Caderno aberto ao lado de uma máquina de escrever

A trajetória de uma empresa diz muito sobre o valor que ela pode agregar a seus clientes. Por esse motivo, enquanto redatores, é importante produzirmos um storytelling que transmita a essência da organização de um modo positivo, capaz de envolver e despertar no público o desejo de se tornar clientes.

Vamos pensar em nós, como empreendedores. Que histórias podemos contar que mostrem às pessoas o nosso valor e compromisso e as façam memorizar a nossa marca como produtores de conteúdo? Como queremos ser reconhecidos e lembrados por elas?

Convidamos você a fazer parte desse desafio, a refletir com a gente sobre os meios, a linguagem, os detalhes e a estrutura de um bom storytelling sobre uma empresa. Vamos lá?

Como apresentar a empresa e falar por ela?

Para começar, precisamos entender que, ao falar de uma empresa devemos assumir a voz dela, ou seja, usar a primeira pessoa na nossa narrativa. Ela deve ser a protagonista, a heroína cuja jornada será narrada.

Uma boa história sempre começa com empatia, não é mesmo? Isso faz com que o leitor se conecte à nossa história. Por isso, estabeleça um vínculo emotivo com o cliente em sua mente. Pense na sua própria trajetória como freelancer e empreendedor: como e com que propósito começamos a escrever? Quais desafios enfrentamos? Como foram nossas primeiras vitórias?

A partir disso, precisamos conceituar a empresa e narrar seu nascimento com brilho e autenticidade a fim de envolver as pessoas de forma profunda. Histórias são poderosas, mas precisam ser verdadeiras e criar afinidade com o público.

Seguindo no nosso exemplo pessoal, podemos contar um caso de como percebemos que há muitas empresas oferecendo serviços de qualidade com muita demanda por esses serviços. Entretanto, como as organizações não se destacam online, as pessoas não as encontram.

Às vezes, basta um detalhe humano para transformar a percepção sobre uma marca. Me recordo de um contato que, certo dia, ao ler um simples depoimento sincero no site de uma pequena empresa, se sentiu tão próximo da história daquela equipe quanto de um velho amigo. Não é exagero: histórias genuínas, até ingênuas de tão simples, conseguem romper a barreira da desconfiança inicial. Quem nunca foi fisgado por um relato meio torto, mas cheio de vontade, que atire a primeira pedra. É nessas frestas de imperfeição que mora a empatia.

E claro, existe espaço para ousadias narrativas, não só para seguir receitas de storytelling. Um exemplo engraçado: conheci uma agência que resolveu contar a história de suas piores ideias (sim, aquelas que ninguém em sã consciência implementaria) para mostrar o quanto haviam aprendido com erros. O resultado? Clientes começaram a comentar que se sentiram menos pressionados a “acertar sempre” e mais à vontade para explorar possibilidades junto à equipe. História também serve para humanizar as expectativas, dizer que por trás da fachada tem gente que já errou feio — e nem por isso deixou de crescer.

Então, nasce o nosso propósito: movidos pela nossa paixão por conteúdo, conectar as pessoas com os melhores serviços dos quais elas precisam, por meio de estratégias de marketing de conteúdo.

Poderíamos nos limitar a citar o nosso propósito. Entretanto, um exemplo bem contextualizado, que demonstra nossa razão de ser e por que começamos a escrever, fixa na mente do público que realmente nos preocupamos.

Assim, não se trata apenas de colocar nossos clientes nas primeiras posições do Google, mas, principalmente, em conectar empresas com pessoas que realmente precisam de seus serviços. Com um exemplo real e envolvente, podemos tornar o conteúdo único e a história da empresa, inesquecível.

O que incluir no storytelling sobre uma empresa?

Para apresentar uma narrativa coerente, vamos traçar uma linha de tempo com nosso passado, presente e perspectivas para o futuro. Já contamos quem somos e por que começamos essa jornada.

