Gestão pelo exemplo, o Ovo e a Galinha
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Gestão pelo exemplo, o Ovo e a Galinha

Liderança é um assunto interessantíssimo de ser estudado. E quando pesquisamos mais sobre liderança é muito comum acharmos listas de regras para se liderar. “As 20 regras”, “As 10 regras”...

Bingo Corporativo
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Liderança é um assunto interessantíssimo de ser estudado. E quando pesquisamos mais sobre liderança é muito comum acharmos listas de regras para se liderar. “As 20 regras”, “As 10 regras”...

Seja como for, são maneiras de organizar nossa cabeça para conceitos muito importantes no desafio da gestão de pessoas.

Muitas vezes, o que vemos nessas listas é um compilado de informações semelhantes escritas de formas diferentes. As “regras de ouro” sempre se repetem. E podem ser ditas de muitas formas diferentes.

Às vezes alguém arrisca algo novo, mas sempre voltamos para aquelas regras clássicas que estão em qualquer lista de qualquer profissional que se aventure à liderar.

Depois de ler muito e principalmente vivenciar diversos modelos de liderança, sendo gerido ou fazendo a gestão, percebi que existe uma regra que se destaca. Sabe aquela regra que está em praticamente todas as listas? Provavelmente, não por coincidência, ela está em todos os manuais de gestão. Trata-se do exemplo. A gestão pelo exemplo.

A gestão pelo exemplo é talvez o grande pilar do modelo de gestão para os novos tempos. Ninguém segue genuinamente quem não admira. Ninguém se orgulha de estar em um time liderado por uma pessoa com valores e princípios questionáveis.

Praticar o que se fala, ter a postura honesta em cada situação e estar genuinamente preocupado com o seu time sempre foram fatores importantes. Hoje, são fatores motivacionais ainda mais fortes. Isso acontece porque no momento que você assume uma posição hierárquica maior, você conquista o respeito institucional, mas não necessariamente o respeito pessoal.

Antes tínhamos a visão de que quanto mais se sobe na carreira, menos se trabalha. Em muitos casos, o antigo gestor podia simplesmente sentar-se atrás da mesa e dar ordens e direcionamentos para os times. Hoje não! Hoje o líder precisa estar na frente, com a equipe. No “campo de guerra.” Não é mais o tal “general” que vê tudo que acontece de muito longe. Hoje ele precisa estar no meio, precisa escutar o que acontece direto da sua equipe, direto dos seus clientes. E essa é a única forma de se tomar decisões mais assertivas. Estando perto da sua equipe. A única forma de se criar empatia é assim.

Invictus - Exemplo clássico de liderança "mão na massa".
Invictus - Exemplo clássico de liderança "mão na massa".

Mais do que está perto para ouvir e tomar boas decisões, essa presença cria a oportunidade do seu time te conhecer, te admirar. Entender seu ritmo, sua forma de trabalho, seus pensamentos. E, a partir daí, seguir o seu exemplo. É uma forma de gestor e equipe realmente construírem algo juntos.

Um ponto extremamente importante de se lembrar sempre é que a equipe é reflexo do líder. A equipe é um reflexo direto do líder. Se o líder desanima, o time desiste. Se o líder abaixa as armas, o time solta. E esse reflexo é muito claro. Qualquer movimento do gestor tem um reflexo amplificado em toda equipe.

Sabe aquele gestor que fala mal dos outros? Gera uma equipe fofoqueira.

Sabe aquele gestor que chega na segunda feira muito desanimado para trabalhar? Cria um time desanimado. Da mesma forma que energia gera energia, paixão gera paixão.

Portanto, a sua postura diante da sua equipe é primordial para o sucesso de qualquer projeto.

Se você é um líder de líderes, tenha em mente que se precisa de uma equipe dinâmica e com energia, você precisa de alguém com essas mesmas características. Sempre a equipe será o reflexo do líder. Observe os líderes da sua organização, examine o nível de engajamento e positivismo de cada um. Pode estar nesses líderes a resposta para uma transformação no clima da sua empresa. Exatamente por isso, esse papel é tão importante nas organizações.

Sabe aquela história de quem vem primeiro, o ovo ou a galinha? Exatamente nessa mesma linha, a relação entre líder e liderados cria um ciclo constante, mas extremamente real: todo gestor tem exatamente a equipe que merece. E toda equipe tem exatamente o gestor que merece.

Quem vem primeiro? Quem começa a puxar esse ciclo?

PS: Ainda não conhece o nosso podcast? Tá aí embaixo. se você chegou até aqui, é bem provável que vá gostar.