LIGADOS À FONTE: 0 ENTRELAÇAMENTO QUÂNTICO.
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LIGADOS À FONTE: 0 ENTRELAÇAMENTO QUÂNTICO.

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anderson
11 min
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LIGADOS À FONTE: O ENTRELAÇAMENTO QUÂNTICO.

Desde que Planck tornou conhecidas suas equações de física quântica no século XX, muitas teorias

foram desenvolvidas e numerosos experimentos foram feitos que, aparentemente, comprovam sua

concepção de todas as coisas serem interligadas.

Na escala mais diminuta do universo, as partículas subatômicas e os átomos realmente agem como se

estivessem conectadas. O problema é que os cientistas não sabem como — ou mesmo se — o

comportamento observado em escalas tão pequenas tem algum significado para as grandes realidades de

nossa vida diária. Se tiver algum sentido, as descobertas estão indicando que as tecnologias surpreendentes

da ficção científica podem, mais cedo do que se pensa, tornarem-se reais no nosso mundo!

Em 2004, físicos da Alemanha, China e Áustria divulgaram relatos que se pareciam mais com fantasias

do que com experimentos científicos. Foram relatadas na revista Nature as primeiras experiências

documentadas de teletransporte para destino indeterminado — ou seja, o envio de informações quânticas

de uma partícula (seu código energético) para diferentes locais ao mesmo tempo18

. Em outras palavras, um

processo semelhante ao de "passar o fax de um documento destruindo o original ao fazê-lo"

.

Outros experimentos demonstraram feitos igualmente impossíveis, tal como o da radiação de

partículas (beaming) de um local para outro e o da localização concomitante em dois lugares. Por mais

diferente que uma investigação pareça ser da outra, todas elas compartilham um denominador comum que

implica numa história ainda mais surpreendente. Pois para esses experimentos ocorrerem da maneira

como ocorrem, é imperativo que exista um meio — em outras palavras, deve existir algo através do qual as

partículas possam se mover. E aqui reside o maior de todos os mistérios dos tempos modernos, uma vez

que a física convencional afirma que tal meio não existe.

Os jornais científicos do mundo inteiro publicaram em 1997 os resultados de uma experiência que, na

opinião dos físicos tradicionais, não deveria ter acontecido. O experimento, relatado a mais de 3.400

jornalistas, educadores, cientistas e engenheiros em mais de quarenta países, foi levado a cabo na Universidade de Genebra, na Suíça e fez uso daquilo que constitui nosso mundo — as partículas de luz

chamadas fótons. O resultado foi de tal natureza que até hoje ainda abala as bases do conhecimento

convencional

.

Especificamente, os cientistas dividiram um único fóton em duas partículas separadas, criando

"gêmeos" com propriedades idênticas. Usando então equipamento desenvolvido para o experimento, eles

dispararam ambas as partículas em direções opostas. Os gêmeos foram colocados em uma câmara

especialmente projetada com dois trajetos de fibras ópticas, exatamente como as que transmitem chamadas

telefônicas, distanciando-se dez quilômetros da câmara em direções opostas. Ao atingir seus respectivos

alvos, os fótons gêmeos distavam um do outro 22 quilômetros. No final do caminho os gêmeos eram

forçados a "escolher" entre duas rotas aleatórias, idênticas sob todos os aspectos.

O que fez o experimento tão interessante ocorreu quando as partículas alcançaram o local onde elas

tinham que seguir por um caminho ou outro, pois ambos os fóton gêmeos fizeram precisamente as mesmas

escolhas e usaram o mesmo caminho todas as vezes que o experimento foi executado. Sem exceção, os

resultados foram idênticos a cada vez que o experimento foi feito.

Ainda que fosse de conhecimento geral que os fótons gêmeos eram separados e que não tinham

comunicação alguma um com o outro, eles agiam como se fossem interligados! Os físicos chamam essa

conexão misteriosa de "entrelaçamento quântico". O líder do projeto, Nicholas Gisin, explica, "É simplesmente fascinante que os fótons entrelaçados formem um único e mesmo objeto. Mesmo quando os

fótons gêmeos estão separados geograficamente, se um deles for modificado o outro fóton

automaticamente passará pela mesma mudança" 21

.

Historicamente, não há absolutamente nada na física tradicional que possa explicar o que os

experimentos demonstraram. Ainda assim, vemos muitas vezes experimentos como o de Gisin. O dr.

Raymond Chiao da University of Califórnia em Berkeley, descreve os resultados dos experimentos de

Genebra como "Um dos mais profundos mistérios da mecânica quântica. Essas conexões são um fato da

natureza comprovado pela experimentação, mas tentar explicá-los filosoficamente é muito difícil"

.

