CAPITULO 4
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CAPITULO 4

Aqui segue a maneira como uma amiga artista perdoou

anderson
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Aqui segue a maneira como uma amiga artista perdoou

a si mesma e viu-se livre da dor, da irritação e de

inimizades. Ela, sabendo que nada além do 

esquecimento e do perdão é capaz de nos conduzir a

novos valores, lançou-se em sua própria imaginação, e

escapou da prisão de seus sentidos. Ela escreveu:

"Quinta-feira eu dei aula o dia inteiro na escola de artes,

e somente uma pequena coisa me marcou o dia. Ao

entrar em minha sala de aula durante a tarde eu vi que o

zelador tinha deixado todas as cadeiras em cima das

mesas depois de limpar o chão. Quando eu fui revirar

uma cadeira para baixo ela escorregou das minhas mãos

e me causou um forte golpe em cima do meu pé direito.

Eu imediatamente examinei meus pensamentos e logo

vi que eu tinha criticado o homem por não ter feito o

seu trabalho como deveria. Mas vendo que ele tinha

perdido o seu ajudante, eu percebi que na verdade ele já

tinha feito o suficiente, e que foi um presente indesejado

que caiu e bateu em meu pé. Olhando para o meu pé, eu

vi que tanto minha pele, quanto as minhas meias,

estavam intactas, e então, eu esqueci o episódio.

"Naquela noite, depois de ter trabalhado intensamente

em um desenho por cerca de três horas, decidi tomar

uma xícara de café. Para minha total surpresa eu não

consegui pisar com meu pé direito, que estava latejando

com grande dor. Eu me joguei sobre uma cadeira e tirei 

meu sapato para dar uma olhada. O pé inteiro estava

com uma estranha mancha purpúra e rosa, inchado e

quente. Tentei andar ainda mais vi que só ia doer mais.

Eu não tinha qualquer tipo de controle sobre ele. Parecia

ser uma entre duas coisas: ou eu tinha fraturado algum

osso ou tinha deslocado alguma coisa.

"'Não adiantava ficar especulando sobre o que era. O

melhor era se livrar disso o quanto antes.' Então me

acalmei, e deixei tudo a jeito para lançar-me em luz.

Porém, para aumentar a minha perplexidade, minha

imaginação se recusava a cooperar. Ela só dizia 'não'.

"Esse tipo de coisa também acontece frequentemente

quando eu estou pintando. Com isso, eu apenas começo

a questionar: 'Porque não?' E ela continuava dizendo

'Não', finalmente, eu desisti e disse: 'você sabe que eu

estou sofrendo. Eu estou tentando não ter medo, mas

você é o chefe. O que você quer fazer?' A resposta foi: 'Ir

para a cama e rever os acontecimentos do dia.' Então eu

disse: 'AH... certo. Mas deixe-me dizer uma coisa, se meu

pé não estiver perfeito amanhã de manhã, você só terá a

si mesma para culpar.'

"Depois de preparar a roupa de cama, de forma que ela

não cobrisse o meu pé, comecei a rever o dia. Foi

demorado a princípio, pois estava com dificuldade de

concentrar a minha atenção em outra coisa que não

fosse o meu pé. Eu repassei o dia todo, não vi nada a

adicionar ao incidente da cadeira. Mas quando cheguei

ao início da noite vi-me cara a cara com um sujeito que,

pelo ano passado inteiro, fez questão de não falar

comigo. A primeira vez que isso aconteceu, eu pensei

que ele era surdo. Eu o conhecia desde os tempos de

escola, mas nunca tinha feito nada mais do que dizer um

'Olá', e comentar sobre o tempo. Amigos em comum me

garantiram que eu não tinha feito nada, que ele tinha

dito que ele nunca gostou de mim, e que por fim,

decidiu que não valia a pena me cumprimentar. Eu disse

'Oi!' Ele não respondeu. Eu percebi que eu pensei:

'Pobre coitado' – que jeito horrível de ser. Eu decidi fazer

algo sobre esta situação ridícula. Então, na minha

imaginação, parei ali e refiz a cena. Eu disse: 'Oi!'; Ele

respondeu: 'Oi!' – e sorriu. Agora pensei: 'Bom e velho

Ed'. Eu revi esta cena um tanto de vezes, segui para o

próximo evento, e terminei o dia.

