Tenho energia solar residencial: pagarei multa em caso de um novo racionamento? Entenda uma das principais vantagens

A energia solar fotovoltaica, a mais utilizada em residências, ganhou grande aderência por parte dos consumidores brasileiros nos últimos meses devido à crise hídrica e o consequente aumento de valor na fatura de energia. As vantagens para quem produz a própria energia são inúmeras, mas há uma que, ainda, é pouco falada.

Descoberto pelo físico francês Edmond Bequerel, em 1839, que materiais semicondutores quando expostos à luz conseguem gerar eletricidade, a energia solar começou a ser produzida no ano de 1954. Desde então, a tecnologia vem sendo aprimorada e seu uso massificado.

Considerado um investimento tanto pela economia na conta de energia, quanto à valorização do próprio imóvel em que for instalada – apesar de seu custo inicial ser alto -, a energia solar costuma ter vida útil de 25 a 30 anos e se paga em cerca de 5 anos, além de ser não poluente e de fácil manutenção.

Há dois modelos de geração de energia: a on grid, ocorre quando, mesmo gerando a própria energia, a pessoa ainda pagará uma taxa mínima à rede distribuidora por permanecer ligado à rede central devido à sua necessidade de garantir energia elétrica a qualquer momento; e a off grid, que não há dependência com a rede distribuidora, logo, não há pagamento de taxa mensal mínima pois a sua subsistência provém de grandes baterias que são recarregadas ao longo do dia (porém, essas baterias são caras, sendo este modelo comumente utilizado em lugares mais isolados).

O aumento da tarifa com a crise hídrica no Brasil

Há alguns meses, os brasileiros sentiram um significativo aumento em sua fatura de energia elétrica. Isso decorre da crise hídrica e dos reflexos da crise econômica provocada pela COVID-19.

Com essa elevação na fatura, houve uma corrida pela instalação da energia solar nas residências, a fim de ser evitar o impacto no aumento da energia elétrica – já bastam os aumentos em diversos outros setores, não é mesmo?

De acordo com a ANEEL, somente até o mês de agosto, houve um aumento de 39,53% em todo o país. Até dezembro, o crescimento projetado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) para o setor é de 90%, passando de 4,4 GW para 8,3 GW.

Estudos da associação mostram que, apenas com placas fotovoltaicas instaladas nos telhados das residências, seria possível ampliar toda a matriz energética brasileira (com todas as fontes) em até 94%.

Como no Brasil há forte incidência solar em, praticamente, ao longo do ano em toda sua extensão territorial, vemos uma forte tendência de as residências aderirem à energia solar, o que seria admirável, tendo em vista a grande produção de energia solar limpa e renovável massificada no país.

As vantagens da energia solar

Já sabemos que são muitas as vantagens oferecidas pela energia solar, mas, de fato, quais são elas?

Podemos listar algumas delas, como, por exemplo:

·      Fácil manutenção

·      Significativa redução na fatura de energia elétrica

·      Energia limpa e renovável

·      Valorização do imóvel em caso de venda

Apesar de o consumidor produzir a própria energia, à noite, a sua produção é interrompida e daí surge a necessidade do pagamento mínimo mensal à rede distribuidora, pois é à noite - e quando falta energia - que é necessária a sua manutenção junto à rede.

Entretanto, há uma vantagem que, ainda, é muito pouco falada – e, até mesmo, gera dúvida quanto a isso – que é no caso de um possível racionamento de energia.

No ano de 2001, quando ocorreu o famoso "apagão" por conta da grave crise energética, o governo federal instituiu o racionamento de energia, funcionando, basicamente, da seguinte forma: cada residência tinha um limite de gasto de energia, se ultrapassado, pagava-se uma multa pelo excedente.

Porém, quem tem energia solar em casa estará sujeito à multa em caso de um novo racionamento? A resposta é: não!

Como a residência fornece a sua própria energia que consome, não há limite máximo de consumo energético, desde que dentro da cota que ela mesmo produz. Entretanto, caso ultrapasse desse teto, a residência começa a consumir a energia da rede distribuidora, mas fique tranquilo: quando isso ocorre, é uma quantia muito ínfima pois todo o seu gasto foi suprido com a energia que ela mesmo produziu.

Logo, quem produz sua própria energia não será multado em caso de um novo racionamento.

E você, já tem, conhece alguém que já tenha ou pretende instalar energia solar em sua residência? Já manda esse link para essa pessoa e me conte nos comentários o que acha do aumento da tarifa de energia elétrica.

Fontes:

- https://tecnoblog.net/495700/como-funciona-a-energia-solar/

- https://gena.com.br/energia-solar-para-residencias/

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