Debate presidencial; Lula chora no banho
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Debate presidencial; Lula chora no banho

O clima do debate foi definitivamente polarizado, o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, foi muito incisivo e enfrentou Lula do princípio ao fim — e o petista sempre na defensiva, enrolando-se para responder a perguntas s...

Blog do Ning
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<i>Foto: EPA / BBC News Brasil</i>
Foto: EPA / BBC News Brasil

O clima do debate foi definitivamente polarizado, o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, foi muito incisivo e enfrentou Lula do princípio ao fim — e o petista sempre na defensiva, enrolando-se para responder as perguntas sobre corrupção no seu governo; Bolsonaro fez de Lula um boneco de Judas. Mas Lula conseguiu se manter bem com o eleitorado que busca, sua imagem foi vendida bem, ainda mais quando foi questionado sobre se comprometer a indicar mulheres para metade de seu ministério, afirmou que não, dizendo “que indicará as pessoas que tem capacidade para assumir determinados cargos”, ou seja, dando entender que não indicará alguém só por ser mulher (pode ter desagrado a militância, mas essa gentalha vota no Lula independente do que ele faça). Mas para Jair Bolsonaro, nem tudo são flores, diferente do Lula que não perde eleitorado falando merda, Bolsonaro se saiu mal com o showzinho contra a jornalista Vera Magalhães (embora a sua pergunta fosse parcial) foi desnecessário — e apenas serviu para reforçar ainda mais a sua rejeição entre o eleitorado feminino, o que sempre foi o ponto fraco de Bolsonaro.

Os destaques positivos foram para Ciro Gomes e Simone Tebet, embora Simone Tebet tenha perdido muito tempo querendo pagar pedágio para esquerda e por isso sofreu na mão de Bolsonaro. Ambos sabiam vender seu peixe, ao contrário do que aconteceu no Jornal Nacional, Tebet adotou uma postura mais incisiva, criticou duramente Bolsonaro e Lula, realçando, tal sublinhado pelo jornalista Josias de Souza, o “orçamento secreto como sucedâneo do mensalão e do petrolão”, mas ainda suou prolixa, tal como Ciro. Mas no geral saiu com um saldo positivo.

Ciro Gomes, por outro lado, era previsível, jogando números como sempre faz, dissimulando dizendo ser conciliador, mas dessa vez partiu pra cima de Lula e Bolsonaro, embora tenha levado uma pequena tareia de Bolsonaro. A única razão pela qual ele não foi superior a Tebet é porque se perdeu demasiado na tentativa de se exibir e usa de uma linguagem muito difícil, a maioria dos brasileiros não entendem. 

A rigor, o debate em si foi improdutivo, com muitas oportunidades perdidas para atacar os líderes das pesquisas, como, por exemplo, quando Lula disse que foi absolvido em todos os processos que enfrentava em tribunal e também aproveitou para citar a sua absolvição simbólica na ONU ou quando Bolsonaro disse que, cinicamente, não há corrupção no seu governo. Se tivesse sido um Arthur do Val ou Janones, eles teriam aproveitado e liderado o debate por uma ampla margem. A terceira via fez falta.

P.S: não comentei sobre D'Avila e Soraya porque não vale a pena, ambos foram muito ruim, só reforçando o golpe que os bolsonaristas deram no querido João Amoêdo.


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