Coluna sobre o GP da Arábia Saudita de 2023
Em 1992, Ayrton Senna cunhou o título de "Carro de outro planeta" para as Williams. Provavelmente se fosse vivo, diria o mesmo para a RedBull de hoje. A superioridade é tão evidente que o único momento de emoção na corrida de ontem foi com supostos problemas. | ||
O GP da Arábia Saudita não foi tão polêmico como o de 2021, nem carregado de mudanças como em 2022. Mas teve seus momentos de brilhantismo: | ||
1) A escalada de Verstappen rumo a segunda posição; | ||
2) A excepcional largada de Alonso, assumindo a liderança provisória. | ||
Com a competência que sempre teve em circuitos de rua, não demorou cinco voltas para que Sergio Perez assumisse a ponta. O "Checo" soube administrar brilhantemente sua posição durante a corrida toda. | ||
Enquanto isso, Max Verstappen repetia Bélgica-2022 e brincava de ultrapassar todo mundo, deixando para trás pilotos importantes como LeClerc, Hamilton e Russell. Ao chegar em Alonso, nem precisou disputar a posição, pois o espanhol (punido por largar fora do colchete) abriu passagem. | ||
Sem ordem de equipe, Perez chegou na frente e só não assumiu a liderança do campeonato porque seu companheiro cruzou a faixa final marcando a volta mais rápida. A escuderia já prova que dificilmente perderá os títulos desse ano. | ||
A única confusão se deu após a premiação: completando 100 pódios, Fernando Alonso viu seu terceiro lugar desaparecer depois de não cumprir sua punição. Tudo foi recuperado com um recurso da Aston Martin que mostrou uma interpretação diferente do regulamento. | ||
Há 31 anos, quando a Williams dominou, bastaram nove corridas de 16 para o campeonato ser decidido. Esperamos agora, em quantas provas o título da RedBull virá. | ||
Bruno Elias |