Quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções
Quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções |
profundamente enraizadas, as emoções quase sempre vencem. |
Retornando à história de Stephen. Em menos de 10 minutos de curso, |
usando técnicas experienciais extremamente eficazes, ele conseguiu mudar o seu |
modelo de dinheiro de modo espetacular. Em apenas dois anos, passou de falido |
a milionário. |
No semináriO, Stephen começou a compreender que essas crenças |
negativas eram da sua mãe e não suas, e se baseavam na programação que ela |
recebera no passado. Dei então um passo à frente ajudando-o a criar uma |
estratégia para não perder a aprovação dela, caso ficasse rico. Foi muito simples. |
A mãe de Stephen sempre adorou praia. Ele investiu, então, numa casa no |
Havaí, de frente para o mar. Ela vai para lá todo ano passar o verão e se sente no |
céu, e ele também. Agora essa senhora considera fantástico o fato de o filho ser |
alguém bem-sucedido financeiramente e não economiza elogios à sua |
generosidade. |
Eu mesmo, depois de um início lento, ia bem nos negócios, mas nunca |
chegava a ganhar dinheiro com ações. Ao tomar consciência do modelo de |
dinheiro que possuía, lembrei-me de que, quando eu era garoto, todos os dias |
depois do trabalho o meu pai se sentava à mesa de jantar com o jornal, |
examinava as páginas do mercado de capitais e batia com o punho na mesa, |
reclamando: "Malditas ações!" Depois, ele passava a meia hora seguinte |
atacando a estupidez do |
sistema e mostrando como as pessoas podem ter mais chances de ganhar |
dinheiro com jogos de loteria. |
Agora que você já entende o poder do condicionamento verbal, |
consegue perceber por que eu não era capaz de ganhar dinheiro com ações. Eu |
estava literalmente programado para fracassar, para escolher a ação errada, |
pelo preço errado, na hora errada. Por quê? Para validar subconscientemente o |
modelo de dinheiro que bradava: "Malditas ações!" |
Tudo o que sei dizer é que, depois que arranquei essa erva daninha |
tremendamente tóxica do meu "jardim financeiro" interno, comecei a colher os |
frutos. A partir do meu recondicionamento, passei a escolher ações que se |
valorizavam e, desde então, continuei a ter um admirável sucesso no mercado |
de capitais. Parece incrível, mas, depois que a pessoa de fato compreende |
como o modelo de dinheiro funciona, isso faz todo o sentido. |
Repetindo: o condicionamento do seu subconsciente determina o seu |
pensamento. O seu pensamento determina as suas decisões e estas determinam |
as suas ações, que, finalmente, determinam os seus resultados. |
São quatro os elementos-chave da mudança, todos essenciais para a |
reprogramação do seu modelo de dinheiro. Eles são simples, porém muito |
poderosos. |
O primeiro elemento da mudança é a conscientização. Você não pode |
modificar uma Coisa cuja existência ignora. |
O segundo elemento da mudança é o entendimento. Compreendendo a |
origem do seu modo de pensar, você será capaz de reconhecer que ele tem que |
vir de fora. |
O terceiro elemento da mudança é a dissociação. Ao constatar que esse |
modo de pensar não é seu, você tem a opção de mantê-lo ou largá-lo, baseado |
em quem você é hoje e onde quer estar amanhã. Pode observar essa maneira |
de pensar e vê-la como ela é - apenas um arquivo de informação armazenado |
na sua mente há muito tempo que talvez não tenha mais um pingo de verdade |
nem de valor para você. |
O quarto elemento é o recondicionamento. Iniciarei esse processo na parte |
2, em que apresento os arquivos mentais que criam a riqueza. |
Agora, vou retornar à questão do condicionamento verbal e expor os |
passos que você pode dar desde já para começar a rever o seu modelo de |
dinheiro. |
Passos para a mudança: programação verbal |
CONSCIENTIZAÇÃO - Escreva as frases que você ouvia sobre dinheiro, |
riqueza e pessoas ricas quando era criança. |
