Com Cuca pressionado, Atlético pega rival em crise pela Libertadores

Técnico pressionado, desempenho em queda e resultado decepcionante na estreia na Libertadores. A descrição serviria perfeitamente para o Atlético-MG de Cuca, o time dos 60 cruzamentos na atuação vergonhosa no empate por 1 a 1 com o Deportivo La Guaira, em Caracas. No entanto, a definição também serve para o América de Cáli.

O adversário do Galo, nesta noite, em Belo Horizonte, vem de dois resultados terríveis. Na estreia no Grupo H, perdeu, em casa, para o Cerro Porteño, por 2 a 0. Já no sábado passado, o time voltou a ser derrotado no estádio Pascual Guerrero pelo Millonarios, no duelo de ida das quartas de final do Campeonato Colombiano.

Não à toa, o destaque do América está no gol. Venezuelano, Joel Graterol foi reserva do excelente Fariñez na campanha do vice-campeonato mundial sub-20, em 2017. Faz uma média de três defesas por jogo, de acordo com dados do Sofa Score. 

O time tem problemas defensivos e ofensivos, com apenas um canhoto entre os titulares. É o também jovem lateral-esquerdo Ortiz, de 20 anos, cria da base. Entre os atacantes, o destaque é ponta-esquerda (destro, por sinal) Duván Vergara, de 24 anos. O jogador marcou dez gols em 29 jogos na temporada passada. 

O técnico argentino Juan Cruz Real é bastante pressionado pela torcida. Afinal, o time vem de três derrotas nos últimos cinco jogos. Todas em casa, para piorar. Inexperiente, o jovem treinador tem a primeira chance em um grande clube na carreira. Só que o aproveitamento nos 41 jogos em que dirigiu o time não é dos mais auspiciosos: menos de 50% dos pontos conquistados à frente do gigante colombiano.

Virtualmente desclassificado do Campeonato Colombiano após a derrota para o Millonarios, o América precisa vencer para não correr risco de eliminação precoce na Libertadores. Se jogar com competência mínima, o que esteve longe de acontecer em Caracas, o Atlético deve vencer.