Grupo de pessoas discutindo sobre texto narrativo.

Como se conta uma boa história? Essa é provavelmente uma pergunta ampla demais para uma resposta simples. Mas uma coisa é certa: uma narrativa bem estruturada é um ótimo caminho a seguir.

Algumas das maiores histórias já contadas, principalmente nas obras de ficção, se valeram desse incrível método. E quem disse que ele não pode ser explorado também na sua produção de conteúdo para a web?

O gênero da narrativa é bem complexo. Além de ter vários elementos, segue uma estrutura específica e precisa ser bem planejado para funcionar do jeito certo.

Quer saber tudo que há para explorar sobre essa forma de contar histórias e enriquecer seu storytelling? Então vamos lá!

O que é um Texto Narrativo?

O texto narrativo é uma das formas mais eficazes de contar histórias. Ele reúne uma série de elementos que se completam para conferir lógica aos acontecimentos, além de torná-los mais interessantes para o leitor.

Dois aspectos fundamentais de qualquer narrativa são seus elementos e sua estrutura. Vamos ver cada um deles em detalhes.

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Quais são os elementos de uma narrativa?

Sem os elementos a seguir, é impossível criar uma narrativa coerente e cativante, que prende a atenção do público do início ao fim. Confira!

Enredo

O enredo é toda a sequência de eventos que acontecem do início ao fim da história. Se o enredo (ou trama) não for bom, mesmo os melhores personagens não poderão salvar sua narrativa.

Vamos falar um pouco mais sobre o enredo na hora de examinar a estrutura de um texto narrativo.

Tempo

O tempo trata de quando os eventos se desenrolam na linha do tempo da história. Pode ser no passado, no presente, no futuro ou até uma mistura dos três. 

Mas é preciso deixar claro o tempo em que a trama se passa. Não é necessário determinar um dia, mês ou ano específicos, mas é vital não confundir o leitor sobre a ordem dos acontecimentos.

Espaço

Onde a história se passa? Em Star Wars, é numa galáxia muito distante, mas no seu artigo pode ser no quintal de um vizinho, em uma base secreta do governo ou até no escritório da sua empresa, por exemplo.

O fato é: toda história precisa de uma ambientação, um local. Esse lugar é o seu espaço.

Narrador

É quem conta a história. Existem três tipos de narrador, que são:

  • narrador personagem: além de contar a história, o narrador está presente nela como um dos personagens da trama. Nesse caso, a história é contada em primeira pessoa, e tudo é relatado do ponto de vista de quem narra;
  • narrador observador: ele não é parte da história, apenas conta os fatos, sem julgamentos ou ponto de vista. A história é contada na terceira pessoa, de forma relativamente distante das emoções de cada personagem;
  • narrador onisciente: apesar de não ser um personagem e de a história também ser contada em terceira pessoa, o narrador onisciente sabe tudo o que acontece, inclusive as motivações dos personagens.

Personagens

São os atores na história, com quem se desenrolam todos os acontecimentos. Dependendo da história, os personagens podem ser pessoas, animais, seres fantásticos e até objetos inanimados.

O que determina isso é o tipo de história e a criatividade de quem a conta. 

É importante, porém, que os personagens se encaixem bem entre si, que tenham coerência em suas ações e sejam capazes de cumprir o objetivo da narrativa enquanto prendem a atenção do público até o fim.

Qual é a estrutura de um texto narrativo?

Mesmo com todos os elementos certos e bem definidos, ainda não há garantia de que a narrativa será bem contada. 

Tudo depende de como esses elementos serão introduzidos na estrutura da história, que deve seguir a seguinte ordem:

Introdução

Na introdução é que o leitor terá seu primeiro contato com os elementos principais da história, ou seja: tempo, espaço, personagens e narrador.

A introdução pode apresentar um cenário pacífico, que logo será desfeito, ou iniciar já com o problema em foco, explicando o contexto do conflito, para causar impacto desde o princípio.

Desenvolvimento

Depois de apresentar o conflito, é preciso desenvolvê-lo de forma cativante e convincente. Isso é feito conforme o escritor se aprofunda nos personagens e em suas motivações, além de usar tempo e espaço para despertar emoções no leitor.

Quanto mais complexo o enredo, mais rico precisa ser o mundo criado pelo escritor, e maior será o desenvolvimento para abranger tudo isso de forma apropriada.

Olha, às vezes esse tal “desenvolver o conflito” é um exercício de paciência. O autor fica ali girando em torno de pequenas decisões, minúcias que parecem irrelevantes pro leitor mais apressado, mas que, se você reparar bem, é onde mora aquele tempero da história, aquela preparação para os embates (ou dilemas) que vão pegar todo mundo de surpresa. Nem sempre é linear, e muitas vezes exige que a narrativa dê umas voltas, vá pra lá e pra cá, até que as peças se encaixem e tudo faça sentido, quase com um estalinho no final do capítulo.

Se quiser testar isso na prática, tente ler duas histórias com personagens diferentes enfrentando aparentemente o mesmo obstáculo. Só que cada autor vai explorar aquilo de um jeito – pode ser com diálogos afiados, ou trocando o ponto de vista no meio do caminho, ou até mesmo subvertendo o tempo, indo e voltando entre passado e presente. Não tem receita engessada, e talvez aí esteja a maior graça: surpreender criando ritmo próprio, sem amarras ou medo de parecer estranho demais. Não são poucos os casos de livros que só fizeram sentido na segunda leitura, quando os detalhes finalmente pularam pra fora da página.

Clímax

A ideia é que o desenvolvimento se aprofunde mais e mais, deixando o leitor cada vez mais sedento para o grande acontecimento da história, que é chamado de clímax.

Esse é o momento em que se revela a identidade do assassino, seguido da luta final para prendê-lo. Ou o momento da grande batalha entre os exércitos pelo controle do reino.

É o momento de os protagonistas brilharem para vencer seus maiores medos sem se importar com as possíveis consequências.

Conclusão

A conclusão mostra as consequências e o desfecho do clímax. O final pode ser bom, com o assassino preso e o reino seguro, ou negativo, dependendo das decisões do escritor ao contar o ápice da história.

Também é possível deixar o fim em aberto, para despertar a imaginação dos leitores ou abrir espaço para uma continuação em outra narrativa.

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Como produzir uma boa narrativa?

Aqui vão algumas dicas para te ajudar a produzir uma boa narrativa:

  • planeje o enredo antes de começar a escrever: definir previamente quais serão os pontos altos e baixos do protagonista, bem como o fim da história, ajudará no desenvolvimento;
  • crie personagens profundos: criar pequenas biografias e até atribuir motivações aos personagens os torna mais interessantes para o público;
  • edite incansavelmente: mesmo a mais completa das obras narrativas precisa de edição. Então, revisite o que escreveu e ajuste o que for necessário;
  • aprenda com cases de sucesso: filmes e séries, como This Is Us, têm muito a ensinar sobre storytelling. Estude e aprenda com elas.

Agora que já sabe todos os elementos de uma narrativa e qual a estrutura que deve seguir, que tal começar a experimentar com sua própria história? 

Isso pode ser feito naquele romance que você sempre quis escrever ou no seu próximo artigo de blog. O importante é sair da teoria para a prática e deixar as palavras ganharem vida.

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