ENTENDIMENTO - Escreva sobre como essas frases vêm afetando a sua vida |
financeira até hoje. |
DISSOCIAÇÃO - Você percebe que esses pensamentos representam |
apenas o seu aprendizado passado, que eles não são parte da sua anatomia, |
não são quem você é? Consegue ver que o presente lhe dá a opção de ser |
diferente? |
DECLARAÇÃO |
As coisas que eu ouvia sobre dinheiro não são necessariamente |
verdadeiras. Opto por adotar novas formas de pensar que contribuam para a |
minha felicidade e o meu sucesso. |
Agora diga: |
Eu tenho uma mente milionária! |
A segunda influência: exemplos |
A segunda maneira como somos condicionados é chamada de exemplo. |
Como se comportavam os seus pais ou responsáveis em questões de dinheiro |
quando você era criança? Eles cuidavam bem ou mal das finanças? Eram |
gastadores ou econômicos? Eram investidores perspicazes ou nunca investiam? |
Eram propensos a arriscar ou conservadores? Vocês tinham dinheiro sempre ou só |
esporadicamente? O dinheiro afluía com facilidade à sua família ou era suado? |
Era fonte de felicidade ou motivo de ásperas discussões? |
Por que essa informação é importante? Você já deve ter ouvido a frase: |
"Macaco vê, macaco faz". Ora, nós, seres humanos, não ficamos muito atrás. |
Quando crianças, aprendemos quase tudo a partir dos exemplos que nos dão. |
Embora a maioria de nós odeie admitir o que vou dizer, ha uma boa dose |
de verdade no velho ditado: "A fruta não cai longe da árvore". |
Isso me lembra a história da mulher que estava preparando o pernil para o |
jantar cortando as duas pontas dessa peça de carne. Sem entender, o marido |
lhe perguntou por que ela fazia isso. Ela respondeu: "Era assim que a minha mãe |
fazia". Justamente naquela noite a sua mãe foi jantar com eles. Os dois |
aproveitaram para lhe perguntar por que ela sempre cortava as duas |
extremidades do pernil. A mãe respondeu: "Porque era assim que a minha mãe |
fazia". Então eles decidiram telefonar para a avó dela e saber por que ela |
cortava as pontas do pernil. A resposta? "Porque a minha panela era pequena". |
A questão é: em matéria de dinheiro, tendemos a ser idênticos aos nossos |
pais - a um deles em particular ou a uma combinação dos dois. |
O meu pai, por exemplo, era empresário do ramo da construção civil. |
Construía de 12 a 100 casas por projeto. Cada um desses empreendimentos |
demandava um pesado investimento de capital. O meu pai precisava empenhar |
tudo o que tínhamos para fazer empréstimos nos bancos até as casas serem |
vendidas e o dinheiro começar a entrar. Por isso, toda vez que ele dava início a |
um projeto, nós ficávamos mergulhados em dívidas e sem um tostão para gastar. |
Como você pode imaginar, por essa época o humor do meu pai não era |
dos melhores nem a generosidade era o seu forte. Para tudo o que eu lhe pedia, |
mesmo que custasse só um centavo, a sua resposta-padrão depois de "Você |
acha que eu sou feito de dinheiro?" era "Está maluco?". É claro que eu não |
conseguia mais do que aquele olhar de "Nem pense em pedir outra vez". Garanto |
que você sabe exatamente o que é isso. |
Essa situação durava um ano ou dois, até as casas serem vendidas. Depois, |
ficávamos cheios da grana. Da noite para o dia, o meu pai se transformava em |
outra pessoa. Ficava feliz, afável e extremamente generoso. Até me perguntava |
se eu precisava de dinheiro. Eu tinha ganas de lhe devolver aquele olhar da |
época das vacas magras, mas, Como não era bobo, dizia apenas: "Claro, pai, |
obrigado". E revirava os olhos. |
A vida era boa até o maldito dia em que ele chegava em casa |
anunciando: "Encontrei um ótimo terreno. Vamos construir novamente". |
Lembro-me muito bem de que eu costumava dizer "Fantástico, pai, boa |
sorte!", com o coração apertado por saber do período de dureza que teríamos |
pela frente. |
Até onde consigo me lembrar, esse padrão já existia quando eu tinha seis |
anos de idade e durou até os meus 21 anos, quando saí definitivamente de casa. |
