A ESCALA DE VALORES DA MORDOMIA CRISTÃ
0
0

A ESCALA DE VALORES DA MORDOMIA CRISTÃ

Em Cristo, fomos capacitados a exercer essa mordomia corretamente. Não atribuindo mais importância às coisas do que a Deus, não nos deixando dominar por nada. Pois o mais importante para o Filho é o Pai, e não as coisas que o Pai concede. O Filho se

Daniele
5 min
0
0

Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus. Toda planta do campo ainda não brotava; porque ainda o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Gn 2:4-5.

E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego de vida; e o homem foi feito alma vivente. E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal. Gn 2: 7-9

E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Gn: 2: 16-17

Essas passagens de Gênesis são maravilhosas. Podemos contemplar traços do caráter de Deus e da forma como ele se relaciona com seus filhos. Deus não dá ponto sem nó. Ele coloca tudo no lugar certo, do jeito certo, no tempo certo e com a função apropriada. Deus é providente e bondoso e esses atributos se manifestam na forma como se relaciona com seus filhos.

Veja que no capítulo 1 diz que no terceiro dia da criação toda flora da terra havia sido criada, porém no capítulo 2 diz que quando o homem foi criado a erva ainda não havia brotado, devido a ainda não ter chuvas nem ninguém para cultivar a terra. Então, Deus plantou um jardim da banda oriente do Éden com todas as árvores aprazíveis e colocou o homem lá para cultivá-lo e guardá-lo.

Portanto, a flora que Deus criou no terceiro dia existia em germe sob a terra. Não era visível e ainda não era possível desfrutar dela. Porém, Deus preparou um lugar especial onde o que só existia em germe no restante da terra estava completamente desenvolvido e colocou o homem nesse lugar. Então, deu-lhe a função de cultivá-lo e protegê-lo.

Ou seja, deu-lhe uma responsabilidade sobre essa dádiva maravilhosa. Ali foi instituído o princípio da mordomia, a qual, para ser exercida corretamente, coloca o deleite em Deus acima do deleite que temos nas dádivas. Por isso, diante daquela infinidade de árvores, das quais creio que Adão nem chegou a provar de todas, Deus lhe restringiu uma, a fim de instituir para ele essa escala de valores: subordinar o deleite nas dádivas recebidas ao deleite em Deus que providenciou todas elas.

Em Cristo, fomos capacitados a exercer essa mordomia corretamente. Não atribuindo mais importância às coisas do que a Deus, não nos deixando dominar por nada. Pois o mais importante para o Filho é o Pai, e não as coisas que o Pai concede. O Filho se deleita no Pai, em ser um com o Pai. Se estamos em Cristo, este deve ser também o nosso deleite.

Na sua oração, relatada em João 17, Jesus roga ao Pai para que essa unidade com Deus seja o que prevaleça em nossas vidas: E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitos em unidade e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como tens amado a mim. Jo 17: 22-23.

Oração:

Pai,

Peço que teu Espírito nunca me deixe eu me auto enganar sobre qual escala de valores está regendo a minha vida. Que eu sempre esteja sensível à voz do teu Espírito, que no meu íntimo clama Aba Pai, para que meu relacionamento contigo seja a coisa mais importante da minha vida. De modo que eu não coloque nada acima disso. Assim não serei dominada por nada, mas estarei sujeita a Ti. Te peço perdão dos meus pecados, por muitas vezes me dirigir pelo deleite como um fim em si mesmo, e não para o louvor da tua glória. Assim perco de vista o teu propósito e caio em futilidade. Quando me deleito demais no descanso, caio no pecado da preguiça. Quando me deleito demais na produtividade, caio no pecado da ansiedade e me torno compulsiva. Quando me deleito demais na provisão do alimento, caio no pecado da gula. Tudo o que tu me concedeste, pela tua graça, só se equilibra pela escala de valores correta: com o deleite em ti em primeiro lugar. Com o foco no teu propósito eterno e não no meu prazer imediato. Sempre que essa escala se altera minha vida fica desequilibrada. Te peço perdão por esse pecado, pois isso em última instância é idolatria. Idolatria do meu ego que deseja ser saciado por tudo fora de Ti, devido à natureza caída. Mas eu fui feita tua filha não para me dirigir pela minha natureza caída, que é o velho homem, mas pelo teu Espírito, que me fez nova criatura em Cristo. Perdoa-me, Pai e ajuda-me a viver segundo essa nova natureza e a me despojar do velho homem pela renovação da minha mente segundo a tua Palavra. É o que te peço, em nome de Jesus. Amém!