MQL

O Marketing Qualified Lead, ou simplesmente, MQL, é uma expressão usada para se referir a um lead que demonstrou interesse em um produto ou serviço, o que indica uma maior probabilidade de se tornar um cliente. 

Diferentemente de um lead frio, que pode ter interagido superficialmente com a marca, o MQL realizou ações que o qualificam como um potencial comprador, como baixar um e-book, participar de um webinar ou solicitar um orçamento. 

Essa qualificação é importante para otimizar o processo de vendas, direcionando os esforços da equipe comercial para leads com maior potencial de conversão.

Dados recentes do mercado, levantados pela Statisa, revelam que a taxa de conversão de leads qualificados é significativamente superior à de leads frios. Enquanto leads frios apresentam uma taxa de conversão média de 1%, os MQLs podem atingir taxas de conversão de até 15%, dependendo do setor e da estratégia de marketing utilizada. Essa diferença demonstra o impacto positivo da qualificação de leads na geração de receita e no retorno sobre o investimento em marketing. 

Pensando nisso, desenvolvemos este conteúdo com estratégias que você pode usar para parar de perder tempo com leads frios e direcionar suas ações para MQLs. Quer saber mais? Continue a leitura e descubra! 

1. Implementação de critérios rigorosos de qualificação

A implementação de critérios rigorosos para a qualificação de leads vai otimizar o processo de vendas e aumentar a taxa de conversão. Essa qualificação envolve a avaliação de diversos fatores, como:

  • Perfil do lead;
  • Nível de interesse no produto ou serviço;
  • Orçamento disponível;
  • Autoridade para tomar decisões; e,
  • Tempo necessário para a compra. 

Estabelecendo critérios claros e objetivos, as empresas podem identificar os leads com maior potencial de se tornarem clientes, direcionando os esforços da equipe de vendas para as oportunidades mais promissoras.

Uma das metodologias mais utilizadas para a qualificação de leads é o BANT (Budget, Authority, Need, Timing). Essa metodologia avalia quatro aspectos principais: o orçamento disponível para a compra, a autoridade do lead para tomar decisões, a necessidade do produto ou serviço e o tempo necessário para a compra

Além do BANT, outras metodologias podem ser utilizadas, como o GPCTBA/C&I (Goals, Plans, Challenges, Timeline, Budget, Authority, Consequences & Implications), que avalia os objetivos, planos, desafios, prazos, orçamento, autoridade, consequências e implicações da compra.

A escolha da metodologia ideal depende do perfil do cliente e do tipo de produto ou serviço que a sua empresa oferece. Vamos a alguns exemplos práticos que ajudam a ilustrar o uso de critérios de qualificação de leads em empresas B2B e B2C? 

Em empresas B2B temos o caso de uma empresa de software que oferece soluções de gestão para empresas de médio e grande porte. Nesse caso, a qualificação de leads pode envolver a análise do porte da empresa, do setor de atuação, do cargo do lead, do orçamento disponível para a compra e do tempo necessário para a implementação da solução. 

Já em empresas B2C, a qualificação de leads pode ser mais simples, envolvendo a análise do perfil do cliente, do interesse no produto ou serviço e do orçamento disponível para a compra. Por exemplo, uma loja de roupas online pode qualificar leads com base no histórico de compras, nas páginas visitadas e nos produtos adicionados ao carrinho.

2. Automação de marketing para segmentação e nutrição de leads

CRMs e ferramentas de automação possibilitam a coleta e análise de dados sobre o comportamento dos leads, como páginas visitadas, downloads de materiais e interações com e-mails, o que ajuda a identificar o nível de interesse e a qualificação de cada lead. 

Somado a isso, a automação permite a criação de fluxos de trabalho personalizados, que enviam mensagens e conteúdos relevantes para cada segmento de leads, aumentando o engajamento e a probabilidade de conversão.

Conheça um exemplo de fluxo automatizado para nutrição de MQLs em uma empresa B2B de software: quando um lead baixa um e-book sobre “Como otimizar a gestão de projetos”, ele é automaticamente classificado como MQL e inserido em um fluxo de nutrição específico.

Esse fluxo pode incluir o envio de e-mails com estudos de caso de clientes que obtiveram sucesso com a solução, convites para webinars sobre temas relacionados e ofertas de avaliação gratuita do software.

