Geoesquema Asiático: como o continente se divide?

Para nós, brasileiros, pode parecer evidente a separação das Américas entre Sul, Central e Norte. Mas e a Ásia? Como está dividida?

Segundo o geoesquema definido pela ONU, o continente asiático pode ser dividido em cinco regiões:

Ásia Central: Azerbaijão, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.  

Ásia Oriental (Leste Asiático): China, Coreias do Norte e do Sul, Hong Kong, Japão, Macau, Mongólia e Taiwan.

Ásia Meridional: Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Irã, Maldivas, Nepal, Paquistão e Sri Lanka.  

Sudeste Asiático: Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Singapura, Tailândia, Timor-Leste e Vietnã.  

Ásia Ocidental (Oeste Asiático): Arábia Saudita, Armênia, Azerbaijão, Bahrein, Chipre, Emirados Árabes Unidos, Geórgia, Iêmen, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Territórios Palestinos, Qatar, Síria e Turquia.

É possível reparar que a Federação Russa não está na lista e isso ocorre por que, na concepção da ONU, o país pertence à Europa Oriental... mas ainda podemos considerar o país como parte da Eurásia. Os continentes Europeu e Asiático são divididos pelos montes Urais na região.

Ainda que haja mais países transcontinentais, um caso interessante é o da Turquia (Ásia Ocidental em nossa lista) cuja linha que divide Europa e Ásia passa por Istambul, no estreito de Bósforo.

Há mais alguns países transcontinentais com pequena porções na Europa (como o Azerbaijão, Cazaquistão e Geórgia), com pequena porção na Ásia (como o caso do Egito, cuja maior parte fica na África, dividido pelo Istmo de Suez) ou geograficamente na Ásia mas cultural e historicamente mais similar à Europa (como a Armênia e o Chipre).

Em termos culturais há ainda uma divisão pouco conhecida: a Ásia Latina. Composta por três países - Filipinas, Timor-Leste e Macau - colonizados por Espanha e Portugal sendo esses dois últimos tendo o português como idiomas oficiais. No entanto em Macau, por exemplo, o idioma mais falado acaba sendo o Mandarim, na prática, mesmo que a arquitetura lembre as de algumas cidades brasileiras e portuguesas e que os nomes de algumas ruas e bairros sejam familiares a lusófonos.

  Apesar do texto se relacionar mais a divisões geográfico-culturais, há de se reparar que mesmo em lugares onde não se espera encontrar semelhanças com nosso país as comparações acabam acontecendo. Os traços culturais remanescentes são um reflexo do contexto histórico no qual as nações estiveram envolvidas, logo, as conexões acabam sendo inevitáveis mesmo que por poucos aspectos.

* créditos das fotos dos globos à wikimedia commons.  

O trabalho Blog Oficial do Instituto Brasilipino para integração das culturas Brasileira e Asiática de Giovani Fernandes está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.Baseado no trabalho disponível em https://brasilipino.blogspot.com/.