Moro contra todos
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Moro contra todos

Este ano promete ser o mais desafiador em décadas, e o movimento para conter os extremos exigirá o esforço de todos, com muita garra e determinação. Enfrentaremos um ambiente sombrio, e confesso que mesmo eu, que não sou religioso, serei obri...

Blog do Ning
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<i>Os principais pré-candidatos presidências ao pleito de 2022</i>.&nbsp;
Os principais pré-candidatos presidências ao pleito de 2022

Este ano promete ser o mais desafiador em décadas, e o movimento para conter os extremos exigirá o esforço de todos. Enfrentaremos um ambiente hostil e confesso que mesmo eu, que não sou religioso, serei obrigado a rezar. Esperamos ansiosamente a saída do troglodita presidencial Jair Messias Bolsonaro - e torceremos para que seja direto para Bangu 1, junto com seus sabujos da milícia.


A direita brasileira está em ruínas

Hoje você poderia contar nos dedos os representantes da direita democrática. Este período de quase quatro anos foi realmente uma prova de fogo e muito custoso para nós, porque perdemos muitas batalhas, e na maioria das vezes eram batalhas onde a desesperança falava mais alto, sempre dando vitória aos inimigos (e eles são muitos), mostrando que nossa força há muito deixou de ser ameaçadora. Mas é necessário retomar de onde paramos, já que Jair Bolsonaro e Lula lideram as pesquisas por uma ampla margem e o PT é agora aprovado e visto como o salvador da Democracia. Sem dúvida, Bolsonaro é o principal responsável por este recrudescimento de valores e precisamos pôr um fim a esta tragédia e eleger o representante da terceira via o mais rápido possível.

A terceira via e Sergio Moro

A terceira via é nossa saída deste labirinto aparentemente interminável. A ideia é um sopro de vida no árido deserto que nos cerca. E hoje quem se apresenta como o melhor representante desta ideia é o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, filiado ao Podemos em 2021 e eventual candidato à presidência.

Como eu disse em um artigo há algum tempo: Sergio Moro é o nome que surge como o favorito para representar a terceira via. Entretanto, sua pré-candidatura ainda é muito incipiente, muito atrás dos demais líderes, Lula e Bolsonaro. Há várias razões para isso, mas a principal é a direção que sua pré-campanha está tomando, porque adotou uma estratégia de marketing que considero temerária e errada — e as pesquisas demostraram. O ex-juiz não impressionou nos últimos meses, na verdade, ele declinou algumas posições. A rigor, Moro precisa assumir o comando e entender que sua candidatura representa a terceira via e não a nostalgia da Lava Jato ou de seu partido Podemos. E, sobretudo, ele deve apresentar suas propostas claramente e deixar de lado sua maneira formal de juiz em exercício.

Caro leitor, antes de tudo, Moro precisa deixar de ser o "juiz Sergio Moro", mas ainda construir-se a partir dos alicerces desta, digamos, persona arquetípica. Sua estratégia de campanha deve se dirigir aos brasileiros que estão revoltados, sem esperança e confusos sobre o caminho a seguir. As redes sociais são a principal ferramenta para dar segmento a esta estratégia, fazer lives, participar de podcasts, postar vídeos curtos e memes com mensagens claras, e deve evitar ficar participando de muitos programas inúteis, com uma conversa aborrecida protocolar que não acrescenta nada ao eleitor sem esperança. De qualquer forma, como apoiador da terceira via, minha intenção é ajudar Moro e minha crítica não é para prejudica-lo, mas chamar a atenção para os erros e, eventualmente, orientar para encontrar a melhor maneira de corrigi-los. Entretanto, hoje é o segundo dia de janeiro, e se não houver mudanças profundas até o próximo mês, a terceira via será apenas uma esperança vã como tantas outras a que os brasileiros se agarraram, e Lula, tragicamente, será eleito.

Até mesmo o passado é incerto no Brasil

Lula e Bolsonaro, dois nomes que eu jamais pensaria em discutir neste momento, especialmente quando se trata de uma eleição para Presidente da República. É sinal de que já retrocedemos muito. Porém, como afirmou o ex-ministro Pedro Malan, até mesmo o passado é incerto no Brasil. Além disso, houve um movimento histórico em 2018 e não podemos esquecer que, Bolsonaro só conseguiu ver, mas ainda podemos, digamos, consertar o que sobrou. Mas também não se trata de eleger Lula ou Ciro Gomes, mas a terceira via — representada até este momento por Sergio Moro.

2022 será um ano de derrota ou de vitória e, se depender de mim, será o ano da vitória; da vitória da terceira via; do brasileiro cordial que nunca perde a esperança.


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