Quando se pensa que não há mais nada para escrever, quando se imagina que as ideias acabaram, quando nota-se que as bombas podiam acabar, vem uma granada atirada do alto e explode na cabeça. Dessa vez, foi a morte do fundador da RedBull, Dietrich Mateschitz, na véspera do GP dos Estados Unidos, que levou as lágrimas o chefe de equipe Christian Horner e o vencedor Max Verstappen. A vitória e o título garantido dos construtores foram dedicados ao austríaco, que, transformou a equipe de F1 em um excelente marketing para a bebida. Durante a corrida, que teve alternância de momentos bons (como o "undercut" de LeClerc em Perez), ruins (a RedBull enrolando no pit-stop de seus pilotos), ótimos (a bela disputa de liderança entre Verstappen e Hamilton) e tensos (o acidente de Alonso e Vettel), o GP dos Estados Unidos mostrou porque não deve sair do calendário tão cedo. No final, Verstappen evitou o carimbo na sua faixa de bi-campeão com mais uma vitória. E com Pérez em quarto, a equipe garantiu o título de construtores, acabando com a hegemonia da Mercedes após oito anos seguidos. No pódio, a festa foi substituída pela emoção. Durante o hino austríaco, tanto Verstappen, quanto Horner derramaram suas lágrimas, demonstrando sua humanidade. Agora com os dois campeonatos encerrados, a disputa fica para o vice-campeonato entre Perez e LeClerc. E a próxima etapa, no México. Veremos o que nos aguarda. Bruno Elias