CAPITULO 5
0
0

CAPITULO 5

"A culpa, querido Brutus, não está em nossas estrelas, mas

anderson
4 min
0
0

"A culpa, querido Brutus, não está em nossas estrelas, mas

em nós mesmos, que nos subordinamos a elas."

– Julius Caesar, Ato - 1, Cena 2.

Assim como "os mundos se moldam pela palavra de Deus",

assim, nós, como "imitadores de Deus, como filhos

queridos", criamos as condições e circunstâncias de nossas

vidas, através do poder da palavra, em conversas interiores.

Sem a prática, apenas o conhecimento das regras do jogo

não produzirá os resultados desejados. "Aquele que sabe

fazer o bem" – ou seja, aquele que conhece as regras – "e

não o faz, comete pecado". Em outras palavras, ele perderá

a marca e falhará ao tentar realizar o seu objetivo.

Na Parábola dos Talentos, a condenação do Mestre ao seu

servo que deixou de usar o seu Talento, é clara e

inconfundível, e tendo descoberto uma das regras do jogo

da vida, corremos o risco de falhar por ignorá-la. O Talento

não usado, é como um membro não exercitado, enfraquece

e finalmente atrofia. Devemos ser "cumpridores da palavra,

e não apenas ouvintes". Uma vez que o pensamento segue

previsivelmente as linhas dos nossos diálogos internos, não

só podemos ver para onde vamos no campo da vida,

observando essas conversas internas, mas também

podemos determinar onde iremos, controlando e

direcionando esse diálogo interno.

O que você pensaria, diria e faria, caso você já fosse aquilo o

que você quer ser? Comece a pensar, dizer, e fazer isso

internamente. Foi dito a você que: "contudo, existe um

Deus nos céus capaz de revelar todos os mistérios..."

(Daniel 2, versículo 28). E você deve sempre se lembrar que

o céu está dentro de você. E para deixar claro quem é Deus,

onde ele está, e quais são os seus mistérios, Daniel completa

mencionando: "...O teu sonho, e as visões que tiveste na

tua cama". Eles revelam as linhas às quais você está

atrelado, e apontam a direção em que você está indo.

Isto é o que uma mulher fez para mudar as linhas às quais

ela infelizmente estava presa, para o sentido ao qual ela

queria seguir. Por dois anos, ela se manteve afastada das

três pessoas que ela mais amava. Ela teve uma briga com

sua nora, que a fez sair de casa. Durante esses dois anos, ela

não tinha visto e nem ouvido falar do seu filho, sua nora e

do seu neto, mesmo ela tendo enviado inúmeros presentes

ao seu neto. Toda vez que ela pensava em sua família, o que

acontecia diariamente, ela carregava uma conversa mental

com sua nora, que a culpava pela discussão e a acusava de

ser egoísta.

Certa noite, ao ouvir uma de minhas palestras – que era

justamente uma palestra sobre o Jogo da Vida, e como

jogá-lo – ela de repente percebeu que ela era a causa do

silêncio prolongado, e que ela e somente ela, poderia fazer

algo a respeito. Reconhecendo que seu objetivo era

primeiramente ter um relacionamento afetuoso, ela lançouse na tarefa de mudar completamente o seu diálogo

interno.

Naquela noite, em sua imaginação, ela construiu duas cartas

escritas amorosamente a ela, uma de sua nora e a outra do

seu neto. Na sua imaginação, ela lia as cartas

repetidamente, até que ela adormeceu no clima alegre de

ter recebido estas cartas. Ela repetia esta ação imaginária

todas as noites durante oito noites. Na manhã do nono dia,

ela recebeu um envelope contendo duas cartas, uma de sua

nora, outra do seu neto. Eram cartas cheias de afeto, que a

convidavam a visitá-los, quase réplicas idênticas daquelas

que ela havia construído mentalmente. Ao usar a sua

imaginação conscientemente e amorosamente, ela alterou

as linhas de pensamento às quais ela estava atrelada, e

virou-se para a direção que ela queria seguir, para uma feliz

reunião de família.

Uma mudança de atitude é uma mudança de

posicionamento no campo da vida. O jogo da vida não se

joga no meio em que chamamos de espaço e tempo; os

verdadeiros movimentos no jogo da vida ocorrem dentro

do campo da mente.

"Perder a tua alma;

Para novamente ela encontrar;

Prossiga em direção a essa meta:

Separar a tua mente...

– Laurence Housman.