Quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções
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Quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções

Quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções

anderson12/27/2021
14 min
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Quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções

profundamente enraizadas, as emoções quase sempre vencem.

Retornando à história de Stephen. Em menos de 10 minutos de curso,

usando técnicas experienciais extremamente eficazes, ele conseguiu mudar o seu

modelo de dinheiro de modo espetacular. Em apenas dois anos, passou de falido

a milionário.

No semináriO, Stephen começou a compreender que essas crenças

negativas eram da sua mãe e não suas, e se baseavam na programação que ela

recebera no passado. Dei então um passo à frente ajudando-o a criar uma

estratégia para não perder a aprovação dela, caso ficasse rico. Foi muito simples.

A mãe de Stephen sempre adorou praia. Ele investiu, então, numa casa no

Havaí, de frente para o mar. Ela vai para lá todo ano passar o verão e se sente no

céu, e ele também. Agora essa senhora considera fantástico o fato de o filho ser

alguém bem-sucedido financeiramente e não economiza elogios à sua

generosidade.

Eu mesmo, depois de um início lento, ia bem nos negócios, mas nunca

chegava a ganhar dinheiro com ações. Ao tomar consciência do modelo de

dinheiro que possuía, lembrei-me de que, quando eu era garoto, todos os dias

depois do trabalho o meu pai se sentava à mesa de jantar com o jornal,

examinava as páginas do mercado de capitais e batia com o punho na mesa,

reclamando: "Malditas ações!" Depois, ele passava a meia hora seguinte

atacando a estupidez do

sistema e mostrando como as pessoas podem ter mais chances de ganhar

dinheiro com jogos de loteria.

Agora que você já entende o poder do condicionamento verbal,

consegue perceber por que eu não era capaz de ganhar dinheiro com ações. Eu

estava literalmente programado para fracassar, para escolher a ação errada,

pelo preço errado, na hora errada. Por quê? Para validar subconscientemente o

modelo de dinheiro que bradava: "Malditas ações!"

Tudo o que sei dizer é que, depois que arranquei essa erva daninha

tremendamente tóxica do meu "jardim financeiro" interno, comecei a colher os

frutos. A partir do meu recondicionamento, passei a escolher ações que se

valorizavam e, desde então, continuei a ter um admirável sucesso no mercado

de capitais. Parece incrível, mas, depois que a pessoa de fato compreende

como o modelo de dinheiro funciona, isso faz todo o sentido.

Repetindo: o condicionamento do seu subconsciente determina o seu

pensamento. O seu pensamento determina as suas decisões e estas determinam

as suas ações, que, finalmente, determinam os seus resultados.

São quatro os elementos-chave da mudança, todos essenciais para a

reprogramação do seu modelo de dinheiro. Eles são simples, porém muito

poderosos.

O primeiro elemento da mudança é a conscientização. Você não pode

modificar uma Coisa cuja existência ignora.

O segundo elemento da mudança é o entendimento. Compreendendo a

origem do seu modo de pensar, você será capaz de reconhecer que ele tem que

vir de fora.

O terceiro elemento da mudança é a dissociação. Ao constatar que esse

modo de pensar não é seu, você tem a opção de mantê-lo ou largá-lo, baseado

em quem você é hoje e onde quer estar amanhã. Pode observar essa maneira

de pensar e vê-la como ela é - apenas um arquivo de informação armazenado

na sua mente há muito tempo que talvez não tenha mais um pingo de verdade

nem de valor para você.

O quarto elemento é o recondicionamento. Iniciarei esse processo na parte

2, em que apresento os arquivos mentais que criam a riqueza.

Agora, vou retornar à questão do condicionamento verbal e expor os

passos que você pode dar desde já para começar a rever o seu modelo de

dinheiro.

Passos para a mudança: programação verbal

CONSCIENTIZAÇÃO - Escreva as frases que você ouvia sobre dinheiro,

riqueza e pessoas ricas quando era criança.

ENTENDIMENTO - Escreva sobre como essas frases vêm afetando a sua vida

financeira até hoje.