Podemos incluir momentos engraçados, situações difíceis e constrangedoras, que hoje são apenas boas piadas, testemunhos de clientes. Para enriquecê-las, podemos colocar os clientes como personagens da história, tudo isso ajuda a criar rapport com as pessoas e envolvê-las com o storytelling.

 

Falando em desafios, você se lembra daquela vez em que tinha um volume alto de textos para entregar e a energia acabou? Por sorte, você tinha copiado algumas pautas para o celular e, à luz de velas, fez vários rascunhos no caderno para adiantar o trabalho.

Como o cliente tinha pressa e a energia demorou para voltar, foi terminar o trabalho naquela lan house apertada no bairro vizinho ao som daqueles games barulhentos, mas você conseguiu!

Esse é o tipo de narrativa que mostra ao público que, como empresa, somos comprometidos e fazemos tudo ao nosso alcance para entregar os melhores resultados em tempo oportuno.

As pessoas podem não relembrar um trecho escrito que foi dito, mas vão rememorar esse caso. Portanto, procure conhecer as histórias da empresa e as trazer para sua narrativa, confie nos seus instintos criativos e ouse ir além do proposto pelo cliente, buscando mostrar todos os desafios e valores que ela agrega ao mercado.

Lembra aquela vez que pegamos o primeiro post de 3.000 palavras, num prazo de apenas 3 dias? Hoje é moleza para a gente, mas o primeiro foi mesmo um grande desafio! Ou, então, como nos sentimos felizes e recompensados como vimos que nosso artigo tinha levado o cliente para um bom ranking no busca do Google? Foi uma grande vitória, para eles e para nós também.

Outra dica e fazer uso das figuras de linguagem. Uma metáfora, por exemplo, tem o poder de fazer com que as pessoas assimilem com mais facilidade um conceito ou situação, contextualizando as emoções vividas pelos personagens.

Como estruturar o storytelling?

Agora que já temos dados e fatos reunidos, vamos criar a história. Para isso, certifique-se de ter tomado nota de tudo o que é importante para os stakeholders e de tudo que a empresa ainda pretende alcançar, incluindo sua missão social e planos de expansão. 

Vamos contar para o público o porquê da empresa existir e o que ela está fazendo para a construção de um mundo melhor. A essa altura temos muito conteúdo e é aí que entra nosso talento. Vamos criar um texto envolvente, mas sucinto, que diga às pessoas de onde a empresa veio, o que ela faz de melhor e onde ela pretende chegar.

Precisamos nos esforçar em manter a narrativa bem conectada ao longo do conteúdo, com início meio e fim bem definidos, e ligá-la ao CTA da maneira mais natural possível.

Revendo os passos para estruturar o storytelling em um esquema rápido temos:

  • definição de que a empresa é nosso personagem principal e como a apresentamos para o público;
  • identificação da mensagem que queremos transmitir sobre ela;
  • busca por exemplos reais e interessantes que ilustrem sua jornada, desafios e falhas, a fim de criar identidade com o público;
  • histórias de sucesso e, se possível, um cliente como parte da história para aumentar a credibilidade e engajamento;
  • narração da história com coerência cronológica e de forma sucinta;
  • finalização com uma chamada para a ação que case bem com restante da escrita.

Para não esquecer

O storytelling vai muito além do propósito de divulgação da marca em sites, no LinkedIn e em outras redes sociais para alavancar as vendas. Aliás, é preciso escolher bem os canais de divulgação de acordo com a persona e pensar em estratégias de mídia para engajar as pessoas em cada uma delas.

Mas a história tem outra nobre e importante missão de:

  • promover a marca empregadora;
  • atrair pessoas comprometidas com o propósito da empresa;
  • fazer com que seus parceiros e colaboradores a conheçam de fato e compartilhem de seus sonhos e objetivos.

Depois de produzir um storytelling bem estruturado, documentado, alinhado com os objetivos e envolvente, ele pode ser usado como ponto de partida para cada ação de marketing ou campanha publicitária. Isso garante sempre a coerência das ações e mostrar o real valor da empresa, consolidando a marca no mercado.

Posts recentes