Nova direita e seu estelionato eleitoral
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Nova direita e seu estelionato eleitoral

É evidente que a nova direita brasileira entrou de gaiato nas eleições presidenciais de 2018 achando que este momento histórico seria a nossa virada ou a continuação de nossa ascenção. Jair Bolsonaro foi uma presepada, tanto moralmente como n...

Blog do Ning
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É evidente que a nova direita brasileira entrou de gaiato nas eleições presidenciais de 2018 achando que aquele momento histórico seria a nossa virada ou a continuação de nossa ascenção. Com a eleição de Jair Bolsonaro mostrou que não. Seu governo foi o nosso maior erro, uma tragédia tanto moralmente como no campo técnico, representada pela figura de Paulo Guedes, o famoso "posto Ipiranga". Era comum ouvir alguém na época que estava a votar em Bolsonaro por causa de Guedes; o “posto Ipiranga". E confesso que também fui um desses bonecos de ventríloquo que repetia tal justificativa de voto. No entanto, meus amigos, o governo chegou e, infelizmente, foi um desastre. Um grande estelionato eleitoral, uma desilusão que até esperávamos, mas não à magnitude que nos foi apresentada, de tal descaramento e vilania. Escusado será dimensionar que o governo Bolsonaro representa (ou representava) para a nova direita. Anteriormente falávamos de esperança, simbolizada num futuro idealista num governo de direita que iria invariavelmente acabar com a hegemonia de esquerda e concretizar a tradição da direita liberal no poder. Mas o que nos foi entregue foi exatamente o oposto do que foi idealizado: um governo corrupto antiliberal; uma base ideológica desenfreada, que se precipitava na loucura e na beligerância. E, ironicamente, um governo que ressuscitou o maior líder da esquerda brasileira desde a redemocratização, abrindo o caminho para o regresso da sua hegemonia diretamente do presídio, onde estava condenado por seus crimes. Hoje já não se fala de esperança; mas de evitar o menos danoso para o país: Lula e Bolsonaro, dois canalhas desejantes de poder que se retroalimentam, dois lados da mesma moeda que condena o Brasil ao ostracismo desse populismo infernal latino-americano.

E não temos opção, estamos num navio cheio de buracos, prestes a afundar —e sem colete salva-vidas para todos. A terceira via mal deu o ar da sua graça e já nos deixou. O que restou é a desesperança e a fraqueza. Afinal de contas, o Brasil, como diria o Ministro Pedro Malan: “até o passado é incerto". E mentiras sinceras nos interessam, ainda mais aquelas sobre o Brasil ser o país do futuro. Mas isso mostra o que somos como nação e não o oposto ou talvez a tentativa desastrosa de ser uma nação...


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