Por mais que se tratem de dois tipos de texto aparentemente bem diferentes, é possível encontrar várias semelhanças e particularidades presentes em ambos. Ao percebê-las, a tarefa de produzir para essas duas realidades se torna muito mais fácil!
Quer descobrir como a experiência acumulada na produção de conteúdo pode ser extremamente útil ao escrever sua tese, seja ela qual for? Então acompanhe o post de hoje!
Diferenças entre as duas produções
Antes de falar sobre as similaridades de ambos os textos, é necessário diferenciar os conceitos.
A tese é um tipo de trabalho acadêmico onde uma ideia ou posicionamento serão defendidos. Nela, devem existir algumas características fundamentais para que o produto final seja aceito e passado para frente: seja na “evolução” do tema (em um mestrado ou doutorado, por exemplo) ou em sua publicação enquanto artigo.
Por mais que seja possível escrever com liberdade, não dá para falar sobre “qualquer coisa” como acontece com a produção de conteúdo web. A relevância da pesquisa deve ser comprovada de maneira rigorosa, e é possível dizer que existem mais limites na hora de escolher o tema de uma tese. Nela, o autor necessariamente deve chegar à uma conclusão e provar alguma coisa.
Já na produção de conteúdo, o assunto pode ficar em aberto e a forma de lidar com esse apanhado final é bem diferente.
Uma característica das teses é que elas são produções extremamente sistemáticas e exigem linguagem formal e respeito à regras da ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Já as produções de conteúdo são muito mais livres, de caráter informal (o que não é ruim ou negativo de forma alguma) e conversam com um público mais abrangente do que pesquisas e produções acadêmicas. Dessa forma, é preciso tomar cuidado com terminologias difíceis e é possível ter muito mais liberdade ao usar expressões e palavras do nosso vocabulário.
A forma de lidar com as normas é completamente diferente e, por mais que existam padrões e guias de estilo — como o da Rock, por exemplo, a estrutura técnica do texto não é convencionada de maneira nacional e obrigatória.
Uma similaridade essencial: a busca por referências
Dificilmente um conteúdo para a web será escrito sem que o autor consulte alguma referência, pelo menos, uma vez durante a redação.
A qualidade de um texto é altamente afetada quando não existem pesquisas fundamentadas, mesmo se tratando de especialistas escrevendo sobre um assunto que se sentem confortáveis em produzir.
O mesmo acontece na escrita da tese!
A forma de buscar por essa bibliografia também é semelhante. Nos dois casos, é preciso buscar por conteúdos confiáveis, publicados por pessoas que dominam aquela área e conseguiram tratar sobre o tema de forma coesa e bem sustentada.
Na produção da tese, porém, a escolha das referências pode ser um pouquinho mais rigorosa. Dependendo do assunto, conteúdos online como postagens de blog não serão aceitas na bibliografia. O quadro vem mudando com a disseminação das práticas de pesquisa e produção de conteúdo online, mas a redação web ganha com folga na categoria “liberdade”.
Produção de um roteiro e preparação prévia para começar a escrever
Antes de iniciar as duas modalidades textuais, é preciso criar um escopo sobre o assunto para que, dessa forma, o conteúdo mantenha seu objetivo inicial e não fuja da ideia.
Uma prática interessante é anotar em um papel as ideias iniciais e, a partir delas, escrever os objetivos que você quer alcançar com aquele texto.
Se você já teve que escrever um roteiro, sabe que aquela página em branco pode assustar mais do que o necessário. Às vezes, a primeira frase nunca parece boa o suficiente, mas basta jogar uma ideia qualquer no papel para o processo deslanch ar. E, no fundo, o roteiro funciona como aquela rede de segurança: impede que você se perca no meio das próprias ideias, mesmo que elas mudem cem vezes até o texto final ficar pronto.
Mencionando uma experiência pessoal, já iniciei textos achando que seguiria um caminho super linear, mas, no terceiro parágrafo, a pesquisa me levou para um rumo totalmente diferente. Pode parecer bagunça, mas na verdade é um jeito surpreendentemente eficiente de amadurecer novas percepções sobre o tema. Se for parar para pensar, muitos artigos científicos icônicos só ganharam corpo mesmo depois desse tipo de “desvio” criativo.
Depois disso, busque por referências que sustentem as ideias que você quer passar e trabalhe com elas. É importante lembrar que o roteiro é um apanhado de ideias que, muito provavelmente, vão se modificar no meio do caminho. Não se preocupe em ter todo o conteúdo na cabeça antes mesmo de começar!
Objetividade na escrita
Por mais que a linguagem dos dois textos seja completamente diferente — a escrita da tese demanda uma abordagem técnica, acadêmica e mais formal — enquanto a produção de conteúdo permite uma liberdade maior, a redundância é um erro grave encontrado em ambos.
Não é porque você está trabalhando em uma tese de monografia, por exemplo, que precisará “encher linguiça” para se mostrar capaz e dominante do assunto.
Muitas pessoas acreditam que escrever tecnicamente é lotar o texto de termos difíceis de serem compreendidos e parágrafos intermináveis, mas essa ideia ficou para trás. Atualmente, produções objetivas são cada vez mais prezadas, não importa o tipo de texto ou onde ele será publicado.
A saga pela produtividade é a mesma
Em ambas as realidades é possível afirmar uma coisa: você quer ser produtivo e concluir o trabalho equilibrando prazo de entrega e qualidade.
Por isso, a busca por métodos de produtividade pessoal acontecem na mesma frequência e da mesma forma. Não existe produtividade específica que te ajude somente na escrita da tese ou de um conteúdo para a web.
É importante buscar por métodos que se encaixem com a sua personalidade e estilo de vida. Separei uma bem legal para que assim você se inspire e busque por ainda mais, caso seja necessário.
Técnica pomodoro
Esta técnica é bem famosa e conhecida por grande parte das pessoas que passam por um período onde a produtividade não está tão boa e poderia ser melhor.
Não é difícil começar: primeiro, faça uma lista do que você precisa realizar hoje. É um texto de 1000 palavras? Um capítulo da tese? Os dois? Organize-os por ordem de prioridade e comece com o mais urgente.
Depois, programe-se para que os próximos 25 minutos sejam de atenção plena na realização da tarefa. Nada de se distrair para pegar o celular ou dar uma zapeada nos canais da televisão!
Após os 25 minutos, tire 5 para relaxar. Vale o que te fizer sentir melhor! Lembrando que o mais indicado não é pegar o celular ou alguma tecnologia em todos os períodos de descanso. Separe esses momentos para se espreguiçar, fazer um pequeno exercício (andar ao redor de casa já vale) e fechar os olhos.
O importante é que, depois desse período, você esteja preparado para os próximos minutos de trabalho. Se precisar de mais do que cinco minutinhos, não tem problema, só estabeleça esse tempo no relógio para que a procrastinação não se torne presente.