Ao longo do fluxo, o comportamento do lead é monitorado, e caso ele demonstre interesse em agendar uma demonstração, ele é automaticamente encaminhado para a equipe de vendas.

Esse tipo de prática permite que a empresa mantenha um relacionamento contínuo com os MQLs, oferecendo conteúdos e direcionando-os para a próxima etapa do funil de vendas.

3. Pontuação de leads (Lead Scoring) para otimizar a conversão

O Lead Scoring é uma técnica de marketing que atribui pontuações aos leads com base em seu perfil e comportamento, permitindo priorizar aqueles com maior probabilidade de conversão. 

Essa pontuação ajuda a equipe de vendas a focar nos leads mais qualificados, otimizando o tempo e os recursos. A configuração correta do Lead Scoring envolve a definição de critérios relevantes para o seu negócio, como cargo, setor, tamanho da empresa, interações com o site e downloads de materiais.

Para configurar o Lead Scoring, é preciso definir os critérios de pontuação e os pesos de cada critério. Por exemplo, um lead que trabalha em uma empresa de grande porte pode receber uma pontuação maior do que um lead que trabalha em uma empresa de pequeno porte. 

Da mesma forma, um lead que visitou a página de preços do site pode receber uma pontuação maior do que um lead que apenas visitou a página inicial. É importante monitorar e ajustar os critérios de pontuação regularmente, com base nos resultados e nas mudanças no comportamento dos leads. Confira um exemplo de pesos e critérios usado no Lead Scoring:

Perfil do lead

  • Cargo — Diretor (20 pontos), Gerente (15 pontos), Analista (10 pontos).
  • Setor — Tecnologia (15 pontos), Varejo (10 pontos), Serviços (5 pontos)
  • Tamanho da empresa — Grande (20 pontos), Médio (15 pontos), Pequeno (10 pontos)

Comportamento do lead

  • Visita à página de preços — 15 pontos.
  • Download de e-book — 10 pontos.
  • Participação em webinar — 20 pontos.
  • Solicitação de orçamento — 25 pontos.
  • Abertura de emails — 5 pontos.
  • Clique em links em emails — 10 pontos.

4. Personalização do conteúdo e abordagem de cada estágio do funil

A personalização é a chave para transformar leads frios em clientes engajados. Em vez de abordagens genéricas, é preciso criar conteúdos e mensagens que ressoem com as necessidades e interesses de cada lead, demonstrando que você entende seus desafios e oferece soluções relevantes. 

A personalização do conteúdo, como e-mails, posts de blog e vídeos, permite que a sua marca entregue informações úteis e direcionadas, aumentando o engajamento e a probabilidade de conversão.

Também é importante adaptar a abordagem de acordo com o estágio do funil em que o lead se encontra, oferecendo conteúdos e ofertas adequadas para cada fase da jornada de compra.

Em cada estágio do funil os leads têm diferentes necessidades e expectativas, e é preciso adaptar a abordagem para cada um deles:

  • No topo do funil, o foco deve ser em educar e informar, entregando conteúdos e atraentes para atrair a atenção dos leads.
  • No meio do funil, o objetivo é nutrir e engajar, oferecendo conteúdos mais aprofundados e personalizados para demonstrar o valor da sua solução.
  • No fundo do funil, o objetivo é converter, apresentando ofertas e demonstrações personalizadas para incentivar a compra. 

Uma abordagem personalizada baseada no comportamento do lead pode ser, por exemplo, enviar um e-mail com um estudo de caso útil para um usuário que visitou a página de preços do seu produto. Ou ainda, oferecer um desconto exclusivo para um lead que adicionou um produto ao carrinho, mas não finalizou a compra.

5. Integração entre marketing e vendas para alinhar expectativas

A integração entre marketing e vendas é essencial para garantir que os leads qualificados sejam entregues à equipe de vendas, otimizando o processo de conversão e evitando o desperdício de tempo com leads frios. 

Para isso, é preciso estabelecer uma comunicação clara e contínua entre os dois times, definindo critérios de qualificação em conjunto e alinhando as expectativas em relação ao perfil do lead ideal

Também é importante que o marketing forneça informações detalhadas sobre o comportamento e o histórico de cada lead, permitindo que a equipe de vendas personalize a abordagem e aumente a eficácia das suas interações.

