Cólica suave e vicária, lembrete indigesto e lancinante
Cólica suave e vicária, lembrete indigesto e lancinante |
Do cortejo que se diluiu após a curva; |
Ao olhar para trás, me vi sozinho |
E todos se pareciam comigo – cúmplices decrépitos |
De um esplendor esquecido. |
Então, um demônio envergonhado debelou a angústia; |
Aos murros, trouxe desolação à lavoura farta – |
Como a nascente sob os ditames do inverno – e |
Deu às sementes confinadas pela vigília constante |
O flagelo do conforto predestinado a ser precipício. |
De coice em coice, a anomia contaminou a quimera; |
Aos degenerados, o naufragar, à margem, |
Como em paralelas à espera do farol, |
Duelando pelo espólio do disfarce mesquinho |
Que os pastoreia pelos degraus da infâmia. |
Como bom cordeiro, divaguei entre a fé incorruptível |
E o desejo inconfesso de usurpar o trono; |
Pasmado, esmaguei o pires, e seus fragmentos – |
Lento declínio sem desfrute – |
Regenerou o fingimento na desordem pacífica. |
Antes de cair à lona, fez uma mesura insidiosa |
A fim de desossar o decoro e assim esvair-se |
Em mero deslize casual e intransitivo; |
Antevendo o custo da lisonja, irresignei-me com o dolo – |
Para, num sonho lúcido, engendrar a rédea e o prumo. |