O que é clickbait e porque essa prática não é recomendada?

Provavelmente você já ouviu falar sobre clickbait. Se acaso não, pelo menos já caiu em algum em um momento. Mas não se preocupe, porque até mesmo as pessoas mais espertas já passaram por isso na vida.

Quem nunca se deparou com uma chamada bastante apelativa sobre os mais variados temas? Quer seja sobre alguma declaração polêmica de algum político, quer seja sobre alguma receita milagrosa para perder peso, quer seja a falsa notícia da morte de algum famoso. 

Até mesmo nas páginas de jornais é possível encontrar exemplos como esse, por conta de anúncios.

Esses caça-cliques logo se revelam enganosos quando acessamos seus conteúdos. Ou encontramos algo que nada tenha a ver com a chamada ou percebemos que caímos num anzol para lá de sensacionalista.

Vamos dar um exemplo para ilustrar bem a questão: você clica na chamada "Pesquisadores do marketing descobrem maneiras de aumentar a conversão em sites com dois passos", mas encontra um texto que não revela nada do que você já não sabia. Pior, se depara com um conteúdo que sequer confirma o título. 

Esse tipo de estratégia, tão contraditória, não acontece por acaso. Muitos a utilizam para aumentar as visitas em suas páginas, o que pode render algum lucro financeiro por conta de anúncios. E se trata de uma prática contraditória porque sua natureza ética é muito nebulosa.

Neste texto, vamos lhe contar tudo sobre os clickbaits. Você vai descobrir como isso surgiu, exemplos de clickbait e ainda por que você deve evitar essa estratégia. Sem dúvida alguma, vai dominar o assunto ao fim desta leitura.

Imagino que esteja curioso para saber mais sobre o tema, não é mesmo? Continue conosco!

O que é clickbait?

Você já sabe que é uma estratégia cuja natureza não é bem aceita e vai entender a questão ainda melhor agora.

O clickbait, em geral, é uma arma para gerar tráfego online. Ele usa mão de conteúdos mentirosos, sensacionalistas ou tendenciosos para caçar cliques de pessoas que circulam pela web e acabam quebrando suas expectativas ao acessar esses materiais.

Geralmente, esses clickbaits prometem solucionar dúvidas ou revelar segredos ao leitor na busca pelo convencimento. Não raro, incluem o nome de pessoas com alguma autoridade, como médicos, políticos e famosos. Tudo pelo clique.

Já viu, por exemplo, alguma chamada como esta: "Você não vai acreditar: Fulano de Tal perde tudo"? Quem sabe algo assim: "Beltrano da Silva revela o segredo que o tornou milionário"? São algumas dessas iscas de cliques bastante comuns que encontramos por aí.

Quem nunca viu alguma falsa notícia de morte? Os nomes, inclusive, são sempre os mesmos. Aqueles famosos, já idosos, que volta e meia precisam ir às redes sociais para negar a falsa morte. Cá para nós, trata-se de um desrespeito enorme uma coisa dessas, não é mesmo?

Lembrando que esse tipo de estratégia está presente tanto em blogs e sites, quanto em vídeos no YouTube. Neste último caso, aliás, no título do vídeo e também na imagem de destaque, além da possibilidade de estar até mesmo na descrição do vídeo.

Mas prosseguimos com o assunto pelos próximos tópicos!

O que acontece na prática?

Em geral, o clickbait atinge o seu principal objetivo: alcançar cliques de pessoas. Desse modo, então, tem-se uma audiência que se transforma em um atrativo para investidores e anunciantes. Afinal, estas pessoas querem expor suas marcas, seus produtos e serviços em lugares em que estão muitas pessoas, não é mesmo?

No entanto, essa audiência não reflete na satisfação do visitante. É de se esperar que, ao perceber que foi enganado, lendo um conteúdo que não justifica o que lhe foi prometido, ele vai sair dali rapidamente e é bem provável que não volte mais. Afinal, vai se lembrar de que, naquele site ou blog, por exemplo, há conteúdos enganosos.

Do mesmo modo, essa audiência também não reflete na continuidade desse atrativo a investidores e anunciantes. Plataformas que insistem nessa sacada podem acabar ganhando essa má fama e perdendo, portanto, a credibilidade, de modo que não só visitantes são afugentados, mas também eventuais investidores e anunciantes.

No entanto, essa não é exatamente a regra. Muitos sites, blogs, canais no YouTube  e outras plataformas insistem em usar essa estratégia para aumentar seus lucros. Sem nenhum pudor e até mesmo respeito com o visitante, que se vê diante de uma armadilha.

Exemplos de clickbait

Já demos a você alguns exemplos de clickbaits que circulam pela internet. Mas vamos mostrar outros exemplos neste tópico para que você consiga reconhecer, de longe, uma jogada de apelação como essa.

