Benefícios da CLT: um placebo ao trabalhador
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Benefícios da CLT: um placebo ao trabalhador

Placebo é um medicamento que não faz nenhuma alteração no organismo; é um falso remédio. O paciente acha que está sendo curado, mas, na realidade, o que ele está tomando só tem o objetivo de fazer ele pensar que está sendo curado.

Bruno Costa
4 min
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Placebo é um medicamento que não faz nenhuma alteração no organismo; é um falso remédio. O paciente acha que está sendo curado, mas, na realidade, o que ele está tomando só tem o objetivo de fazer ele pensar que está sendo curado.

E os benefícios da CLT funcionam exatamente assim: o governo finge ajudar o trabalhador, faz ele acreditar que ele está sendo beneficiado, mas, na verdade, eles não melhoram em nada a vida dele.

Quer saber por quê?

Vamos trazer aqui dois benefícios bem conhecidos… O tão querido 13° salário e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS.

Os dois são estabelecidos na CLT.

Você pode estar se perguntando…

“Ué? Como eles fazem o trabalhador de bobo?”

“Desde quando um "salário a mais" é ruim? Ou desde quando uma “garantia” é ruim?”

E se alguém te dissesse que o 13° não é um salário a mais, e que o FGTS não é uma renda de garantia do trabalhador?

É normal termos em mente que a despesa de uma empresa com um funcionário se resume ao salário pago a ele todo mês, mas isso é muito equivocado; na prática, essa despesa vai muito além desse valor. E isso é previsto por lei.

A empresa é obrigada a ter despesas com o trabalhador por muitos outros “meios” que não o pagamento regular mensal.

Por que, então, isso não seria bom pro trabalhador?

Por que seria ruim ele obter rendas além de seu salário todo mês?

Porque ninguém é besta, meu amigo.

O empresário sabe muito bem todos os custos que ele terá com o funcionário; ele sabe que todas as garantias da CLT são gastos obrigatórios que ele tem com o mesmo.

Ele não tá ligando pra onde exatamente vai aquele dinheiro gasto. Pouco importa se vai direto pro bolso do trabalhador, se vai pro FGTS, pro INSS, se é 13°, férias ou se é imposto…

Pra quem emprega, tudo isso é a mesma coisa: gasto com o trabalhador.

No final, esse gasto total só tem de ser menor do que o retorno financeiro que esse funcionário proporciona à empresa.

Então se essas obrigações da CLT não existissem, seriam menos despesas extras e, portanto, o pagamento mensal seria maior.

Pro empresário, seria a mesma quantia; não mudaria quase nada. Muito simples de entender.

“Tá. Então ao invés de receber um salário maior, ele recebe um salário menor junto a esses benefícios. Dá no mesmo.”

Aí que você se engana. Além dos benefícios da CLT serem uma farsa, eles tiram a liberdade do trabalhador e ainda fazem ele perder dinheiro…

O 13°, por exemplo, é uma quantia que o trabalhador recebe somente em dezembro.

Na teoria, é um benefício: “bônus de final do ano”. Maravilha, né?

Pena que é só na teoria.

No lugar do cara ganhar um salário maior todo mês, desde janeiro, ele ganha um salário menor e uma quantia referente a essa diferença somente em dezembro.

Resumo disso: um empréstimo sem juros que o trabalhador faz ao empresário.

E o empresário pode fazer o que quiser com o dinheiro desse empréstimo.

Inclusive gerar mais renda sobre ele.

Agora sim ficou bom, né?

CLT ajudando os empresários… Que ironia!

Já o FGTS, é um dinheiro que o empresário paga todo mês ao governo como forma de garantia do trabalhador.

A princípio, é uma poupança que o empresário deve fazer ao seu funcionário.

Então ele só pode ser resgatado em casos específicos: demissão, compra de um imóvel, aposentadoria, casos de doenças graves ou em exceções abertas pelo governo em épocas de crise, por exemplo.

Enquanto nenhuma situação dessas ocorre, o dinheiro, que é do trabalhador, vai pras mãos do governo, que fica como seu administrador.

Resultado dessa brincadeira: além do Estado ser quem obriga o pagamento desses “benefícios”, ele ainda faz o uso do dinheiro do trabalhador como bem entende até que uma dessas situações raríssimas ocorram.

É o Estado tirando a liberdade do trabalhador fazer o que quiser com o seu próprio dinheiro.

Será que para defender o trabalhador é preciso mesmo defender "benefícios" ?

Será que contestar os benefícios da CLT é ir contra os trabalhadores?

Que me diga você.