A razão pela qual essas investigações são importantes para nós é que a sabedoria convencional nos

levou a crer que não existe nenhum modo dos fótons se comunicarem uns com os outros — suas escolhas

são independentes e não relacionadas umas com as outras. Acreditamos que, quando os objetos físicos

desse mundo são separados, eles realmente se separam em todos os sentidos da palavra. Mas os fótons nos

mostram algo bem diferente.

Comentando sobre esse fenômeno bem antes das experiências de 1997 terem sido executadas, Albert

Einstein denominou a possibilidade de tais resultados acontecerem de "efeitos fantasmagóricos a

distância". Hoje em dia os cientistas acreditam que esses resultados não-convencionais são propriedades

que ocorrem exclusivamente no reino quântico e os reconhecem como sendo "esquisitices quânticas".

A conexão entre os fótons foi tão completa que pareceu ser instantânea. Uma vez reconhecida na escala

diminuta dos fótons, o mesmo fenômeno foi subsequentemente encontrado em outros locais da natureza,

até mesmo nas galáxias separadas por anos-luz de distância. "Em princípio, não deve fazer diferença

alguma se a correlação entre as partículas ocorre quando elas estão separadas por alguns metros ou pelo

universo inteiro", diz Gisin. Por quê? O que conecta duas partículas ou duas galáxias a tal ponto que uma

mudança na primeira faz com que ocorra, simultaneamente, uma mudança na segunda? O que estão nos

mostrando agora sobre como o mundo funciona que fomos incapazes de ver naquelas experiências do

passado?

Para responder a essa pergunta devemos primeiramente compreender de onde vem a Matriz Divina. E

para fazer isso precisamos recuar — recuar muito — até a época em que os cientistas ocidentais acreditam

ter sido o começo de tudo ... ou pelo menos do universo conhecido por nós.

A ORIGEM DA MATRIZ

A principal corrente dos cientistas de hoje em dia acredita que o universo teve início de 13 a 20 bilhões

de anos atrás, com uma gigantesca explosão diferente de tudo o que jamais existiu antes e de tudo o que

existiu desde então. Ainda que existam teorias conflitantes sobre quando isso teria ocorrido e se teria

havido uma única ou várias explosões, parece existir o consenso de que nosso universo iniciou-se com uma

substancial liberação de energia muito tempo atrás. Em 1951, o astrônomo Fred Hoyle cunhou o termo que

ainda hoje usamos para nos referir à essa inconcebível explosão: ele a chamou de "Big Bang".

Os pesquisadores avaliaram que poucas frações de segundo antes que o "Big Bang" ocorresse, nosso

universo inteiro era muitíssimo menor do que é hoje. Os modelos de computador sugerem que ele era tão

pequeno realmente que se encontrava comprimido em uma minúscula esfera. Com todo o espaço "vazio"

removido daquilo que acreditamos ser o universo hoje, acredita-se que essa esfera fosse do tamanho de um

grão de ervilha!

Entretanto, embora fosse tão pequena, certamente não era nada fria. Os modelos que já foram

propostos sugerem que a temperatura dentro desse espaço compacto atingia a inconcebível magnitude de

10 quintilhões de graus centígrados — muitas vezes mais quente do que a atual temperatura do Sol. Dentro

de uma fração de segundo depois do Big Bang, as simulações mostram que a temperatura pode ter ficado

mais amena e chegado a uns aprazíveis 18 bilhões de graus, dando sequência tranquila ao nascimento de

nosso universo.

Enquanto a força expansiva do Big Bang avassalava o vazio do vácuo existente, ela trazia consigo mais

do que apenas o calor e a luz que poderíamos esperar. Essa força jorrava como um padrão de energia que

se tornou modelo para todas as que agora existem e para todas as que poderão existir algum dia. Esse

padrão é o tema de mitos antigos, tradições atemporais e sabedoria mística. O eco de tal padrão perdura até

os dias de hoje, com os mais variados nomes, desde o de "rede" de Indra (sutra budista) até o da tradicional

"teia", da Aranha Avó do povo hopi.

É essa rede ou teia de energia que continua a se expandir por todo o cosmos como essência quântica de

todas as coisas, incluindo-nos e incluindo o que nos cerca. Essa é a energia que liga nossa vida como uma

Matriz Divina. É essa essência que também atua como espelho multidimensional, que reflete as criações de

nossas emoções e crenças como nosso mundo. (Veja Parte III.)