DISSOCIAÇÃO - Você percebe que esses pensamentos representam

apenas o seu aprendizado passado, que eles não são parte da sua anatomia,

não são quem você é? Consegue ver que o presente lhe dá a opção de ser

diferente?

DECLARAÇÃO

As coisas que eu ouvia sobre dinheiro não são necessariamente

verdadeiras. Opto por adotar novas formas de pensar que contribuam para a

minha felicidade e o meu sucesso.

Agora diga:

Eu tenho uma mente milionária!

A segunda influência: exemplos

A segunda maneira como somos condicionados é chamada de exemplo.

Como se comportavam os seus pais ou responsáveis em questões de dinheiro

quando você era criança? Eles cuidavam bem ou mal das finanças? Eram

gastadores ou econômicos? Eram investidores perspicazes ou nunca investiam?

Eram propensos a arriscar ou conservadores? Vocês tinham dinheiro sempre ou só

esporadicamente? O dinheiro afluía com facilidade à sua família ou era suado?

Era fonte de felicidade ou motivo de ásperas discussões?

Por que essa informação é importante? Você já deve ter ouvido a frase:

"Macaco vê, macaco faz". Ora, nós, seres humanos, não ficamos muito atrás.

Quando crianças, aprendemos quase tudo a partir dos exemplos que nos dão.

Embora a maioria de nós odeie admitir o que vou dizer, ha uma boa dose

de verdade no velho ditado: "A fruta não cai longe da árvore".

Isso me lembra a história da mulher que estava preparando o pernil para o

jantar cortando as duas pontas dessa peça de carne. Sem entender, o marido

lhe perguntou por que ela fazia isso. Ela respondeu: "Era assim que a minha mãe

fazia". Justamente naquela noite a sua mãe foi jantar com eles. Os dois

aproveitaram para lhe perguntar por que ela sempre cortava as duas

extremidades do pernil. A mãe respondeu: "Porque era assim que a minha mãe

fazia". Então eles decidiram telefonar para a avó dela e saber por que ela

cortava as pontas do pernil. A resposta? "Porque a minha panela era pequena".

A questão é: em matéria de dinheiro, tendemos a ser idênticos aos nossos

pais - a um deles em particular ou a uma combinação dos dois.

O meu pai, por exemplo, era empresário do ramo da construção civil.

Construía de 12 a 100 casas por projeto. Cada um desses empreendimentos

demandava um pesado investimento de capital. O meu pai precisava empenhar

tudo o que tínhamos para fazer empréstimos nos bancos até as casas serem

vendidas e o dinheiro começar a entrar. Por isso, toda vez que ele dava início a

um projeto, nós ficávamos mergulhados em dívidas e sem um tostão para gastar.

Como você pode imaginar, por essa época o humor do meu pai não era

dos melhores nem a generosidade era o seu forte. Para tudo o que eu lhe pedia,

mesmo que custasse só um centavo, a sua resposta-padrão depois de "Você

acha que eu sou feito de dinheiro?" era "Está maluco?". É claro que eu não

conseguia mais do que aquele olhar de "Nem pense em pedir outra vez". Garanto

que você sabe exatamente o que é isso.

Essa situação durava um ano ou dois, até as casas serem vendidas. Depois,

ficávamos cheios da grana. Da noite para o dia, o meu pai se transformava em

outra pessoa. Ficava feliz, afável e extremamente generoso. Até me perguntava

se eu precisava de dinheiro. Eu tinha ganas de lhe devolver aquele olhar da

época das vacas magras, mas, Como não era bobo, dizia apenas: "Claro, pai,

obrigado". E revirava os olhos.

A vida era boa até o maldito dia em que ele chegava em casa

anunciando: "Encontrei um ótimo terreno. Vamos construir novamente".

Lembro-me muito bem de que eu costumava dizer "Fantástico, pai, boa

sorte!", com o coração apertado por saber do período de dureza que teríamos

pela frente.

Até onde consigo me lembrar, esse padrão já existia quando eu tinha seis

anos de idade e durou até os meus 21 anos, quando saí definitivamente de casa.

Foi quando tudo mudou - pelo menos era assim que eu pensava.

