As cobaias se insurgem,
As cobaias se insurgem, |
Confabulam entre sonhos de grandeza, |
Atendo-se a ninharias que |
Desatam o coágulo do sagrado; |
O colapso finalmente concilia claridade e teto, |
Deixando em suspenso o momento em que tudo mudaria; |
Mas, depois do coma, não houve manhã. |
A colheita chama pelo nome |
A divindade sem misericórdia, |
Para sucumbir à peste e |
Decompor o trauma em coices; |
Ânimo sem comichão segue códigos à risca – |
Cisão entre autômatos triunfantes – |
Mas, na tragédia sorrateira, não houve combustão. |
A salvação vazia erodiu o livre arbítrio, |
E trouxe à tona um determinismo |
Que acomoda partidos e dissensos: |
Se não sou completo em mim mesmo, |
As escolhas não são minhas, |
E as tantas possibilidades são o refugo da vaidade. |