestia. Enquanto aguardava o meu café ficar pronto, fui |
até a minha mesa de desenho e vi que todos os meus |
pincéis estavam espalhados e sujos de tinta. 'O que deu |
em você para deixar seus pincéis assim?' – Eu pensei. |
'Não se lembra? Foi por causa do seu pé!' Então, isso |
tudo não foi um sonho afinal, mas sim uma bela de uma |
cura". |
Ela conseguiu pela arte da revisão aquilo o que ela |
nunca conseguiria pela força. |
"No céu a única arte de viver é Esquecer & Perdoar, |
especialmente para a fêmea. – Willian Blake" |
Nós devemos encarar nossa vida, não como ela |
aparenta ser, mas sim através da visão do artista, através |
da visão do mundo perfeitamente criado e sepultado |
sob todas as mentes – enterrado à espera que nós um |
dia o revisemos. |
"Somos levados a acreditar em uma mentira quando |
vemos com o olhar, e não através dele. – Willian Blake" |
Apenas uma revisão do dia, e aquilo o que era |
inquestionavelmente real, para ela já não era tanto |
assim, e como um sonho, despercebidamente |
desapareceu. |
Você pode revisar o dia para satisfazer a si mesmo, e ao |
experimentar na imaginação os discursos revisados e |
suas ações, não só modificará a tendência da história de |
sua vida, mas também transformará todas suas |
desavenças em harmonias. Quem descobre o segredo |
da revisão não terá outra escolha a não ser se deixar ser |
guiado pelo amor. Sua eficácia aumentará com a prática. |
A revisão é a maneira pela qual o correto pode |
encontrar o seu potencial adequado. "Não resistais ao |
mau… (Mateus 5, versículo 39)", pois, todos os conflitos |
passionais resultam na correspondência de suas |
características. |
"Aquele, pois, que sabe como fazer o bem e não o faz, |
comete pecado. (Tiago 4, versículo 17)". |
Para saber a verdade, você precisa viver a verdade, e |
para viver a verdade suas ações interiores devem |
coincidir com as ações do seu desejo realizado. |
Expectativa e desejo devem tornar-se um só. Seu mundo |
exterior é apenas uma atualização dos seus movimentos |
internos. Pela ignorância da lei da revisão, aqueles que |
partem para a guerra são perpetuamente derrotados. |
Apenas os conceitos que idealizamos retratam a |
verdade. |
O Ideal do homem é o seu verdadeiro eu. E porque eu |
firmemente acredito que qualquer coisa que seja |
profundamente imaginada, se torna, na realidade, algo |
totalmente prático, é que eu lhe peço para viver de |
forma imaginativa e que pense sobre isso, e peço que |
você, pessoalmente, se aproprie da eterna expressão: |
"Cristo em vós, a esperança da glória". |
Não culpe; apenas resolva. Não é o homem na terra em |
sua forma mais bela, mas você, praticando a arte da |
revisão, que faz o paraíso. A evidência desta verdade só |
será encontrada quando você mesmo tiver esta |
experiência. Teste rever o dia. Use a revisão como uma |
tesoura de poda, e você colherá frutos supremos. |