Em primeiro lugar, alguns macetes para identificar clickbaits rapidamente. Eles costumam usar muitas exclamações e outras pontuações, na busca de chamar a atenção. Da mesma forma, tentam te impactar com expressões como "você não vai acreditar" e "você vai se surpreender".

Também é comum o clickbait brincar com o tempo, invocando uma suposta urgência na chamada, como se você precisasse, naquele momento, acessar o conteúdo. E, por fim, não é raro um clickbait usar imagens genéricas, com aparente manipulação ou com baixa qualidade, também tentando aguçar a sua curiosidade.

Esses caça-cliques costumam prometer algo que sabemos que não se pode fazer, como ganhar dinheiro fácil (seguindo a lógica de que isso não é possível ou pelo menos recomendável, é claro). O intuito, com isso, é nos deixar com interesse e curiosos, portanto dispostos a lhes dar o clique.

Outro artifício que eles costumam usar é destacar a informação mais tentadora de uma oferta, por exemplo. Por exemplo, oferecendo 90% de desconto em uma compra, mas sem falar das condições de pagamento que, certamente, compensam o suposto desconto.

Agora, ficou fácil identificar um clickbait, hein?!

Como isso começou?

A lógica dos clickbaits surgiu muito antes da internet. Lá no fim do século 19, a chamada "yellow press" já produzia um jornalismo sensacionalista, com manchetes absurdas, para vender mais jornais.

Temos exemplos de jornais de hoje em dia que fazem ou fizeram, há até pouco tempo, uso dessa estratégia. Não apenas para vender jornais, mas para viralizar na internet com manchetes chamativas e engraçadas.

Já viu, por exemplo, a capa do Extra, do Rio de Janeiro, com a manchete "Luana não tem mais Dado (aqui, ao invés do nome, o rosto de Dado Dolabella, seu ex-noivo) em casa"? Pois é...

Já em se tratando do ambiente digital, as correntes de e-mail são um exemplo de clickbaits. Se acaso você já utilizava a internet nos anos 2000, certamente já recebeu alguma que lhe orientava reenviar para outras pessoas ou algo ruim aconteceria contigo.

Hoje, os clickbaits estão soltos por aí. Você os encontra, facilmente, em anúncios, sites, blogs, mídias sociais, e-mails e outros vários espaços. Ou seja, muito cuidado!

Por que a estratégia NÃO deve ser usada?

A esta altura do texto, você já deve saber por que não deve usar clickbaits em suas plataformas. Mas é bom reafirmar, não é mesmo?

Você estará sendo visto como mentiroso

Em primeiro lugar, porque essa é uma estratégica nada ética. Prometer algo a alguém e não entregar é enganar, mentir ou, no mínimo, engabelar. Quando você usa mão desse artifício, coloca a sua credibilidade em risco e pode perder o leitor em questão para sempre.

Nem mesmo no marketing a mentira pega bem. Há muitas brincadeiras sobre o discurso com persuasão, mas a questão é que há limites nisso. Se engana o leitor, não vale a pena.

No final, cliques não são tão valiosos assim

Posso dizer a você que o clickbait é uma eterna promessa, na linguagem dos futebolistas. Traduzindo, trata-se de uma ilusão, algo que não vinga. Isso porque os resultados não são sólidos e passam rapidamente.

Em pouco tempo, o seu site ou blog perde reconhecimento e, consequentemente, a rentabilidade.

Você perderá credibilidade

Ao afugentar o leitor fisgado pelo clickbait, tem-se o risco de um efeito dominó. Sem credibilidade, é provável que o seu site ou blog perca acessos, o que vai refletir na queda de anunciantes e, consequentemente, de renda.

Duvido que você recorra a sites que usam mão do clickbait para se informar sobre a pandemia da covid-19, por exemplo. Do mesmo modo, é improvável que você se informe sobre outros assuntos em blogs que adotam essa estratégia, como também você deve fugir de compras em ambientes assim.

Então, o que fazer para atrair pessoas?

Você já ouviu falar sobre emotion-baits? Pois bem, trata-se de um modo mais honesto de conquistar cliques. De modo geral, estamos falando de uma estratégia que recorre às emoções dos leitores. Ou seja, uma tentativa de aguçar o interesse deles pelo "coração".

De todo modo, é importante desenvolver conteúdos com objetivos bem firmados e que sejam originais. O engajamento orgânico é a menina dos olhos do marketing, que ocorre de maneira fluida e natural, sem a necessidade de baits.

Enfim, esperamos ter te ajudado a pensar no que você não deve fazer em seu site. Fuja dos clickbaits!