O descontrole se aproxima,
O descontrole se aproxima, |
Mas, estranhamente, também, a calma; |
A lembrança perde o viço, |
Mas seguirei livre da rendição e da euforia, |
Entre o desatino e a colisão. |
O banquete está cru, e o circo, sem pão; |
O ciclo de dó, das gargalhadas a sós, |
Relegou laços sem nós às renúncias ferozes; |
Acusando cruzes, amanheci entre as luzes; |
Atrás dos portões fechados, uma galeria de penumbra e sondas. |
Presenciei o silêncio, e lá não havia dor, |
Apenas o silêncio do fim, e o fim do silêncio; |
Apenas um cheiro de flores, e vontade de chorar; |
Apenas cansaço nas pernas, e passos firmes; |
Apenas o fim do silêncio, e o silêncio do fim. |
E estamos livres, enfim. |