Não vejo que nada vai se comparar com que passamos no começo da pandemia em termos macro, econômicos e sociais. O pior já passou.
Não vejo que nada vai se comparar com que passamos no começo da pandemia em termos macro, econômicos e sociais. O pior já passou. | ||
O que já vinha crescendo desde 2016, foi dobrando e no primeiro ano da pandemia, cresceu. Nesse ano, diversos fundos captaram e ano passo começou uma forma mais massiva de investimento. Mas vale ressaltar, que isso ainda é acessível apenas para 20% das startups brasileiras, somente essa porcentagem consegue levantar dinheiro. E 80% tá concentrado nos grandes centros econômicos do país ainda. | ||
Os impactos dessa recessão, vai ser pós Series A, vejo dali pra mais late-stage. Toda camada early, ainda é muito mais sobre a confiança nos empreendedores e tamanho do mercado / oportunidade, do que a lucratividade do negócio em si. | ||
Eventualmente, mtos fundos late tão descendo na cadeia e vão ser mais criteriosos. Mas se os empreendedores já possuem um relacionamento de pelo menos 24 meses com os investidores, não vai impactar tanto, porque a confiança prevalece. | ||
Nos unicórnios, o playbook de crescimento inorgânico que muitas perseguem, ainda vai render mais demissões porque as estratégias de novos negócios não vão suceder pelos anticorpos de inovação, o mesmo efeito que acontece em grandes corporações. O lado bom é que servirá de exemplo do que não fazer. O lado ruim, são pros profissionais mais especialistas que vieram do mercado corporativo e possuem pouca empregabilidade pelo baixo grau generalista e poucas soft-skills. | ||
Mas o capital tá ai, os fundos tão capitalizados e ainda falta bons projetos para receberem o tanto de aporte que existe. Sem falar em diversos novos entrantes que tão louco para ter acesso a deals. O que pode acontecer é essa fonte secar, mas até lá, mais saídas vão ser comuns pelo crescimento de M&As. E nesses eventos de liquidez, o mercado ganha novos investidores, os founders, de forma mais pulverizada, que pode ajudar ser mais democrático. | ||
A correção de valuations vai ser positiva, muito mais focada na necessidade de capital e plano de crescimento, do que sobre o que o mercado ou alguém está disposto a pagar. | ||
Os números de investimento no setor vão cair? Talvez, em termos de capital alocado, mas o importante é observar o número de deals. Grande parte do volume ainda são de grandes rodadas, essas talvez fiquem mais escassas, mas toda base ainda vai continuar crescer. | ||
E para aquelas que pretendem não captar, continuar crescendo via a melhor fonte de financiamento, receita de clientes, vão se tornar mais eficientes. Só que os ciclos estão tão curtos e intensos, que é impossível prever o que vai acontecer. A euforia e o medo crescem mais rápidos, o bom é que passam como céu nublado. | ||
No que focar? Retenção de talentos e cultura. Isso a longo-prazo, vai ganhar o jogo. | ||
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