A chaga tornada invisível
A chaga tornada invisível |
Perpetua o castigo; |
Por isso, |
Eu, o cativo sem chamado, |
Desfiz-me no descompasso |
Da centelha sem chama. |
O abrigo de uma nova casta |
É promessa que se fortalece |
A cada fracasso, |
Até encontrar-me no cerne do credo, |
Muito além |
Dos olhos do outro. |
O cerco antecipou-se à esquiva resignada; |
Haveria, então, liberdade no cárcere, |
Mas o casulo não se rompeu |
E a essência se perdeu para |
Um catavento em meio ao furacão. |