Como é difícil sentir orgulho da própria trajetória
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Como é difícil sentir orgulho da própria trajetória

Sofia Breder
3 min
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Foto de Md Towhidul Islam no Pexels
Foto de Md Towhidul Islam no Pexels

É bem difícil às vezes, né? Eu sei.

Vivemos em um mundo atualmente que cobra a gente de tanta coisa e não nos permite tempo para apreciar o que já foi conquistado.

Você tem que fazer faculdade, se formar, fazer pós-graduação. De preferência, sair da universidade já com um emprego na área em que se formou. Depois, construir uma carreira sólida, crescer dentro da empresa ou quem sabe começar um negócio próprio. Empreender é a nova tendência. Nunca pensou em ter um negócio próprio? Como não? E um segundo emprego? Tá difícil a economia, né? Tem que ganhar muito dinheiro. Mas você também viu aquele filme, leu tal livro? Já acompanhou a série que tá bombando e tá todo mundo falando? Ufa! Chega perdi o fôlego só de digitar.

É assim dia após dia. Faça mais, seja mais, entregue mais. Quando você para pra perceber, está se afogando em ondas e ondas de informação e cobrança em um mar que nem percebeu que estava entrando. E, o pior, não consegue reconhecer todo o seu trabalho para chegar até ali, porque parece que tudo que fazemos nunca é o suficiente. Sempre é preciso mais.

Mais um curso pro currículo, mais uma experiência, mais um filme. O limite do “bastante” foi quebrado por noites de insônia e ansiedade em busca de uma vida perfeita que não existe. E todo o caminho feito para chegar até onde você chegou é ignorado. Um caminho, que se olhasse com carinho, sentiria muito orgulho de tudo que conquistou.

Bom, se você está se sentindo exausto de tudo isso, assim como eu, se junte a mim nesse nado de volta à ilha. Nesse processo de redescoberta do que é parar, analisar, pensar, dar pausas e fazer escolhas que vão totalmente contra a maré e, mais importante de tudo, se orgulhar de tudo que já fez até aqui.

Sim! Você já fez grandes coisas e merece celebrar isso. Mesmo que essas grandes coisas sejam pequenos feitos.

Orgulhe-se de cada passo que você dá, mesmo que o mundo diga ao contrário.

Não vale a pena se afogar nesse mar só para estar no mesmo barco que o mundo. Você também pode voltar para a terra firme, pausar, respirar, descansar, seguir o seu fluxo e não fazer “nada de inovador”. E quando for o seu tempo e a sua hora, você vai se aventurar no mar de novo, mais seguro de si e preparado para enfrentar as próprias ondas.