Existem várias opções de carreiras para designers que querem atuar como freelancer no mercado. Mas, com certeza, a habilidade de produzir design de layout é uma das mais procuradas e com demanda aquecida.
Seja em sites, blogs ou apps, o layout é a base que vai guiar todo o desenvolvimento, apresentação e linguagem visual de uma empresa online. Quem atua nessa área são profissionais estrategistas e muito valorizados.
Como, então, aprimorar o seu trabalho com estruturas mais bem resolvidas, que atraiam o olhar ao mesmo tempo que passam informações de maneira clara, dão navegabilidade para telas interativas e satisfaz o briefing do cliente? Veja 8 dicas para fazer layouts melhores e mais consistentes. Acompanhe.
1. Comece estudando o briefing
A primeira dica que eu tenho para você não é técnica, mas faz muita diferença na percepção de qualidade do seu trabalho. Afinal, não adianta fazer o layout mais impressionante e inovador de design, se ele não atende às necessidades do seu cliente.
Todo job começa geralmente pelo briefing — seja ele um documento mesmo ou uma conversa informal entre as duas partes. É importante para o designer extrair o máximo de informações nesse momento.
São pontos como os objetivos do cliente, o que ele espera visualmente de seu site ou app, como ele visualiza essas telas, hábitos e expectativas do público-alvo e, principalmente, sua identidade visual.
Esses dados proporcionam um guia, uma linha para seguir em seu trabalho e diminui a necessidade de ajustes lá na frente. Designers que buscam carreiras em marketing digital precisam de ainda mais foco nesse primeiro momento.
2. Priorize a hierarquia da informação
Com o briefing bem estudado, é hora de ir ao trabalho. Mas, antes mesmo de começar a desenvolver o layout, outra definição precisa ser sobre hierarquia da informação.
É um planejamento de como textos, imagens e elementos de interação estarão dispostos de acordo com sua importância, com a clareza e com a intenção de navegação que você quer aplicar no usuário.
Na prática, isso exige um certo exercício de empatia. Não dá pra simplesmente encher uma tela com tudo de uma vez e esperar que o usuário vá descobrir o que importa. Você tem que se colocar no lugar de quem está navegando, imaginar o que chama atenção primeiro e, depois, ir guiando essa jornada quase como quem conta uma história – só que visual. Honestamente, tem muita tentativa e erro também; às vezes a gente acha que acertou, mas só descobre mesmo testando.
Alguns exemplos simples: em um e-commerce, a prioridade de destaque deve estar em imagens do produto e na CTA de compra; em um blog post, deve estar no título, nas marcações de tópicos e conteúdos do texto e nas CTAs adjacentes.
Cada tipo de layout exige uma relação diferente entre naturezas de informação. Resolver essa parte acelera bastante o trabalho em si.
3. Monte uma estrutura sólida porém flexível
Depois de concluir os dois primeiros passos, você tem o que precisa para começar o layout em si. A primeira parte desse trabalho está na estrutura — a organização espacial dos elementos de uma maneira ainda genérica.
É nessa hora que você vai decidir sobre alinhamentos, disposições, fluxo de navegação, entre outros elementos básicos. E é bem importante ter essa base bem definida, mas com espaço para ajustes.
Aqui vale uma dica: não se apaixone demais pela primeira solução que aparecer. O negócio é rabiscar, reorganizar, quebrar um pouco para reconstruir depois—não tem muito glamour nessa parte do processo, só trabalho mesmo. Até porque layout que parece perfeito demais logo de cara quase sempre vai pedir edição quando cair na mão do cliente ou do usuário final. Sério, se puder, mostre para alguém de fora antes de finalizar. Ver com outros olhos quase sempre salva de um baita tropeço.
Isso porque o design gráfico, ainda mais em marketing digital e mídias interativas, é cada vez mais voltado para o mobile. O que significa telas, resoluções e configurações de visualização diferentes.
O maior desafio de designers nesse sentido é criar um layout que se adapte a diferentes formatos, mas sem nunca quebrar sua estrutura básica que o torne irreconhecível ou difícil de usar. É o chamado design responsivo — e você deve prestar bastante atenção nesta etapa.
4. Abuse da teoria das cores
Todo designer sabe da importância das cores para seu trabalho. Elas podem criar identificação entre elementos, transmitir ideias e sentimentos, e guiar o olhar do usuário.
O seu ponto de partida, lógico, será a identidade visual do cliente. A partir dela, teste diferentes combinações que equilibrem a experiência. Geralmente, cores análogas ajudam a categorizar a informação, enquanto cores complementares são muito boas para destaques e incentivar a ação do usuário.
5. Domine a tipografia
Depois de formas e cores, as letras são o terceiro pilar de um bom design de layout. Outra vez, o manual da marca do cliente pode trazer algumas definições obrigatórias, mas é o seu trabalho expandir essa identidade com uma boa combinação de fontes.
O processo aqui é similar ao das cores. Tipos com características parecidas criam unidade e dão fluência a textos, o que não quer dizer que você não possa ousar um pouco para dar aquele destaque especial.
Falando em aplicativos e sites, existe ainda outro fator de análise para seu trabalho. É preciso calcular o impacto de cada escolha de fonte tanto na velocidade de carregamento e desempenho da página quanto na legibilidade da informação em telas de diferentes resoluções.
6. Pesquise sobre possibilidades interativas
Designers freelancers já perceberam que trabalhar com mídias interativas é um caminho muito interessante para a carreira, principalmente no desenvolvimento de UX em sites, aplicativos e conteúdo rico.
Se você também pretende usar esse crescimento de demanda para conseguir mais jobs, precisa ficar por dentro das novidades em interação. É o momento em que designers colocam aquele pezinho no desenvolvimento.
Claro, você não precisa saber programar, mas é interessante estudar o que é possível e o que não é em relação à construção de sites e apps, interações e dinamismo de elementos visuais.
Com essas informações em mente, você tem ainda mais liberdade para deixar a criatividade fluir, pensando em ideias inovadoras de layout que se encaixem nessas possibilidades.
7. Utilize prototipagem
Continuando na interação, a prototipagem de layouts é a melhor maneira de estudar o comportamento e polir o seu trabalho. Principalmente em softwares que permitem você criar múltiplas telas para testar a navegação e manipular o formato para ver como seu layout se comporta.
Alguns exemplos de ferramentas que fazem isso são: Adobe XD, Webflow, Sketch, Marvel e Balsamiq. Todos eles oferecem funcionalidades e ferramentas específicas de cada abordagem — de design de sites até UX e UI design. Portanto, teste várias alternativas para encontrar a que você prefere.
8. Nunca pare de estudar design de layout
Praticamente tudo que eu listei de dicas neste texto tem um mesmo princípio: são elementos que partem de uma teoria objetiva de design, mas que têm a subjetividade de tendências, mudanças de expectativa do usuário e novas possibilidades tecnológicas.
O que eu quero dizer é que o layout incrível de hoje pode ser obsoleto daqui 2 anos. É por isso que designers nunca podem parar de aprender.
Fique sempre de olho em novidades na área, portfólios interessantes, novas ideias e até na moda do momento. Veja o que faz esses exemplos serem atraentes e engajantes de maneira profissional, relacionando o resultado visual à realidade do mercado.
Afinal, essa é uma área com muita demanda para freelancers, mas que valoriza aqueles que vão além do que todo mundo faz. Um bom design de layout não pode ser apenas bonito, mas eficiente em relação ao briefing e de acordo com as tendências esperadas por quem vai utilizá-lo. Com esse cuidado e vontade de melhorar sempre, você tem tudo para se destacar.