Qual a beleza da vida?
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Qual a beleza da vida?

A vida é bela é o nome de um filme da década de 90, que conta a história de um pai e um filho judeus presos em um campo de concentração nazista, o filme mostra o desdobramento do pai para levar o filho numa aventura na imaginação.

Luana Farias
3 min
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A vida é bela é o nome de um filme da década de 90, que conta a história de um pai e um filho judeus presos em um campo de concentração nazista, o filme mostra o desdobramento do pai para levar o filho numa aventura na imaginação.

Parece uma brincadeira de muito mau gosto o nome da película falar sobre a beleza da vida numa perspectiva de quem está enxergando a morte logo ali.

Mas afinal de contas, o que é que torna a vida bela? Será que é o caos perfeito dos dias agitados, daqueles que mal se é possível pensar no próximo passo ou será que é a simplicidade dos dias calmos, aqueles dias cinzas que nada acontece, mas o silêncio interior é tão maior do que qualquer barulho.

O que faz uma vida bonita? Será que são as cicatrizes de um passado dolorido, as marcas de lágrimas soltas no silêncio e no escuro, gritos e choros sufocados que enfim podem ser libertados? Será que é a finalmente a liberdade de expressar tudo aquilo que existe no interior das mentes que não deixam de pensar um segundo sequer? Ou será a dor que fica no topo da nossa barriga, depois de gargalhamos sem conseguirmos parar?

O que torna a vida bonita? Será viagens pelo mundo, esbanjando bens e ostentando tudo de bom e de melhor? Será pousar nos lugares mais paradisíacos e posar numa foto bem planejada? Será andar em meio a uma multidão online que nunca sentou-se na mesma mesa que você, mas ainda assim estão te aplaudindo e te idolatrando? Ou será apenas viver pacatamente num lugar simples, onde a água que cai do céu é valorizada, onde o vento forte é sentido, onde as estrelas são vistas?

O que faz uma vida bonita, afinal de contas? É quase impossível colocar a beleza da vida em coisas boas ou ruins que experimentamos, lugares lindos ou lugares feios que visitamos, a beleza da vida é tudo isso e nada disso ao mesmo tempo. É sentar-se no lugar mais barulhento da megalópole que vivesse e ainda assim ouvir o silêncio que ecoa em nosso interior.

É como o personagem do filme nos ensina, a beleza da vida é estarmos diante do corredor da morte e ainda achar beleza na vida, mesmo que estejamos diante daquilo que pode nos ferir e nos findar, ainda assim a vida pode ser bonita, ainda assim pode haver beleza nessa vida.

A beleza da vida não se resume a eventos, mas a transformamos em momentos, cicatrizes em histórias, risadas em lugares de lembranças.

A vida bonita é transformada pela renovação do nosso olhar sobre todas as coisas que nos cercam, é o olhar por um prisma diferente, um olhar de admiração que em todas as grandiosas pequenas coisas que podem nos cercar.

Para muitos a vida não pode ter sido bela, pode não ter sido bonita, pelo contrário, talvez até tenha sido feia, pavorosa, mas há sempre um dia novo para começarmos a buscar a beleza da vida.