Para alinhar os times e evitar o desperdício de tempo com leads frios, algumas estratégias podem ser adotadas:

  • Criação de um SLA (Service Level Agreement) entre marketing e vendas, que define os critérios de qualificação, os prazos de entrega dos leads e as responsabilidades de cada equipe. 
  • Realização de reuniões periódicas entre os dois times, para discutir os resultados das campanhas de marketing, os feedbacks da equipe de vendas e as oportunidades de melhoria. 
  • Uso das mesmas ferramentas de CRM e automação de marketing, para garantir a integração dos dados e a colaboração entre os times.

6. Uso de dados e IA para prever o comportamento e qualificar leads

Por meio da análise de grandes volumes de dados, a IA é capaz de identificar padrões de comportamento, prever o interesse dos leads e atribuir pontuações de qualificação de forma automatizada. 

Isso permite que as equipes de marketing e vendas foquem seus esforços nos leads com maior probabilidade de conversão, otimizando o tempo e os recursos. A IA também pode personalizar a comunicação e o conteúdo para cada lead, aumentando o engajamento e a eficácia das campanhas.

Um exemplo  de empresa que melhorou a conversão com análise preditiva é a Salesforce. A empresa utiliza a IA do Salesforce Einstein para analisar dados de clientes e leads, prever o comportamento de compra e identificar os leads com maior probabilidade de conversão. 

Com essa análise preditiva, a Salesforce conseguiu aumentar a taxa de conversão em 29% e reduzir o tempo de fechamento de vendas em 23%. A IA permitiu, ainda, que a empresa personalizasse a comunicação e o conteúdo para cada lead, aumentando o engajamento e a satisfação dos clientes.

Estratégias para reativação de leads frios

A reativação de leads frios pode ser uma estratégia interessante, especialmente quando há mudanças no mercado, novos produtos ou serviços, ou quando você identifica que o lead pode ter evoluído em sua jornada de compra. 

Vale a pena retomar o contato com leads antigos que demonstraram interesse inicial em sua empresa, mas que por algum motivo não avançaram no funil de vendas. Campanhas automatizadas de reengajamento podem ser úteis para reativar esses leads, enviando e-mails personalizados, oferecendo conteúdos relevantes ou convidando-os para eventos e webinars. 

Neste contexto, é interessante segmentar os leads frios com base em seu histórico de interações e interesses, para que as mensagens sejam direcionadas e personalizadas.

No entanto, é válido ter em mente que nem todos os leads frios valem a pena serem reativados. Em alguns casos, o lead pode ter perdido o interesse em sua empresa, encontrado outra solução ou simplesmente não se encaixar mais no perfil de cliente ideal.

Nesses casos, é recomendado desistir dos leads frios para focar em leads mais qualificados e em oportunidades mais promissoras. É importante ter um processo de qualificação de leads bem definido e monitorar os resultados das campanhas de reengajamento, para identificar quais leads estão respondendo positivamente e quais não estão. 

Dica relevante: sempre respeite a privacidade dos leads, oferecendo a opção de cancelar a inscrição nas campanhas de reengajamento.

Como você viu implementação de estratégias para qualificação de leads, como a utilização de critérios rigorosos, automação de marketing, lead scoring, personalização de conteúdo, integração entre marketing e vendas, e uso de dados e IA, pode otimizar o processo de vendas e aumentar a conversão de leads frios em clientes. 

Adotando essas práticas, as empresas conseguem direcionar seus esforços para os leads com maior potencial de compra, otimizando o tempo e os recursos da equipe de vendas.

Somado a isso, a reativação de leads frios pode ser uma estratégia útil, especialmente quando há mudanças no mercado ou quando se identifica que o lead evoluiu em sua jornada de compra.

No entanto, é importante ter um processo de qualificação de leads bem definido e monitorar os resultados das campanhas de reengajamento, para identificar quais leads estão respondendo positivamente e quais não estão. 

Um processo bem estruturado evita desperdício de tempo, pois estabelece um fluxo de trabalho claro e eficiente, definindo etapas, responsabilidades e prazos. Isso permite que as equipes priorizem tarefas, eliminem atividades desnecessárias e otimizem o uso de recursos, resultando em maior produtividade e menor tempo gasto em atividades que não agregam valor. 

Ainda, um processo bem definido facilita a identificação de gargalos e oportunidades de melhoria, permitindo que a empresa ajuste suas práticas e otimize continuamente seus resultados. Seguindo essas estratégias a sua empresa pode parar de perder tempo com leads frios e focar em oportunidades mais promissoras.

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