Quando Não É Um, É Outro
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Quando Não É Um, É Outro

Coluna Sobre o GP de Cingapura 2022

Bruno Elias
2 min
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O título da coluna de hoje não é o mais original dos que já escrevi. Na verdade, ele foi usado pela Rádio Jovem Pan nos anos 70 para divulgar sua dupla de narradores: Joseval Peixoto e Osmar Santos. 
Diria eu, que vale também para a situação ocorrida no GP de Cingapura deste fim de semana e o domínio da RedBull, não com o futuro bi-campeão Max Verstappen, mas com seu escudeiro "Checo" Pérez. 
De maneira inteligente, e após esperar uma hora e quinze para a largada, o mexicano pulou na frente e passou a controlar a Ferrari de Charles LeClerc. 
Na parte de trás, Verstappen parecia ter uma grande urgência de decidir o título. Mesmo largando mal, rapidamente subiu para a sexta colocação. Porém, com a pista molhada, e um traçado complicado, era muito difícil arriscar alguma ultrapassagem. 
Demorou um belo tempo e dois acidentes para que houvessem as primeiras paradas. Todos saíram dos intermediários para colocar pneus médios. E se na frente, Pérez segurava bem, não só a Ferrari de LeClerc, mas também a de Sainz, o mesmo não podia ser dito na parte de trás. 
Após perder uma briga com Norris e trocar os pneus, Verstappen voltou ainda mais atrás do que estava na largada. A solução? Escalar novamente o pelotão pra tentar salvar o maior número de pontos possíveis. Foi possível até ultrapassar o rival de 2021, Lewis Hamilton, e terminar na sétima posição. 
Voltando à frente, Pérez passou a ter problemas com os pneus e ainda tinha uma ameaça de punição, então, seguindo a ordem do chefe de equipe, sentou a bota e rumou para a vitória com mais de 7 segundos de vantagem. 
Enquanto rolava o pódio, era impossível não pensar que a RedBull já ganhou tudo. A superioridade demonstrada é igual a da McLaren nos anos de Senna e Prost ou da Ferrari na era Schumacher. Há de se admirar tamanho domínio. 
Bruno Elias