Iluminação: elevando-se acima do pensamento
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Iluminação: elevando-se acima do pensamento

Iluminação: elevando-se acima do pensamento.

anderson12/21/2021
16 min
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Iluminação: elevando-se acima do pensamento.

O pensamento não é indispensável para sobrevivermos neste mundo?

Nossa mente é um instrumento, uma ferramenta. Está ali para ser usada em uma

tarefa específica e depois ser deixada de lado. Sendo assim, eu poderia afirmar que 80% a

90% dos pensamentos não só são repetitivos e inúteis, mas, por conta de uma natureza

freqüentemente negativa, são também nocivos. Observe sua mente e verificará como isso é

verdade. Essa atitude causa uma perda significativa de energia vital.

Esse tipo de pensamento compulsivo é, na verdade, um vício. O que caracteriza um

vício? Simplesmente não termos mais a opção de parar. O vício parece mais forte do que

nós. Proporciona ainda uma falsa sensação de prazer, um prazer que, quase sempre, se

transforma em sofrimento.

Por que temos de ser viciados em pensar?

Porque estamos identificados com esse processo, já que a percepção do eu interior

tem origem no conteúdo e na atividade de nossas mentes. Acreditamos que deixaríamos de

existir se parássemos de pensar. No processo de crescimento, construímos uma imagem

mental de nós mesmos, baseada em nosso condicionamento pessoal e cultural. Podemos

chamar isso “o fantasma pessoal do ego”. Consiste em uma atividade mental e só pode ser

mantido através do pensar constante. A palavra ego tem sentidos diferentes para pessoas

diferentes, mas aqui significa um falso eu interior, criado por uma identificação

inconsciente com a mente.

Para o ego, o momento presente dificilmente existe. Só o passado e o futuro são

considerados importantes. Essa total inversão da verdade explica por que, para o ego, a

mente não tem função. O ego está sempre preocupado em manter vivo o passado, porque

pensa que sem ele não seríamos ninguém. E se projeta no futuro para assegurar a

continuação de sua sobrevivência e buscar algum tipo de escape ou satisfação lá adiante.

Ele diz assim: “Um dia, quando isso ou aquilo acontecer, vou ficar bem, feliz, em paz”.

Mesmo quando o ego parece estar preocupado com o presente, não é o presente que ele

vê, porque constrói uma imagem completamente distorcida, a partir do passado. Ou então

reduz o presente a um meio para obter o fim desejado, um fim que sempre consiste em um

futuro projetado pela mente. Observe sua mente e verá que é assim que ela funciona.

O momento presente tem a chave para a libertação. Mas você não conseguirá

percebê-lo enquanto você for a sua mente.

Não quero perder a minha capacidade de analisar e criticar. Não me importo em aprender a pensar

de forma mais clara, com um sentido mais direcionado, mas não quero perder esse dom, que considero o bem

mais precioso que temos. Sem ele, seríamos apenas mais uma espécie animal.

O predomínio da mente é apenas um estágio na evolução da consciência. Precisamos,

urgentemente, passar ao próximo estágio, senão seremos destruídos pela mente, que se

transformou em um monstro. Falarei sobre isso em detalhes, mais adiante. Pensamento e

consciência não são sinônimos. O pensamento é um pequeno aspecto da consciência. O

pensamento não consegue existir sem a consciência, mas a consciência não necessita do

pensamento.

A iluminação significa chegar a um nível acima do pensamento, e não em ficar abaixo

dele, ao nível de um animal ou de uma planta. No estado iluminado, continuamos a usar

nossas mentes quando necessário, mas de um modo mais focalizado e eficiente. Assim,

utilizando nossas mentes com objetivos práticos, não ouvimos mais o diálogo interno

involuntário e sentimos uma enorme serenidade interior. Quando usamos de fato nossas

mentes e, em especial, quando necessitamos de uma solução criativa, há uma oscilação, de

segundos, entre o pensamento e a serenidade, entre a mente e a mente vazia. O estado de

mente vazia é a consciência sem o pensamento. Só assim é possível pensar criativamente,

porque somente desse modo o pensamento tem alguma força real. O pensamento sozinho,

quando não mais conectado com a área da consciência, que é muito mais ampla,

rapidamente se torna árido, doentio e destrutivo.

A mente é, em essência, uma máquina de sobrevivência. Ela executa muitas coisas

boas quando, por exemplo, ataca e se defende de outras mentes, coleta, armazena e analisa

uma informação, mas não é nada criativa. Todo artista verdadeiro, quer tenha ou não

consciência disso, cria a partir de um lugar de mente vazia, que se origina de uma

serenidade interior. A mente então dá forma ao impulso criativo, ou insight. Até mesmo os

grandes cientistas têm relatado que as suas descobertas mais originais aconteceram em um

momento de serenidade mental. Uma pesquisa nacional realizada com alguns dos

matemáticos mais preeminentes que já atuaram nos Estados Unidos, incluindo Einstein,

para estudar seus métodos de trabalho, mostrou que o pensamento “é apenas uma parte

secundária da fase breve e decisiva do ato criativo em si”. Logo, eu poderia dizer que a

maioria dos cientistas não é criativa, não porque não sabe pensar, mas sim porque não sabe

como parar de pensar!