Foi quando tudo mudou - pelo menos era assim que eu pensava. |
Nessa época, terminei os estudos e me tornei, como você há de imaginar, |
construtor. Depois me meti em vários negócios relacionados com projetos de |
construção. Por algum estranho motivo, após ganhar pequenas fortunas, em |
pouco tempo eu estava de novo na pindaíba. Então, começava outro negócio, |
sentia-me novamente no topo do mundo e, um ano depois, me via mais uma vez |
no fundo do poço. |
Fiquei cerca de 10 anos nesse esquema de altos e baixos, até perceber que |
o problema talvez não fosse o ramo de negócio em que eu estava, os sócios que |
escolhia, os empregados que tinha, a situação econômica do país ou minha |
decisão de dar um tempo no trabalho e relaxar quando as coisas iam bem. |
Finalmente, reconheci que, talvez, estivesse inconscientemente revivendo os altos |
e baixos do meu pai. |
Graças a Deus, tive a oportunidade de aprender o que você está lendo |
neste livro e consegui me recondicionar a abandonar o modelo ioiô e construir |
uma vida de prosperidade crescente. Até hoje sinto ânsia de mudar quando as |
coisas vão bem (e sabotar a mim mesmo no processo), mas agora tenho na |
mente outro arquivo que observa esse sentimento e diz: "Obrigado pela |
informação. Pode retomar a concentração e voltar ao trabalho". |
O exemplo seguinte vem de um dos participantes dos seminários. Nunca |
vou me esquecer de um senhor que, em lágrimas, se aproximou de mim no final |
da apresentação com a respiração ofegante e enxugando os olhos na manga |
da camisa. Olhei para ele e perguntei: |
- Qual é o problema, senhor? |
Ele respondeu: |
- Tenho 63 anos de idade. Leio livros e freqüento seminários desde que eles |
foram inventados. Já escutei todo tipo de palestrante e tentei tudo o que eles |
sugeriram - ações, imóveis, uma dúzia de negócios diferentes. Voltei à |
universidade e obtive um MBA. Tenho 10 vezes mais conhecimento do que a |
média das pessoas e jamais alcancei o sucesso financeiro. Em todos esses anos, |
sempre comecei muito bem e acabei de mãos vazias e nunca soube por quê. Eu |
me achava um completo idiota até hoje. Depois de ouvir o que você falou e |
processar as informações, finalmente as coisas começaram a fazer sentido. Não |
há nada errado comigo. Simplesmente trago o modelo de dinheiro do meu pai |
gravado na mente, e esse tem sido o meu castigo. O meu pai perdeu tudo o que |
possuía num negócio malsucedido. Todo dia ele saia de casa para procurar |
trabalho ou tentar vender alguma coisa e voltava sem nada. Ah, se eu tivesse |
aprendido sobre modelos e padrões de dinheiro há 40 anos... |
Quanta perda de tempo todo esse aprendizado e conhecimento. |
E começou a chorar convulsivamente. Eu lhe disse: |
- O seu conhecimento não é de forma nenhuma uma perda de tempo. Ele |
apenas ficou latente, num canto do seu cérebro, à espera do momento oportuno |
para se manifestar. Agora que o senhor formulou um "modelo de sucesso", tudo o |
que aprendeu ao longo da vida se tornará útil e fará com que seja bemsucedido. |
A maioria de nós só sabe a verdade quando a escuta. Ele começou a ficar |
ofegante de novo, depois foi se mostrando mais aliviado e passou a respirar |
profundamente. Em seguida, um grande sorriso iluminou o seu rosto. Deu-me um |
forte abraço e disse: |
- Obrigado, obrigado, obrigado. |
Na última vez que tive notícias desse senhor, ele estava nas alturas: |
acumulara mais riqueza nos últimos 18 meses do que nos últimos 18 anos. Para |
mim, isso é o máximo. |
Repito: mesmo que você tenha todo o conhecimento e toda a |
qualificação do mundo, se o seu modelo não estiver programado para o sucesso, |
você estará condenado financeiramente. |
Nos seminários, recebo muitas pessoas cujos pais lutaram na Segunda |
Guerra Mundial ou sofreram uma grande perda financeira. Elas sempre se |
espantam ao perceber como as experiências dos pais influenciaram as suas |