Como poderemos ter certeza de que tudo no universo está realmente conectado? Para responder a essa

pergunta, voltemos ao Big Bang e ao experimento da Universidade de Genebra, da seção anterior. Por mais

diferentes que pareçam, existe uma semelhança sutil entre os dois: nos dois casos, a conexão que está sendo

explorada é a que existiu entre duas coisas que um dia estavam unidas fisicamente. No caso do

experimento, a divisão de um único fóton em duas partículas idênticas cria os gêmeos, e isso é feito para

garantir que ambos sejam semelhantes em todos os aspectos. O fato de os fótons e as partículas do

Big Bang terem sido uma vez parte um do outro é o que há de mais importante para explicar a

conectividade que apresentam. Aparentemente, as coisas que são unidas ficam para sempre unidas, quer

permaneçam ou não fisicamente ligadas.

Princípio 4: Coisas que são unidas ficam para sempre unidas, quer permaneçam ou não fisicamente

ligadas.

Esse é um aspecto fundamental da nossa discussão, por uma razão verdadeiramente importante e

frequentemente menosprezada. Embora o universo nos pareça tão imenso, apesar dos bilhões de anos-luz

necessários para o brilho das mais distantes estrelas alcançar nossos olhos, houve uma época em que toda

essa matéria esteve espremida e ocupando um espaço muito pequeno. Nesse inconcebível estado de

compressão, tudo estava fisicamente unido. Quando a energia do Big Bang provocou a expansão do

universo, as partículas da matéria foram ficando separadas por espaços cada vez maiores.

Os experimentos sugeriram que, independentemente do espaço que exista separando duas coisas, se

elas estiveram unidas algum dia elas permanecem unidas para sempre. Tudo leva a crer que o estado de

entrelaçamento unindo as partículas hoje separadas também se aplica às coisas do universo que estavam

ligadas antes do Big Bang. Tecnicamente, tudo o que se encontrava fundido no cosmos do tamanho de um

grão de ervilha há 13 ou 20 bilhões de anos ainda se encontra conectado! E a energia que faz essa conexão é

a que Planck descreveu como sendo a "matriz" de todas as coisas.

A ciência moderna aperfeiçoou nossa compreensão da matriz de Planck, descreveu-a como uma forma

de energia que se encontra em toda parte, sempre presente desde que o tempo começou a ser marcado, no

momento do Big Bang. A existência desse campo implica em três princípios que têm tido efeito direto sobre

o modo em que vivemos, sobre tudo o que fazemos e, até mesmo, sobre como nos sentimos em cada dia de

nossa vida. Sem dúvida alguma, tais ideias contradizem muitas crenças bem estabelecidas, tanto científicas

como espirituais. Ao mesmo tempo, entretanto, precisamente por causa desses princípios, abre-se a porta

para o fortalecimento e a afirmação de um modo de ver o mundo e viver nossa vida, como ponderado a

seguir.

1. O primeiro princípio sugere que, pelo fato de todas as coisas existirem dentro da Matriz Divina, todas

as coisas encontram-se conectadas. Assim

sendo, o que fazemos em uma parte de nossa vida deve ter efeito e certamente influi em outras

partes.

2. O segundo princípio propõe que a Matriz Divina seja holográfica — querendo dizer que qualquer

parte do campo contém tudo o que existe no campo. Como se acredita que a consciência

propriamente dita seja holográfica, isso quer dizer, por exemplo, que ao fazermos uma oração no

nosso quarto, ela já existe em nossos entes queridos e no lugar para onde é intencionada. Em outras

palavras, não é necessário enviar nossas preces para lugar algum, porque ela já existe em todos os

lugares.

3. O terceiro princípio indica que o passado, o presente e o futuro encontram-se intimamente ligados.

A Matriz aparenta ser o recipiente que contém o tempo, que fornece a continuidade entre as

escolhas de nosso presente e as experiências de nosso futuro.

Independentemente de como a chamemos ou de como a religião possa defini-la, é claro que existe

alguma coisa — alguma força, um campo, uma presença — constituindo a grande "rede" que nos liga uns

aos outros, que nos une ao nosso mundo e a um poder maior.

Se pudermos verdadeiramente apreender o que os três princípios nos contam sobre nossos

relacionamentos uns com os outros, com o universo e com nós mesmos, os acontecimentos de nossa vida

assumirão um significado inteiramente novo. Tornamo-nos participantes, não mais vítimas das forças que

não podemos ver nem compreender. Estar nessa posição é estar no exato local onde começamos a nos

fortalecer.