Não foi a mente, nem o pensamento, que criou o milagre da vida ou nossos corpos. É

claro que existe uma inteligência, de uma dimensão muito maior do que a da mente,

trabalhando para manter tudo isso funcionando. Como uma simples célula humana, que

mede 1/1.000 de 25,4 mm, pode conter instruções dentro do DNA que encheriam 1.000

livros de 600 páginas cada um? Quanto mais aprendemos sobre o funcionamento do

corpo, mais percebemos como é vasta a inteligência que age dentro dele e como sabemos

pouco a esse respeito. Quando a mente se relaciona como corpo, transforma-se na mais

maravilhosa das ferramentas. Serve, então, a alguma é coisa maior do que ela mesma.

Emoção: a reação do corpo à mente.

E quanto às emoções? Elas me dominam muito mais do que a minha mente.

A mente, no sentido em que emprego o termo, não é apenas pensamento. Ela inclui

nossas emoções, assim como todos os padrões de reações mentais e emocionais

inconscientes. A emoção nasce no lugar onde a mente e o corpo se encontram. É a reação

do corpo à nossa mente ou, podemos dizer, um reflexo da mente no corpo. Por exemplo,

um pensamento agressivo ou hostil vai acumulando, aos poucos, uma energia no corpo – a

raiva. O corpo está se preparando para lutar. Já a idéia de que nos encontramos sob uma

ameaça física ou psicológica faz com que o corpo se contraia,'o que é a manifestação física

daquilo que chamamos medo. As pesquisas têm demonstrado que as emoções fortes

causam até mesmo mudanças na bioquímica do corpo. Essas mudanças bioquímicas

representam o aspecto físico ou material da emoção. Em geral, não temos consciência de

todos os nossos padrões de pensamento. Só é possível trazê-los à consciência quando

observamos nossas emoções.

Quanto mais identificados estivermos com nosso pensamento, com as coisas que nos

agradam ou não, com nossos julgamentos e interpretações, ou seja, quanto menos presentes

estivermos como consciência observadora, mais forte será a carga de energia emocional,

tenhamos ou não consciência disso. Se você não consegue sentir as suas emoções, se as

mantém à distância; terminará por senti-Ias em um nível puramente físico, como um

sintoma ou um problema físico. Muito se tem escrito a respeito disso nos últimos anos,

portanto não precisamos nos aprofundar no assunto.

É possível que um forte padrão emocional inconsciente venha a se manifestar como

um acontecimento externo, algo que parece acontecer só com você. Por exemplo, tenho

observado que as pessoas que guardam muita raiva dentro de si mesma – mesmo sem ter

consciência e sem falar sobre o assunto – são mais propensas a ser atacadas verbalmente,

ou até mesmo fisicamente, por outras pessoas cheias de raiva. Com freqüência, sem

qualquer motivo aparente. A razão é que elas desprendem uma raiva tão forte que acaba

sendo captada de forma subconsciente por outras pessoas, e isso aciona a raiva latente que

essas trazem dentro de si.

Se você tem dificuldade de sentir suas emoções, comece concentrando a atenção na

área de energia interior do seu corpo. Sinta o seu corpo lá no fundo. Essa prática colocará

você em contato com as suas emoções. Aprofundarei o assunto mais adiante.

Você diz que a emoção é o reflexo da mente no corpo. Mas, às vezes, ocorre um conflito entre os dois

quando a mente diz “não” e a emoção diz “sim”, ou vice-versa.

Se quisermos conhecer mesmo a nossa mente, o corpo sempre nos dará um reflexo

confiável. Portanto, observe a sua emoção, ou melhor, sinta-a em seu corpo.Se houver um

aparente conflito entre os dois, a verdade estará na emoção e não no pensamento. Não a 

verdade definitiva sobre quem você é, mas a verdade relativa ao estado da sua mente

naquele momento.

É bastante comum ocorrerem conflitos entre os pensamentos superficiais e os

processos mentais inconscientes. Mesmo que você ainda não seja capaz de trazer a sua

atividade mental inconsciente para um estado de consciência sob a forma de pensamento, ela

estará sempre refletida no seu corpo como uma emoção, e isso você pode passar a perceber.

