Bem-vindos ao meu Pingback! :)
| ||
Entre programas de TV e minhas redes sociais, passando pelas colunas em jornal, matérias especiais e meu livro lançado há alguns anos, o texto sempre foi a base de todo o meu processo criativo. Então, nada melhor do que ter agora um espaço para escrever sobre o pilar mais importante dos meus projetos antigos e atuais: a CRIATIVIDADE. E em um momento que a criação e os criadores ganham destaque na era digital. (Finalmente, diga-se de passagem). | ||
Sempre defendi que existem influencers bons e maus, os que influenciam positivamente com conteúdo bacana e os que se valem apenas da imagem em busca de números e cifras. Mas começamos a ver uma clara mudança da era dos “influencers” (superficial) pros “criadores” (conteúdo). Os números de seguidores deram lugar ao engajamento com os mesmos e, agora, com o tipo de conteúdo que é criado. Ele é positivo? É relevante? Está alinhado com as demandas atuais da sociedade? Agregam valor real aos seus parceiros? Tudo isso é levado em consideração pelos algoritmos e, consequentemente, pelas marcas. E é isso que faz girar a roda dos algoritmos, das redes sociais e das plataformas online. Percebendo o poder de seus seguidores, criadores passaram a focar também na relação com essa sua audiência e na formação de de suas próprias comunidades. O que seria a evolução da teoria do “A thousand true fans” ("mil fãs de verdade"). O criador produzindo e sendo mantido direto por aqueles que gostam e consomem seu conteúdo. Sem a necessidade de um atravessador na forma de canais, mídias tradicionais ou plataformas que não acrescentem algo a essa equação... Bem mais equilibrado, direto e eficiente para todas as partes envolvidas. | ||
Eu que sempre tive dificuldade em me classificar como jornalista, diretor, apresentador, autor... Comunicador sempre me soou meio "Silvio Santos". Acabei encontrando na palavra criador a definição mais adequada para o que faço. Tentando me manter atualizado na área da comunicação, me esforço para manter uma presença de qualidade nas redes sociais. Então, espalho meus tentáculos comentando sobre política no Twitter, misturando fotos de minha filha e de passagens por Iraque, Coreia do Norte, Somália... lá no Instagram e já até criei uma comunidade em torno de meu canal no YouTube (curte, se inscreve e ativa o sininho rs). E, agora, crio aqui um espaço para escrever sobre as leituras, estudos, pesquisas que perpassam tudo isso. Jornalismo na era digital. Criação de conteúdo online. Tecnologia da informação. | ||
Entre análises, novidades e filosofadas de botequim acerca do tema, vou abordar questões como a recente iniciativa do YouTube de investir em criadores de conteúdo focados em jornalismo. O objetivo é tão e somente incentivar a produção de vídeos jornalísticos na plataforma através de ferramentas exclusivas e apoio financeiro ($$$) aos jornalistas/ criadores. Canais de notícia tem uma frequência interessante, o que equivale a mais gente criando o hábito de visitar o YouTube de forma recorrente. Além disso, news e esportes são hoje uma das principais (últimas?) razões para as pessoas manterem assinaturas de TV a cabo. Incentivando esse tipo de conteúdo em sua plataforma, o YT larga na frente nesse mundo "pós TV a Cabo"e passa a concorrer com feeds de notícia, como o Twitter, e canais de streaming que se multiplicam cada vez mais (Disney+, Amazon Prime, Apple+, Netflix...). A medida que a mídia tradicional vive uma crise de confiança e em seu modelo de negócio, ganham os jornalistas/ criadores com uma base fiel de seguidores. Não é à toa que o NY Times está comprando o The Athletic, o Daily Mail está fazendo parcerias com criadores no Snapchat e, como vemos, o YouTube atrai os jornalistas torcendo para que estes finquem bandeira em sua plataforma. | ||
- André Fran (@andrefran) | ||
