Mulher pensativa ao lado de um computador com gráficos e play.

Já notou que algumas atividades têm jargões específicos, que acabam deixando até mesmo quem é da área confuso? Em muitos casos, esses jargões são importados do inglês e usados nessa respectiva língua, o que pode complicar o entendimento.

Alguns dos termos mais usados na indústria de motion graphics — que por si só já é um exemplo de expressão importada do inglês — também podem causar esse tipo estranhamento, o que, para quem é designer, pode ser um risco.

As marcas estão percebendo a capacidade de esse formato contar histórias e engajar pessoas, e os conteúdos em motion graphics estão todos os dias nas redes sociais.

Sem dúvida, designers que dominam os termos mais usados em motion graphics conseguem explorar as ferramentas presentes no seu workflow, além de encontrar soluções para projetos e ter conversas mais interessantes e produtivas com outros profissionais.

Então, que tal descobrir quais são os termos mais comuns? Neste post, fizemos um breve glossário do motion graphics. Confira e tire suas dúvidas!

After Effects

After Effects é um dos principais softwares de composição e animação para motion graphics. Ele faz parte do conjunto de ferramentas Adobe Creative Cloud, desenvolvido pela Adobe Systems. O programa já passa da sua vigésima segunda edição, com uma grande quantidade de funcionalidades, das mais simples até as avançadas.

Com o After Effects, você tem muitas maneiras de criar efeitos visuais por meio da fusão de vídeos e imagens, além de adicionar movimentos a formas, logotipos, desenhos animados e outros objetos. Embora não seja gratuito, as pessoas que têm interesse no After Effects podem experimentar um período de testes gratuito do programa, que dura até 30 dias. 

Anchor Point

Anchor Point ou, em português, Ponto de Ancoragem é um recurso comum em programas para motion graphics que serve para direcionar os movimentos do usuário na composição de desenhos. Quando você usa uma canela, pincel ou lápis nesses programas, o ponto de ancoragem é o que dá mais controle sobre a direção e a curvatura de uma linha.

Ele fica em uma das extremidades da linha e permite que o usuário tenha precisão na criação de logos, desenhos animados e gráficos detalhados.

Canal Alfa

O canal alfa ou alpha channel é um elemento de um pixel que define quão opaca ou transparente será a imagem. Em programas de edição, esse é um recurso comum para combinar uma imagem com outra e criar uma aparência de transparência. Por exemplo, quando você quer combinar a figura de um objetivo com a imagem de um fundo.

No canal Alfa, há todas as informações que definem qual parte da imagem deve ser completamente transparente, qual deve ser meio transparente e qual é completamente opaca.

Carimbo de clone

Carimbo de clone ou Clone Stamp é uma funcionalidade presente em ferramentas de edição, como o Photoshop e Photoscape, que permite clonar uma parte dos pixels de uma foto ou ilustração e colocá-lo em outra parte. É um recurso útil, por exemplo, quando é necessário remover manchas ou duplicar objetivos em uma imagem.

Usar o carimbo de clone é bastante simples. Procure o carimbo nas barras de funcionalidade. Em seguida, basta clicar no elemento que será clonado e manter o botão do mouse pressionado, enquanto você arrasta para a área na qual você deseja aplicar a cópia. Quando estiver satisfeito com o local da cópia, solte o botão do mouse.

Codec

Codecs são recursos para codificar e decodificar arquivos de mídia. Você pode encontrá-los no formato de programas para instalar no sistema operacional do computador ou como programas já embutidos em equipamentos, como acontecem com reprodutores de DVD.

Os codecs compactam o formato original de um arquivo de mídia, o que favorece o seu armazenamento, e descompactam no momento da reprodução, transformando-o novamente em imagem ou áudio.

Por experiência própria ou de outros colegas, lidar com codecs pode render umas dores de cabeça. Sabe aquela situação em que você termina um vídeo perfeito, mas ele simplesmente não abre naquela máquina que você jurava estar pronta para tudo? Na verdade, esse “bug” na hora do play é quase sempre um problema de codec incompatível ou faltando. Nessas horas, o famoso pacote K-Lite Codec, por exemplo, já salvou muita gente – não é elegante, mas resolve.

Para a compactação de arquivos, você pode encontrar dois tipos de codec: sem perda e com perda. Enquanto o primeiro tipo não altera o som e a imagem do arquivo, o segundo codifica imagem e áudio com perda de qualidade, objetivando alcançar taxas máximas de conversão.

Existem codecs para diversos formatos: XVID, RMVB, DIVX, M4V e, o mais comum entre eles, MP3.