crenças e os seus hábitos a respeito do dinheiro. Algumas delas gastam feito |
loucas porque, como dizem: "É muito fácil perder tudo, por isso o melhor é |
desfrutar o dinheiro enquanto é possível". Outras fazem o caminho inverso: |
guardam o que têm no cofre para os dias difíceis. |
Uma palavra de sabedoria: poupar para os dias difíceis parece uma boa |
idéia, mas pode também criar grandes problemas. Um dos princípios que ensino |
nos cursos é o poder da intenção. Se você está juntando dinheiro para os dias |
difíceis, o que acabará conseguindo? Dias difíceis! Pare de fazer isso. Em vez de |
economizar para tempos ruins, concentre-se em guardar para os dias felizes ou |
para os dias em que você alcançar a sua liberdade financeira. Nesse caso, pela |
lei da intenção, é exatamente isso o que obterá. |
Eu disse anteriormente que, em questões de dinheiro, a maioria das pessoas |
tende a se identificar com os pais ou com um deles pelo menos, mas há também |
o outro lado da moeda. Há quem acabe se tornando exatamente o oposto |
deles. Por que isso acontece? Será que as palavras raiva e rebeldia têm algo a |
ver com essa história? Em suma, tudo depende do quanto a pessoa se irritava |
com os pais. |
Infelizmente, quando somos crianças não podemos dizer a eles: "Mamãe, |
papai, sentem-se aqui. Quero discutir uma coisa com vocês: não gosto da |
maneira como vocês lidam com o seu dinheiro. Por isso, quando for adulto, vou |
agir de um modo totalmente diferente. Espero que compreendam. Agora vão |
dormir. Tenham bons sonhos". |
Não, as coisas definitivamente não acontecem assim. Pelo contrário: |
quando os nossos botões são apertados, geralmente tendemos a ficar furiosos e a |
reagir com uma atitude do tipo: "Eu odeio vocês. Jamais serei como vocês. |
Quando eu crescer, serei rico, terei tudo o que quero, gostem vocês ou não". |
Depois, vamos para o quarto, batemos a porta e começamos a socar o |
travesseiro ou o que estiver ao alcance da mão para extravasar a frustração. |
Muitas pessoas nascidas em famílias pobres sentem raiva e se rebelam. Em |
geral, elas vão à luta e enriquecem ou têm, pelo menos, o impulso de enriquecer. |
Mas há um pequeno problema, que é na verdade um problemão. Mesmo que |
façam fortuna ou se matem de trabalhar na tentativa de alcançar o sucesso, elas |
não costumam ser felizes. Por quê? Porque as raízes da sua riqueza ou motivação |
para ganhar dinheiro são a raiva e o ressentimento. Conseqüentemente, dinheiro |
e raiva tornam-se entidades associadas na sua mente: quanto mais dinheiro elas |
têm ou lutam para ter, mais enraivecidas ficam. |
Até o dia em que a sua consciência lhes diz: "Estou cansado de tanta raiva |
e de tanto estresse. Tudo o que eu quero é paz e felicidade". Nesse ponto, as |
pessoas perguntam à mesma mente que criou aquela associação o que fazer a |
respeito dessa situação. E a mente responde: "Para se livrar da raiva, será |
necessário dar um fim ao seu dinheiro". E é o que elas fazem: inconscientemente, |
livram-se dele. |
Começam a gastar loucamente, a realizar maus investimentos, a pedir |
divórcios desastrosos do ponto de vista financeiro ou a sabotar o próprio sucesso |
de outra forma. Mas não importa, porque agora elas são felizes, certo? Errado. As |
coisas ficam ainda piores porque agora, além de continuarem a sentir raiva, elas |
estão também na lona. Deram fim à coisa errada! |
Livraram-se do dinheiro, e não da raiva - do fruto, e não da raiz -, quando a |
verdadeira questão é, e sempre foi, a raiva que sentem dos pais. Enquanto esse |
sentimento permanecer, elas nunca estarão verdadeiramente felizes ou em paz, |
não importa quanto dinheiro tenham ou deixem de ter. |
A sua razão, ou motivação, para enriquecer ou fazer sucesso é crucial. Se |
ela possui uma raiz negativa, como o medo, a raiva ou a necessidade de provar |
algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade. |