Capítulo 4 REVISÃO.
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Capítulo 4 REVISÃO.

Capítulo 4 REVISÃO.

anderson
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Capítulo 4 REVISÃO.

O primeiro homem foi formado do pó da terra, o

segundo homem é dos céus. (1º Coríntios 15, versículo

47).

Ele nunca irá dizer "lagartas". Ele vai dizer:

"Há um monte de borboletas – como hão de ser

em nossos repolhos, Prue."

Ele não dirá, "É inverno". Ele vai dizer:

"O verão está dormindo".

E não há botão pequeno demais,

nem descolorido o bastante,

para Kester, não que o impeça de dizer:

"É o início da floração".

Mary Webb, Querido Bane

O primeiro ato de cura ou correção sempre será a

"revisão". Cada pessoa deve começar consigo mesma. É

a sua própria atitude que precisa ser mudada.

Aquilo o que nós somos, somente nós podemos ver.

– Emerson

É um exercício extremamente saudável e produtivo,

diariamente reviver o dia da maneira como queria tê-lo

vivido, revisando as cenas para fazê-las ficarem de

acordo com os seus ideais. Por exemplo, suponha que

hoje o carteiro tenha trazido uma correspondência ruim.

Revise a carta. Mentalmente, reescreva-a e deixe-a de

acordo com a aquilo o que você deseja receber. Em

seguida, na imaginação, leia a carta revisada, várias

vezes. Esta é a essência da revisão, e revisão resulta em

revogação.

O único requisito é despertar a sua atenção de uma

maneira tão intensa que você se torne totalmente

absorvido nesta ação revisada. Você vai experimentar

uma expansão e um aprimoramento dos sentidos com

este exercício imaginativo, e eventualmente alcançará a

visão. Mas lembre-se sempre de que o objetivo final

deste exercício, é criar em você "O Espírito de Jesus",

que é o contínuo perdão dos pecados.

A revisão é algo da maior importância quando o

objetivo é mudar a si mesmo, quando existe um desejo 

sincero de ser algo diferente, quando o desejo é

despertar o ideal do espírito ativo do perdão. Sem

imaginação o homem permanece um ser de pecado. Ou

o homem se eleva à imaginação, ou permanece

aprisionado em seus sentidos. Se elevar na imaginação,

é perdoar. O perdão é a vida da imaginação. A arte de

viver é a arte de perdoar. O perdão é, na verdade,

experimentar na imaginação, a versão revisada do dia,

experimentando na imaginação aquilo o que você

deseja que seja experimentado na carne. Toda vez que

alguém realmente perdoa – isto é, toda vez que alguém

revive um evento da maneira como ele deveria ter sido

vivido – este alguém nasce de novo. "Pai, perdoai-lhes..."

não é uma súplica que deve ser feita uma vez no ano,

mas uma oportunidade que temos todos os dias. A ideia

do perdão é uma possibilidade diária, e, se for aplicada

sinceramente, ela irá elevar o homem aos mais altos

níveis do ser. Ele experimentará a Páscoa todos os dias,

sendo a Páscoa a ideia de uma transformação mais

elevada, que deve ser um processo quase que contínuo.

Liberdade e perdão estão indissoluvelmente

interligados. Não perdoar, é o mesmo que estar em

guerra consigo mesmo, pois nós nos libertamos de

acordo com a nossa capacidade de perdoar.

"Perdoai e sereis perdoados. (Lucas 6, versículo 37)".

Perdoar, não é um senso de dever ou serviço. Perdoe

porque você deseja perdoar.

"Os seus caminhos são caminhos agradáveis, e todas

as suas veredas são de paz. (Provérbios 3, versículos

17)".

Você deve sentir prazer ao revisar as coisas. Você só

conseguirá perdoar os outros efetivamente, quando

você tiver um desejo sincero de identificá-los com os

seus ideais. Não é uma questão de dever. O perdão é

uma questão de remover deliberadamente a atenção do

dia não-revisado, e entregar alegremente toda a sua

energia ao dia revisado. Se o homem começar a rever

até mesmo os pequenos vexames e problemas do dia,

então ele começará a operar praticamente sobre si

mesmo. Cada revisão é uma vitória sobre si, e, portanto,

uma vitória sobre o seu inimigo.

"…e assim os inimigos do homem serão aqueles em

sua própria casa. (Mateus 10, versículo 36)".

... e a sua casa é o seu estado de espírito. O homem

muda seu futuro conforme ele revisa o seu próprio dia.

Quando um homem pratica a arte do perdão, da revisão,

ele revisará, com a sua imaginação, qualquer senário

fatual no qual repouse a sua visão, mesmo aqueles

nunca testemunhados antes. A magnitude da mudança

realizada em qualquer ato que a revisão envolve, faz tal

mudança parecer totalmente improvável para o realista

– o homem sem imaginação. Porque todas as mudanças

drásticas sobre a sorte do filho pródigo se deram por

uma "mudança em seu coração".

As batalhas do homem são travadas em sua própria

imaginação. O homem que não revisa o dia perdeu a

visão da vida que se assemelha à verdadeira função do

"Espírito de Jesus", que é transformar esta vida.

Portanto, tudo quanto quiserdes que os homens vos

façam, assim fazei-o vós a eles também, pois esta é a

Lei dos Profetas. (Mateus 7, versículo 12).