Nessa época, terminei os estudos e me tornei, como você há de imaginar,

construtor. Depois me meti em vários negócios relacionados com projetos de

construção. Por algum estranho motivo, após ganhar pequenas fortunas, em

pouco tempo eu estava de novo na pindaíba. Então, começava outro negócio,

sentia-me novamente no topo do mundo e, um ano depois, me via mais uma vez

no fundo do poço.

Fiquei cerca de 10 anos nesse esquema de altos e baixos, até perceber que

o problema talvez não fosse o ramo de negócio em que eu estava, os sócios que

escolhia, os empregados que tinha, a situação econômica do país ou minha

decisão de dar um tempo no trabalho e relaxar quando as coisas iam bem.

Finalmente, reconheci que, talvez, estivesse inconscientemente revivendo os altos

e baixos do meu pai.

Graças a Deus, tive a oportunidade de aprender o que você está lendo

neste livro e consegui me recondicionar a abandonar o modelo ioiô e construir

uma vida de prosperidade crescente. Até hoje sinto ânsia de mudar quando as

coisas vão bem (e sabotar a mim mesmo no processo), mas agora tenho na

mente outro arquivo que observa esse sentimento e diz: "Obrigado pela

informação. Pode retomar a concentração e voltar ao trabalho".

O exemplo seguinte vem de um dos participantes dos seminários. Nunca

vou me esquecer de um senhor que, em lágrimas, se aproximou de mim no final

da apresentação com a respiração ofegante e enxugando os olhos na manga

da camisa. Olhei para ele e perguntei:

- Qual é o problema, senhor?

Ele respondeu:

- Tenho 63 anos de idade. Leio livros e freqüento seminários desde que eles

foram inventados. Já escutei todo tipo de palestrante e tentei tudo o que eles

sugeriram - ações, imóveis, uma dúzia de negócios diferentes. Voltei à

universidade e obtive um MBA. Tenho 10 vezes mais conhecimento do que a

média das pessoas e jamais alcancei o sucesso financeiro. Em todos esses anos,

sempre comecei muito bem e acabei de mãos vazias e nunca soube por quê. Eu

me achava um completo idiota até hoje. Depois de ouvir o que você falou e

processar as informações, finalmente as coisas começaram a fazer sentido. Não

há nada errado comigo. Simplesmente trago o modelo de dinheiro do meu pai

gravado na mente, e esse tem sido o meu castigo. O meu pai perdeu tudo o que

possuía num negócio malsucedido. Todo dia ele saia de casa para procurar

trabalho ou tentar vender alguma coisa e voltava sem nada. Ah, se eu tivesse

aprendido sobre modelos e padrões de dinheiro há 40 anos...

Quanta perda de tempo todo esse aprendizado e conhecimento.

E começou a chorar convulsivamente. Eu lhe disse:

- O seu conhecimento não é de forma nenhuma uma perda de tempo. Ele

apenas ficou latente, num canto do seu cérebro, à espera do momento oportuno

para se manifestar. Agora que o senhor formulou um "modelo de sucesso", tudo o

que aprendeu ao longo da vida se tornará útil e fará com que seja bemsucedido.

A maioria de nós só sabe a verdade quando a escuta. Ele começou a ficar

ofegante de novo, depois foi se mostrando mais aliviado e passou a respirar

profundamente. Em seguida, um grande sorriso iluminou o seu rosto. Deu-me um

forte abraço e disse:

- Obrigado, obrigado, obrigado.

Na última vez que tive notícias desse senhor, ele estava nas alturas:

acumulara mais riqueza nos últimos 18 meses do que nos últimos 18 anos. Para

mim, isso é o máximo.

Repito: mesmo que você tenha todo o conhecimento e toda a

qualificação do mundo, se o seu modelo não estiver programado para o sucesso,

você estará condenado financeiramente.

