Ayrton Senna do Brasillll

Espero que você tenha acordado hoje com o ânimo em lembrança de alguém que viveu intensamente, mas que deveria ter vivido muito mais. Esse alguém que provou que disciplina, inteligência, talento e velocidade geram reconhecimento. Lendas não morrem!!

Recado importante! Um amigo, que lê minha newsletter precisamente às 6:30 da manhã, me sugeriu que eu trocasse por números quebrados. Achei uma boa ideia, porque, é claro, 6:30 é um horário muito comum. Essa newsletter, todavia, não é como outra qualquer. Então, se acostume com um novo e-mail na sua caixa de mensagens a partir das 6:19 da manhã. Por quê? Bem, 19 é minha idade - me parece uma boa justificativa. 

Tenha uma boa leitura!

Sábado passado (01/05) fez 27 anos da morte de Ayrton Senna. Não importa onde mora ou qual idade tenha, Ayrton Senna é uma figura conhecida em todo o Brasil e no mundo - é tipo saber quais foram os presidentes do país. Para falar a verdade, esse homem foi um herói nacional, em um momento quando o Brasil estava alagado de caos, pobreza e falta de esperança. Particularmente, eu não acredito em heróis, não acho que exista ninguém que vai chegar e nos salvar de nada. Porém, Senna era/é um herói diferente. Ele pegava a bandeira brasileira e ativava dentro de si, de forma a levar milhões de brasileiros a terem um sentido e fé no país. Quantos relatos e entrevistas de fãs dizendo “Ele é a única coisa de bom que o Brasil tem”. Sejamos realistas: isso tem não só um poder, como uma responsabilidade enorme e, consequentemente, uma pressão gigantesca nos ombros de Senna. O ponto não era ver a F1, era ver o Senna vencer. 

Infelizmente, eu não tive o prazer de ver o Ayrton correr, de sentir a EMOÇÃO. Porém, tenho mãe, pai e tia que são grandes fãs dele, então, desde que eu me lembre, as histórias de Senna sempre foram assunto em algum momento da minha vida.

Ayrton Senna foi um dos primeiros pilotos a enfrentar o sistema, pois a F1 sempre envolveu muito dinheiro, patrocinadores, pessoas importantes, ou seja, um ambiente político e, consequentemente, muitas vezes injusto. Porém, ele foi um homem que ressaltou sua inteligência e tirou toda a potência que podia do carro, pois, é claro, de nada adianta um bom piloto se ele não tem um bom carro. Diversas vezes foi ressaltado sua humildade e como isso engrandecia nosso país. 

Senna entendia que correr é competir e se compete para ganhar. A vitória se torna um vício para qualquer atleta. Na F1, em especial, a partir do momento que o piloto tem medo de morrer na pista, aquele não é mais o seu lugar. Vai além da capacidade de compreensão do piloto. Na realidade, há uma imersão na corrida e a cada volta.

“E sempre que sinto que estou aprendendo menos, que a curva de aprendizado está nivelando, ou seja o que for, então não fico muito contente. E isso se aplica não só profissionalmente, como piloto, mas como pessoa. Claro, tenho muito mais a aprender como pessoa do que como piloto, porque minha carreira não pode durar muito mais. Espero que a minha vida ainda siga por muito tempo. Talvez eu ainda esteja na metade do caminho agora, então ainda tem muito chão, muita coisa para aprender, muita coisa a fazer nesta vida. A felicidade virá quando eu me sentir completo em todos os aspectos, e eu não sinto que estou neste ponto da minha vida hoje. Mas eu ainda tenho muito tempo para chegar lá.” 

Depois dessa eu não preciso falar mais nada. A frase diz por si mesma o suficiente.   

Escrevi isso hoje para nos lembrarmos o que não deve ser esquecido. O sentimento de pertencimento, fé, orgulho e esperança sempre moveram as pessoas. Uma figura que personifica tudo isso e ainda dura gerações e gerações têm sua importância. A verdade é que pessoas morrem, o que é inevitável, e até mesmo o seu legado será apossado por outra pessoa mais ou menos dia. No mais, fique com essa frase de Senna que deve inspirar cada brasileiro: “É a minha vida, não posso desistir do meu sonho. Tenho que voltar para a pista”. Bem, enquanto houver sentido, volte para a pista, sempre!

Ps: Gostaria de homenagear esse texto também ao Paulo Gustavo que morreu ontem de noite. Sem dúvida ele e Senna dividem a mesma essência. Grande gênio da arte e do cinema brasileiro. Eterno!

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