Quem tudo quer... Galo vence, e Flamengo só joga por uma partida até o fim do ano

"Quem tudo quer, nada tem." A frase batida saiu da boca do técnico Renato Gaúcho, do Flamengo, após a humilhante derrota para o Fluminense, por 3 a 1, no último dia 23. Ao contexto, meus amigos. Ainda vivo nas copas do Brasil e Libertadores, ele argumentava que o clube do Rio de Janeiro não teria como brigar pela até então factível tríplice coroa.

Todos sabemos o que aconteceu no torneio mata-mata. Nesta quarta, o campeonato de pontos corridos foi praticamente decidido. O Atlético derrotou o Grêmio, no Mineirão, por 2 a 1, e abriu dez pontos de vantagem para o vice-líder, Palmeiras.

O time da casa não começou bem a partida. Borja, o centroavante da equipe, chutou duas bolas na trave antes que Zaracho, aos 12, colocasse o Galo em vantagem no placar.

Os comandados de Cuca recuaram e viram o adversário finalizar mais na primeira etapa, obrigando Everson a fazer duas boas defesas. Vagner Mancini ainda colocou o Grêmio mais à frente ao trocar Villasanti por Campaz, aos 35.

E foi justamente o colombiano quem empatou o cotejo aos 11 da segunda etapa, com assistência de Borja. Era um prêmio ao time que jogava melhor.

Com a igualdade no placar, foi a vez de o Grêmio recuar. Nacho bateu uma falta na entrada da área aos 30, e Campaz, que estava na barreira, abriu demais o braço. Pênalti. Vargas cobrou com enorme categoria para dar a vitória aos atleticanos.

O Galo coloca a mão na taça do Campeonato Brasileiro. De quebra, está a dois jogos da conquista da Copa do Brasil. Tudo quis, o técnico Cuca. Já o Flamengo, que nada quis, só tem uma partida que realmente importa até o fim do ano, a decisão da Libertadores. Pouquíssimo para um elenco de R$ 200 milhões.