Flat design

Flat design é um estilo de motion graphics — assim como também é um estilo o 3D, whiteboard animation e retrô moderno. A sua particularidade está no fato de que as imagens adquirem uma aparência simples, limpa e chapada, o que pode dar um tom de elegância. Ou seja, nada de sombras e profundidade como no 3D.

Em uma animação que segue o estilo Flat, “menos é mais”. As cores são sólidas e a animação adquire um aspecto minimalista.

Hierarquia visual

Hierarquia visual (visual hierarchy), como o nome sugere, é a prática de organizar os elementos do design para ressaltar a ordem que eles desempenham no todo. Os elementos que seguem uma hierarquia visual, em vídeos, imagens ou qualquer outra mídia, estão distribuídos de forma lógica e estratégica com a finalidade de direcionar as percepções do interlocutor.

É a hierarquia visual que determina os elementos que receberão mais ou menos a atenção, atraindo o olhar do usuário para o foco desejado no momento apropriado.

Esse conceito, não sei se você também sente isso, pode parecer meio óbvio à primeira vista, mas na prática é um desafio. Já vi projetos cheios de informações importantes, mas nada salta aos olhos; é como se o essencial ficasse escondido em meio ao ruído visual. Por isso, aplicar a hierarquia visual não é só uma decisão de estética — é quase uma questão de sobrevivência para que a mensagem realmente chegue.

Isso envolve vários aspectos de uma peça de design, como tamanho e escala (elementos maiores indicam maior importância), tipografia (o tamanho e o tipo de fonte proporcionam diferentes destaques) e proximidade (é possível separar os elementos uns dos outros para cria uma hierarquia visual entre eles).

Modo de mesclagem

Modo de mesclagem é uma funcionalidade comum em programas como o Photoshop que serve para combinar duas ou mais camadas. Você também pode ser encontrá-lo em inglês: Blending Mode.

Para entender a utilidade do modo de mesclagem, é preciso entender que, no Photoshop, cada imagem ou nova alteração que você faz em um arquivo é uma camada. Portanto, se você quer fundir duas ou mais imagens em uma só, cada uma delas representará uma camada.

Quando essa mesclagem é bem utilizada, você pode obter efeitos interessantes, colocando em sobreposição elementos, luminosidades, camadas coloridas e texturas.

Profundidade de campo

A profundidade de campo é a distância entre o plano de fundo e o objeto que fica nítido. Uma imagem com alta profundidade de campo tem mais itens focados e nítidos, já uma foto com baixa profundidade de campo tem apenas um item focado.

Em uma fotografia, quanto mais longe do objeto a ser capturado, mais desfocado o plano de fundo tende a ficar.

Rasterizar continuamente

Rasterizar Continuamente ou Continuously Rasterize é uma funcionalidade do software After Effects que serve para fazer com que arquivos vetoriais sejam dimensionados.

Ele remove toda pixelização de uma imagem vetorial. Isso acontece quando uma imagem descrita em um formato gráfico vetorial é convertida em uma imagem raster (pixels). Com a funcionalidade, essa conversão não acontece. Quando aumentados de tamanho, os arquivos vetoriais não são “pixelizados” e não perdem qualidade.

Storyboard

O storyboard é um documento visual que serve para descrever as funcionalidades de um produto sob a perspectiva do usuário. Ele é organizado a partir de uma sequência de imagens, em que cada uma cena é descrita, e todas representam uma história maior.

Com esse recurso, o motion designer pode entender melhor como a interface e o fluxo que está sendo criado será aplicado na prática.

Esse é um documento de referência que pode ser utilizado em todas as fases de um projeto. Ao contrário de documentações longas e cansativas, o storyboard dá muito mais clareza para as funcionalidades de um produto, fazendo com que toda a equipe trabalhe alinhada.

Taxa de bits

O Bitrate ou Taxa de bits é uma medida que determina a quantidade de dados transmitida em um determinado período de tempo. Esse é um indicador medido em kb/s (quilobits por segundo) para saber quantos pacotes de 1.000 bits são transmitidos a cada segundo.

Ele é usado em todo tipo de transmissão de dados. Quanto maior a resolução de vídeo, por exemplo, menor é a taxa de bits, mais compressão é necessária e mais dados serão perdidos.

E aí, conseguiu aprender um pouco mais sobre motion graphics? Ao dominar os termos mais comuns da área, pode ter certeza que vai ficar mais fácil estudar os programas para designers e ficar dentro das tendências de consumo de vídeo. Então, bons estudos!

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