Nos seminários, recebo muitas pessoas cujos pais lutaram na Segunda

Guerra Mundial ou sofreram uma grande perda financeira. Elas sempre se

espantam ao perceber como as experiências dos pais influenciaram as suas

crenças e os seus hábitos a respeito do dinheiro. Algumas delas gastam feito

loucas porque, como dizem: "É muito fácil perder tudo, por isso o melhor é

desfrutar o dinheiro enquanto é possível". Outras fazem o caminho inverso:

guardam o que têm no cofre para os dias difíceis.

Uma palavra de sabedoria: poupar para os dias difíceis parece uma boa

idéia, mas pode também criar grandes problemas. Um dos princípios que ensino

nos cursos é o poder da intenção. Se você está juntando dinheiro para os dias

difíceis, o que acabará conseguindo? Dias difíceis! Pare de fazer isso. Em vez de

economizar para tempos ruins, concentre-se em guardar para os dias felizes ou

para os dias em que você alcançar a sua liberdade financeira. Nesse caso, pela

lei da intenção, é exatamente isso o que obterá.

Eu disse anteriormente que, em questões de dinheiro, a maioria das pessoas

tende a se identificar com os pais ou com um deles pelo menos, mas há também

o outro lado da moeda. Há quem acabe se tornando exatamente o oposto

deles. Por que isso acontece? Será que as palavras raiva e rebeldia têm algo a

ver com essa história? Em suma, tudo depende do quanto a pessoa se irritava

com os pais.

Infelizmente, quando somos crianças não podemos dizer a eles: "Mamãe,

papai, sentem-se aqui. Quero discutir uma coisa com vocês: não gosto da

maneira como vocês lidam com o seu dinheiro. Por isso, quando for adulto, vou

agir de um modo totalmente diferente. Espero que compreendam. Agora vão

dormir. Tenham bons sonhos".

Não, as coisas definitivamente não acontecem assim. Pelo contrário:

quando os nossos botões são apertados, geralmente tendemos a ficar furiosos e a

reagir com uma atitude do tipo: "Eu odeio vocês. Jamais serei como vocês.

Quando eu crescer, serei rico, terei tudo o que quero, gostem vocês ou não".

Depois, vamos para o quarto, batemos a porta e começamos a socar o

travesseiro ou o que estiver ao alcance da mão para extravasar a frustração.

Muitas pessoas nascidas em famílias pobres sentem raiva e se rebelam. Em

geral, elas vão à luta e enriquecem ou têm, pelo menos, o impulso de enriquecer.

Mas há um pequeno problema, que é na verdade um problemão. Mesmo que

façam fortuna ou se matem de trabalhar na tentativa de alcançar o sucesso, elas

não costumam ser felizes. Por quê? Porque as raízes da sua riqueza ou motivação

para ganhar dinheiro são a raiva e o ressentimento. Conseqüentemente, dinheiro

e raiva tornam-se entidades associadas na sua mente: quanto mais dinheiro elas

têm ou lutam para ter, mais enraivecidas ficam.

Até o dia em que a sua consciência lhes diz: "Estou cansado de tanta raiva

e de tanto estresse. Tudo o que eu quero é paz e felicidade". Nesse ponto, as

pessoas perguntam à mesma mente que criou aquela associação o que fazer a

respeito dessa situação. E a mente responde: "Para se livrar da raiva, será

necessário dar um fim ao seu dinheiro". E é o que elas fazem: inconscientemente,

livram-se dele.

Começam a gastar loucamente, a realizar maus investimentos, a pedir

divórcios desastrosos do ponto de vista financeiro ou a sabotar o próprio sucesso

de outra forma. Mas não importa, porque agora elas são felizes, certo? Errado. As

coisas ficam ainda piores porque agora, além de continuarem a sentir raiva, elas

estão também na lona. Deram fim à coisa errada!

Livraram-se do dinheiro, e não da raiva - do fruto, e não da raiz -, quando a

verdadeira questão é, e sempre foi, a raiva que sentem dos pais. Enquanto esse

sentimento permanecer, elas nunca estarão verdadeiramente felizes ou em paz,

não importa quanto dinheiro tenham ou deixem de ter.

A sua razão, ou motivação, para enriquecer ou fazer sucesso é crucial. Se

ela possui uma raiz negativa, como o medo, a raiva ou a necessidade de provar

algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade.

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