Observar uma emoção por esse ângulo é basicamente o mesmo que ouvir ou observar um

pensamento, como descrevi anteriormente. A única diferença é que o pensamento está na

sua cabeça, enquanto a emoção, por conter um forte componente físico, se manifesta em

primeiro 1ugar no corpo. Você pode permitir que a emoção esteja ali, sem deixar que ela

assuma o controle. Você não é mais a emoção. Você é o observador, a presença que

observa. Ao praticar isso, tudo o que está inconsciente será trazido à luz da sua consciência.

Então, observar nossas emoções é tão importante quanto observar nossos pensamentos?

Sim. Habitue-se a perguntar o que está acontecendo com você nesse exato momento.

Essa questão lhe indicará a direção certa. Mas não analise, apenas observe. Concentre sua

atenção dentro de você. Sinta a energia da emoção. Se não há emoção presente, concentre

sua atenção mais fundo no campo da energia interna do seu corpo. Essa é a porta de

entrada para o Ser.

Uma emoção, em geral, representa um padrão de pensamento amplificado e

energizado. Por conta da carga energética quase sempre excessiva que ela contém, não é

fácil, a princípio, termos condições para observá-la. A emoção quer assumir o controle, e

quase sempre consegue, a menos que você esteja presente e alerta. Se você for empurrado

para uma identificação inconsciente com a emoção, ela se tornará, temporariamente,

“você”. É comum se estabelecer um círculo vicioso entre o pensamento e a emoção

porque um alimenta o outro. O padrão do pensamento cria um reflexo amplificado de si

mesmo na forma de uma emoção, fazendo com que a freqüência vibratória desta

permaneça alimentando o padrão de pensamento original. Ao lidar mentalmente com a

situação, acontecimento ou pessoa que é identificada como causadora da emoção, o

pensamento fornece energia para a emoção, a qual, por sua vez, energiza o padrão de

pensamento, e assim por diante.

Basicamente, todas as emoções são modificações de uma emoção primitiva não

diferenciada, cuja origem é a perda da percepção de quem somos por trás do nome e da

forma. É difícil encontrar um nome que descreva essa emoção primitiva. A palavra “medo”

é muito próxima, mas, além do sentido de ameaça permanente, ela pode ser entendida

como um profundo sentimento de abandono e incompletude. Por isso, talvez seja melhor

usar uma palavra que não se confunda tanto com aquela emoção básica e chamar isso

simplesmente e “sofrimento”. Uma das principais tarefas da mente, uma das razões da sua

atividade incessante, é a de combater ou eliminar o sofrimento emocional, embora ela 

invariavelmente só consiga encobri-lo por um tempo. De fato, quanto mais a mente tenta

se livrar do sofrimento, mais ele aumenta. A mente nunca pode achar a solução, nem pode

permitir que encontremos a solução, porque é, ela mesma, uma parte intrínseca do

“problema”. Imagine um chefe de polícia tentando achar um incendiário, quando o

incendiário é o próprio chefe de polícia. Não nos livraremos desse sofrimento enquanto

não extrairmos o sentido de eu interior da identificação com a mente, ou seja, do ego. A

mente é, então, derrubada da sua posição de poder, e o Ser se revela em si mesmo, como a

verdadeira natureza da pessoa.

Já sei o que você vai perguntar agora.

Eu ia perguntar: O que acontece com as emoções positivas, como o amor e a alegria?

Elas são inseparáveis do estado natural de conexão interior com o Ser. Sempre que

houver um espaço no fluxo dos pensamentos, podem ocorrer lampejos de amor e alegria,

ou breves instantes de uma paz profunda. Para a maioria das pessoas, tais espaços

raramente acontecem, e mesmo assim por acaso, nas ocasiões em que a mente fica “sem

palavras”, instigada por uma beleza estonteante, uma exaustão física extrema, ou mesmo

um grande perigo. De repente se instala uma serenidade interior. E dentro dessa serenidade

existe uma alegria sutil, mas intensa, existe amor, existe paz.

Normalmente, tais momentos têm vida curta, pois a mente logo reassume essa

atividade barulhenta a que chamamos pensar. O amor, a alegria e a paz não conseguem

florescer, a menos que tenhamos nos livrado do domínio da mente. Mas eu não os

chamaria de emoções. Eles estão por baixo das emoções, em um nível mais profundo.

Portanto, precisamos nos tornar plenamente conscientes de nossas emoções e sermos

capazes de senti-las, antes de sermos capazes de sentir aquilo que está além delas. A palavra

emoção significa, literalmente, “desordem”. A palavra vem do latim emovere,que significa

“movimentar”.

