Se a gente fosse traduzir literalmente as palavras videomaker e filmmaker, diríamos que o primeiro é o profissional que produz vídeos, enquanto o segundo produz filmes. Porém, qual a diferença entre um vídeo e um filme? Quais os limites entre as duas definições? O quê diferencia, de fato, as atuações do videomaker e do filmmaker que justifique a existência das duas palavras?
Antigamente, a diferença estava no fato de que o filmmaker fazia filmes sobretudo para o cinema, enquanto os videomakers criavam vídeos para suportes digitais. Porém, basta acessar as redes sociais para identificar que, na atualidade, os filmmakers também já voltaram seus trabalhos para o mundo digital. Muitas produções são lançadas diretamente nos streamings, sem contar a necessidade cada vez maior desse recurso para o videomarketing.
Como você pode perceber, os conceitos estão cada vez mais complexos devido ao boom de conteúdos nesse formato e da necessidade de criar produtos audiovisuais cada vez mais criativos — indo bem além da função de um simples editor de vídeo. Vamos entender melhor como tem funcionado cada carreira e como está o mercado? Acompanhe!
O que é um videomaker e como é a carreira?
O que caracteriza o profissional videomaker é o fato de que ele atua sozinho. Ele capta, edita e finaliza materiais audiovisuais sem ter uma equipe para auxiliá-lo em cada etapa do trabalho.
Como é possível imaginar, ele atua com foco na pós-produção, ainda que esteja envolvido no projeto desde a sua concepção. Normalmente, o profissional não trabalha com roteiros e, por isso, precisa estar pronto para lidar com imprevistos e para apostar em experimentações para “fechar” a ideia, e atingir o objetivo da filmagem.
Conhecimentos para ser um videomaker espetacular
Uma vez que o videomaker realiza todas as etapas do projeto, da concepção até a finalização e entrega para o cliente, ele precisa ser organizado e construir uma espécie de “pré-roteiro mental” que o auxilie a captar as imagens certas para construir a narrativa audiovisual.
Se você já tentou fazer um vídeo completo sozinho, sabe que é uma mistura de corrida maluca com improviso criativo – e muita gambiarra, confesso. Às vezes parece que falta braço, e a gente vira operador de som, iluminador, editor, tudo ao mesmo tempo agora. O lado bom é que essa rotina de mil funções costuma trazer experiências de sobra pra quem quer trabalhar por conta, desde captar aquela entrevista no susto até resolver um bug chato no áudio de madrugada. Não é um glamour hollywoodiano, claro, mas há algo genuinamente satisfatório em fechar um trabalho inteiro com seu toque do início ao fim.
Isso tudo acaba criando uma relação mais próxima com o próprio conteúdo, sabe? Você é praticamente responsável por cada segundo que aparece ali na tela. Por outro lado, óbvio, a cobrança interna cresce: se alguma coisa escapou – sei lá, um ruído de fundo, uma tomada levemente desfocada –, não tem muita gente pra dividir a culpa. E essa pressão, quando a gente não deixa descambar pro perfeccionismo exagerado, costuma virar motor de evolução. Com o tempo, o próprio processo de aprendizado vai ficando quase tão interessante quanto o resultado pronto.
Ter noções de diferentes ferramentas de arte, vídeo e áudio é primordial, como o manuseio de câmera e de equipamentos para realizar uma boa captação. O domínio de softwares, como o Photoshop e Lightroom vai auxiliá-lo no aprimoramento de imagens, o que permite um resultado mais profissional na finalização. Para inserir motion designs, você pode utilizar o Illustrator e o After Effects, e editar o arquivo por meio do Premiere Pro ou Final Cut Pro.
É claro que qualquer conhecimento em artes vai fazer diferença no resultado do seu trabalho. Então, procure estudar cinema, roteiro e direção, e desenvolva intimidade com recursos multimídias. Ver filmes e acompanhar inovações na área também são extremamente bem-vindos.
Salário e atuação
O salário de um videomaker pode variar como em qualquer setor profissional. Afinal, você pode ser contratado para um job e fazer orçamento específico para aquele projeto. Porém, o salário médio gira em torno de R$5000.
Por se tratar de um serviço com equipe enxuta, muitos projetos se beneficiam da contratação do videomaker. É o caso de canais de YouTube, mas também de empresas que já tenham percebido o impacto de vídeos nas redes sociais e no engajamento do público. Vídeos comunicam ideias e atraem por múltiplos motivos, incluindo atrações sensoriais, como visão e audição
O que é filmmaker e como atua esse profissional?
O filmmaker é um contador de histórias e, muitas vezes, pode ser chamado de cineasta. Ele costuma trabalhar com equipes de sonoplastas, roteiristas, produtores, atores e auxiliam a criar filmes a partir de roteiros e mobilizam palavras, sons e imagens para representar uma realidade e transmitir emoções.
Em sua atuação, o filmmaker seleciona as cenas e vai para o set de gravação com uma ideia a ser registrada por meio dos recursos audiovisuais. Eles têm, portanto, um treinamento na área de cinematografia, a ciência da fotografia em movimento, e a sua relação com as demais esferas que envolvem a habilidade de contar uma história.
Conhecimentos para se tornar um filmmaker incrível
O filmmaker geralmente se especializa na técnica narrativa de produzir filmes, sejam eles no formato de longas ou curtas-metragens. A formação pode ser variada, mas, normalmente, está relacionada à área de Cinema, Roteiro, Rádio TV, Publicidade e Propaganda.
Por mais que o filmmaker conte com uma equipe para realizar cada etapa do projeto, é importante que ele tenha uma noção de cada uma dessas áreas, pois vai precisar entender a orientação do roteiro, dialogar com o diretor, auxiliar o sonoplasta etc.
Entender, por exemplo, de pós-produção vai auxiliar o filmmaker a fazer escolhas no ato da produção audiovisual, pois ele já terá em mente o resultado esperado.
Salário e atuações
O filmmaker pode atuar na televisão, criando séries e novelas, na publicidade, criando comerciais e filmes institucionais, e até na criação de vídeos para a internet.
Existem muitos cineastas que são chamados para fazer vídeos institucionais e — claro — arrasam! Há, ainda, a possibilidade de trabalhar como analista audiovisual dentro de agências, emissoras de TV ou empresas.
O salário médio de um filmmaker também gira em torno de R$5000, podendo variar a partir das especificidades do projeto.
Por que apostar nessas carreiras?
Se você pretende trabalhar com vídeomarketing, saiba é um dos momentos mais promissores para o mercado de criação de vídeos. À medida que novas ferramentas de criação são lançadas, como o Instagram, o Instagram Stories e o Tik Tok, novas formas de se consumir conteúdos são criadas, o que influencia a produção audiovisual e o modo de narrar histórias.
Já temos nos confrontado com peças criadas pensando na interação do público e para veiculação nos ambientes virtuais em que ele está inserido. Alguns artistas têm investido, por exemplo, na criação de vídeoclipes na vertical, priorizando, portanto, o formato do story.
Muitas empresas também têm investido nesses profissionais para desenvolver peças voltadas para os meios digitais, de modo a enriquecer a sua comunicação. Os vídeos são uma linguagem rica e que permite adaptação a formatos diversos. Basta que você se dedique a conhecer o mercado, a estudar ferramentas, recursos e a linguagem audiovisual e testar seus conhecimentos na prática.