Verstappen - Veloz e Cirúrgico
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Verstappen - Veloz e Cirúrgico

Coluna sobre o amadurecimento de Max Verstappen na F1

Bruno Elias
2 min
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Verstappen segura Sainz
Verstappen segura Sainz

Todo fã de automobilismo tem por obrigação gostar do esporte. Seja curtindo uma equipe histórica como é a Ferrari, seja se encantando pela pilotagem de um gênio, como era Senna, ou estudando os números incríveis de uma referência como Hamilton.

Vários seriam os motivos, mas o que mais me prende atualmente é a velocidade de um jovem holandês que ganhou seu primeiro título após uma luta sangrenta contra o detentor de todos os recordes.

Max Verstappen, filho de um ex-piloto frustrado que projetou seus sonhos nele, é o nome maior de uma geração que não tem tantos nomes grandes, como em outras épocas (Hamilton é da geração 2010, Max, da geração 2020).

Ao chegar na F1 de maneira precoce, em 2015, mostrou sua velocidade fazendo os mais velhos lembrarem-se de outra lenda, que se foi jovem: Gilles Villeneuve.

Do mesmo jeito que a entrada foi meteórica, sua primeira vitória também foi: no segundo ano de F1, ao entrar na RedBull, no GP da Espanha, aproveitando de um raro abandono das Mercedes.

Passei a admirá-lo quando, em Interlagos, deu um show na chuva, evitando uma batida após rodar e chegando ao pódio ultrapassando oito carros.

Aí, não tive dúvidas: aquele garoto seria campeão.Até o título, foram seis anos de espera, mas isso deixemos para outra coluna. Neste atual ano de defesa, houveram altos e baixos, mas na corrida de ontem, mais um amadurecimento se viu.

Nas 20 voltas finais de uma corrida sem grandes emoções, Sainz tinha pneus mais novos, porém Verstappen soube se defender de uma forma fantástica. Mesmo com compostos mais usados, a força do motor Honda deu a garantia de mais uma vitória.

Sem querer cravar aqui, pois tudo pode acontecer, imagino que Max e a RedBull estejam muito perto do título. Se continuar como está, basta completar as corridas e administrar resultados. A celebração holandesa pode estar mais perto do que se pensa.

Bruno Elias