''E Agora, no que eu me concentro, no meu pé ou no

concerto?' Eu tinha carinhosamente e embalado um 

presente maravilhoso para encorajar o sucesso de uma

amiga que estava para realizar a sua estreia no dia

seguinte, e eu estava ansiosa para entregar-lhe esta

noite. Minha imaginação soou um pouco mais solene

quando ela disse "Foquemos no concerto. Vai ser mais

divertido.' 'Mas primeiro não seria melhor fazer com que

o meu maravilhoso pé imaginário substituísse o meu pé

físico antes de começarmos?' Eu implorei. 'Por favor'.

"Trato feito, tive uma experiência maravilhosa no

concerto e minha amiga foi tremendamente aplaudida.

"A este ponto eu estava com muito sono e adormeci em

meio ao meu projeto. Na manhã seguinte, ao calçar meu

chinelo, de repente me veio a imagem de uma rápida

lembrança – eu retirando o sapato e um pé pálido e

inchado. Eu peguei meu pé e olhei para ele. Ele estava

perfeitamente normal em todos os aspectos. Havia um

pequeno ponto-rosa no dorso do pé onde me lembrei

que tinha levado a pancada com a cadeira. 'Mas que

sonho foi esse tão vívido?' – eu pensava enquanto me

vestia. Enquanto aguardava o meu café ficar pronto, fui

até a minha mesa de desenho e vi que todos os meus

pincéis estavam espalhados e sujos de tinta. 'O que deu

em você para deixar seus pincéis assim?' – Eu pensei.

'Não se lembra? Foi por causa do seu pé!' Então, isso

tudo não foi um sonho afinal, mas sim uma bela de uma

cura".

Ela conseguiu pela arte da revisão aquilo o que ela

nunca conseguiria pela força.

"No céu a única arte de viver é Esquecer & Perdoar,

especialmente para a fêmea. – Willian Blake"

Nós devemos encarar nossa vida, não como ela

aparenta ser, mas sim através da visão do artista, através

da visão do mundo perfeitamente criado e sepultado

sob todas as mentes – enterrado à espera que nós um

dia o revisemos.

"Somos levados a acreditar em uma mentira quando

vemos com o olhar, e não através dele. – Willian Blake"

Apenas uma revisão do dia, e aquilo o que era

inquestionavelmente real, para ela já não era tanto

assim, e como um sonho, despercebidamente

desapareceu. 

Você pode revisar o dia para satisfazer a si mesmo, e ao

experimentar na imaginação os discursos revisados e

suas ações, não só modificará a tendência da história de

sua vida, mas também transformará todas suas

desavenças em harmonias. Quem descobre o segredo

da revisão não terá outra escolha a não ser se deixar ser

guiado pelo amor. Sua eficácia aumentará com a prática.

A revisão é a maneira pela qual o correto pode

encontrar o seu potencial adequado. "Não resistais ao

mau… (Mateus 5, versículo 39)", pois, todos os conflitos

passionais resultam na correspondência de suas

características.

"Aquele, pois, que sabe como fazer o bem e não o faz,

comete pecado. (Tiago 4, versículo 17)".

Para saber a verdade, você precisa viver a verdade, e

para viver a verdade suas ações interiores devem

coincidir com as ações do seu desejo realizado.

Expectativa e desejo devem tornar-se um só. Seu mundo

exterior é apenas uma atualização dos seus movimentos

internos. Pela ignorância da lei da revisão, aqueles que

partem para a guerra são perpetuamente derrotados.

Apenas os conceitos que idealizamos retratam a

verdade. 

O Ideal do homem é o seu verdadeiro eu. E porque eu

firmemente acredito que qualquer coisa que seja

profundamente imaginada, se torna, na realidade, algo

totalmente prático, é que eu lhe peço para viver de

forma imaginativa e que pense sobre isso, e peço que

você, pessoalmente, se aproprie da eterna expressão:

"Cristo em vós, a esperança da glória".

Não culpe; apenas resolva. Não é o homem na terra em

sua forma mais bela, mas você, praticando a arte da

revisão, que faz o paraíso. A evidência desta verdade só

será encontrada quando você mesmo tiver esta

experiência. Teste rever o dia. Use a revisão como uma

tesoura de poda, e você colherá frutos supremos.