A produção de conteúdo para a internet cresce cada vez mais e, consequentemente, aumentam também as oportunidades de trabalho nesse campo. Entre elas, a revisão web se destaca como uma ótima opção tanto para quem está começando a trilhar esse caminho quanto para quem já trabalha revisando outros tipos de texto, mas quer se voltar para o mundo digital.
Entretanto, para que a empreitada seja bem-sucedida, é fundamental ficar atento às particularidades que existem na revisão web e que a diferem da checagem de conteúdo produzido para outros veículos, como jornais e revistas impressos.
Afinal, a internet é um espaço único e, portanto, o conteúdo produzido para ela também terá suas peculiaridades. Para saber o que separa a revisão web da de outros tipos de texto, continue a leitura!
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Então, vamos lá?
1. Formatação
A redação web requer uma formatação específica, que depende não apenas do site ou blog em que o texto será publicado, mas também das estratégias de SEO (Search Engine Optimization ou Otimização para Mecanismos de Busca).
Isso inclui a divisão do conteúdo em intertítulos, o uso de hyperlinks, a inclusão de um CTA, o uso de títulos H2/H3/H4 e assim por diante. Essas são questões de formatação que aumentam as chances de que o texto posicione-se nos primeiros lugares no Google e em outros buscadores da internet.
E por que esses sites de pesquisa valorizam tanto essas características? Um dos maiores motivos é que elas aprimoram a escaneabilidade do texto, ou seja, tornam-o mais fácil e agradável para o leitor. Com isso, aumentam também as chances de ele realmente ler todo o conteúdo e tirar proveito das informações passadas ali.
Por mais que possa parecer frescura num primeiro olhar, quem nunca bateu o olho em um bloco enorme de texto e desistiu ali mesmo? A formatação pensada para web tem mesmo esse papel de não assustar, de colaborar para uma leitura mais intuitiva e menos cansativa. Vale observar que cada nicho pode ter seus pequenos ajustes, mas fugir desse básico raramente é uma boa ideia — e quase sempre a resposta para “por que meu texto não converte?” está desse lado.
Portanto, na revisão web, é fundamental que você saiba verificar se o redator cumpriu corretamente essas exigências e, caso contrário, que você seja capaz de ajustar o texto para que ele fique dentro dessas requisições.
2. Linguagem
Isso pode até mudar de cliente para cliente e de acordo com o tamanho/tipo de conteúdo, mas uma coisa é certa: na internet, o texto precisa fisgar o leitor da primeira à última palavra.
Afinal, na world wide web, a oferta de conteúdo é praticamente infinita. Ninguém vai querer perder sequer cinco minutos lendo um texto desinteressante, sendo que há outros tantos que a pessoa poderia estar consumindo no lugar dele.
Portanto, a linguagem na internet costuma ser mais próxima do leitor, um tanto informal (o nível de informalidade vai depender do perfil do cliente e da persona a que o conteúdo se destina) e mais dinâmica. A ideia é que a leitura seja fácil e que, após terminar cada intertítulo, o leitor imediatamente queira ler o próximo.
Outro ponto que parece óbvio, mas vira e mexe é esquecido na correria do dia a dia, é adequação de tom. Às vezes, um ajuste de pronome, ou até uma piada a mais ou a menos já faz o texto encaixar de verdade no contexto do cliente. Os revisores mais atentos acabam pegando esse “timing” depois de um tempo, mas não precisa se cobrar perfeição no início — com prática, vai ficando automático.
Outra especificidade dos textos para web é a preservação da voz do cliente. Mesmo que cada post do blog tenha sido escrito por um redator diferente, a empresa precisa transmitir um estilo único, coeso. É dever do redator escrever sob essa perspectiva e, consequentemente, mantê-la ou reforçá-la quando/se necessário.
3. Objetividade
Ainda pensando na linguagem própria da web, a objetividade é outro ponto fundamental para conquistar o leitor e produzir um conteúdo bem-sucedido para a internet. A infinidade de conteúdo disponível que já mencionamos, unida à correria cada vez maior do dia a dia, faz com que ninguém queira perder tempo à toa.
Então, não desperdice o tempo e a atenção do seu leitor, algo tão precioso e difícil de conquistar. Recompense a dedicação dele por meio da entrega de um conteúdo que vá direto ao ponto e que não traga nada que não seja fundamental ao texto e que realmente faça a diferença na vida dele.
Enquanto revisor, portanto, é seu papel identificar e eliminar tudo o que for prolixo, repetitivo ou irrelevante. Da mesma forma, fique atento também para garantir que o texto esteja completo e claro e, caso contrário, complemente os trechos necessários para que o leitor possa realmente entender o que está sendo dito e para que a leitura fique mais fluida.
4. Originalidade
Muito dos textos para web são produzidos com base em outros conteúdos, como blog posts, entrevistas, infográficos, pesquisas etc. Então, o que o texto que você está revisando fala que os outros não falam? Isso não se refere somente ao conteúdo em si, mas também à forma com que ele é transmitido ao leitor.
É fundamental que o conteúdo seja original e que, enquanto passa informações coletadas de outras fontes, faça-o com a linguagem e o estilo mais adequados ao cliente. Assim, enquanto faz uma revisão web, é importante também verificar as referências utilizadas pelo redator para conferir se o texto dele distancia-se o suficiente dos demais.
Isso é importante especialmente por dois motivos. Primeiramente, a originalidade conquista o leitor e ajuda a empresa a estabelecer sua reputação e sua expertise junto ao público-alvo. Além disso, os buscadores da web conseguem identificar textos plagiados ou muito similares a outros e, diante disso, o post publicado posteriormente vai sofrer quanto ao seu SEO.
5. Call to Action
O Call to Action, ou CTA, pode ser traduzido em bom português como “chamada para a ação” e é um elemento imprescindível do conteúdo web. Afinal, um dos principais objetivos do marketing de conteúdo é engajar o leitor e levá-lo pela jornada de compra — que, eventualmente, vai transformá-lo em um cliente fidelizado.
Nesse sentido, o Call to Action tem o importante dever de manter o leitor no blog ou de estreitar seu laço com a empresa. Isso pode ser feito de convites para conferir outro post, seguir as páginas da organização nas redes sociais, entrar em contato, assinar a newsletter, baixar um e-book, deixar um comentário no post, entre outras opções eficientes.
Entretanto, especialmente entre os redatores ainda não tão experientes com conteúdo web, o CTA pode acabar ficando de lado. Outra ocorrência comum é que o redator escreva um CTA diferente daquele pedido na pauta, o que é um problema por ir contra as estratégias previamente definidas da companhia.
Então, nunca deixe de conferir se o redator incluiu o CTA em sua conclusão ou logo após dela e, também, se a chamada é a que o cliente pediu. Caso contrário, escreva-o você mesmo para que o texto chegue completo nas mãos do cliente.