Amor, alegria e paz são estados profundos do Ser, ou melhor, três aspectos do estado

de ligação com o Ser. Assim, não possuem opositores pela simples razão de que surgem

por trás da mente. As emoções, por outro lado, sendo uma parte da mente dualística, estão

sujeitas à lei dos opostos. Isso quer dizer, simplesmente, que não se pode ter o bom sem

que haja o mau. Portanto, numa condição não iluminada de identificação com a mente,

aquilo que algumas vezes é erroneamente chamado de alegria é o lado geralmente breve do

prazer, dentro da alternância contínua do ciclo sofrimento/prazer. O prazer sempre se

origina de alguma coisa externa a nós, ao passo que a alegria nasce do nosso interior. A

mesma coisa que proporciona prazer hoje provocará sofrimento amanhã, ou nos

abandonará, e essa ausência causará sofrimento. Do mesmo modo, o que se costuma

chamar de amor pode ser prazeroso e excitante por um tempo, mas é um apego adicional,

uma condição de necessidade extrema, que pode vir a se transformar no oposto, em um

piscar de olhos. Muitas relações “amorosas”, passada a euforia inicial, oscilam entre o

“amor” e o ódio, a atração e a agressão.

O amor verdadeiro não permite que você sofra. Como poderia? Não se transforma

em ódio de repente, assim como a verdadeira alegria não se transforma em sofrimento.

Antes de atingirmos a iluminação, antes mesmo de nos libertarmos de nossas mentes, 

podemos ter lampejos de alegria autêntica, de um amor verdadeiro ou de uma profunda

paz interior, tranqüila, mas intensamente viva. Esses são aspectos da nossa verdadeira

natureza, em geral obscurecida pela mente. Mesmo dentro de uma relação “normal” de

dependência, é possível haver momentos onde podemos sentir a presença de algo genuíno,

incorruptível. Mas serão somente lampejos, a serem logo encobertos pela interferência da

mente. Você poderá ficar com a impressão de que teve alguma coisa muita valiosa, mas a

perdeu, ou a sua mente pode lhe convencer de que tudo não passou de uma ilusão. A

verdade é que não foi uma ilusão e você também não perdeu nada. Esse algo valioso é

parte de seu estado natural – pode estar encoberto, mas nunca ser destruído pela mente.

Mesmo quando o céu está totalmente coberto, o sol não desapareceu. Ainda está lá, por

trás das nuvens.

Buda diz que a dor ou o sofrimento surge através de desejos ou anseios, e que para se libertar da dor

necessitamos romper as amarras do desejo.

Todos os anseios nascem da busca da mente por salvação ou satisfação nas coisas

externas e no futuro, como substitutos da alegria do Ser. Se somos nossas mentes, somos

aqueles anseios, aquelas necessidades, desejos, apegos e aversões. Fora deles não existe o

eu, exceto como uma mera possibilidade, um potencial não preenchido, uma semente que

ainda não germinou. Nessa condição, até mesmo o desejo de nos tornarmos livres ou

iluminados não passa de mais um desejo a ser realizado ou concluído no futuro. Portanto,

não busque se libertar do desejo ou “adquirir” a iluminação. Torne-se presente. Esteja lá,

como um observador da mente. Em lugar de citar Buda, seja Buda, seja “O Iluminado”, que

é o que a palavra buda significa.

Os seres humanos têm vivido enredados pelo sofrimento por séculos, desde que

decaíram do estado de graça, penetraram no domínio de tempo e da mente, e perderam a

percepção do Ser. Nesse momento, começaram a se perceber como fragmentos sem

sentido em um universo estranho, sem conexão com a Fonte e com o seu semelhante.

Enquanto estivermos identificados com as nossas mentes, o que significa dizer,

enquanto estivermos inconscientes espiritualmente, o sofrimento, será inevitável. Refiro-me

aqui, ao sofrimento emocional, que é também a causa principal do sofrimento físico e da

doença. O ressentimento, o ódio, a autopiedade, a culpa, a raiva, a depressão, o ciúme e até

mesmo uma leve irritação são formas de sofrimento. E qualquer prazer ou forte emoção

contém em si a semente do sofrimento. É o inseparável oposto, que se manifestará com o

tempo.

Quem já tomou bebidas alcoólicas ou drogas para ficar “alto” sabe que o alto se

transforma em baixo, que o prazer se transforma em alguma forma de sofrimento. A

maioria das pessoas também sabe, por experiência própria, como uma relação íntima pode

se transformar, de modo fácil e rápido, de fonte de prazer em fonte de sofrimento. Vistas

de uma perspectiva mais ampla, tanto a polaridade negativa quanto a positiva são lados de

uma mesma moeda, são partes de um sofrimento que está oculto, inseparável do estado de

consciência identificado com a mente.

Existem dois níveis de sofrimento: o que você cria agora e o que tem origem no

passado que ainda vive em sua mente e no seu corpo. Deixar de criar sofrimento no 

presente e dissolver o sofrimento do passado – é sobre isso que desejo falar com você

agora.

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