Coluna sobre o amadurecimento de Max Verstappen na F1
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Todo fã de automobilismo tem por obrigação gostar do esporte. Seja curtindo uma equipe histórica como é a Ferrari, seja se encantando pela pilotagem de um gênio, como era Senna, ou estudando os números incríveis de uma referência como Hamilton. | ||
Vários seriam os motivos, mas o que mais me prende atualmente é a velocidade de um jovem holandês que ganhou seu primeiro título após uma luta sangrenta contra o detentor de todos os recordes. | ||
Max Verstappen, filho de um ex-piloto frustrado que projetou seus sonhos nele, é o nome maior de uma geração que não tem tantos nomes grandes, como em outras épocas (Hamilton é da geração 2010, Max, da geração 2020). | ||
Ao chegar na F1 de maneira precoce, em 2015, mostrou sua velocidade fazendo os mais velhos lembrarem-se de outra lenda, que se foi jovem: Gilles Villeneuve. | ||
Do mesmo jeito que a entrada foi meteórica, sua primeira vitória também foi: no segundo ano de F1, ao entrar na RedBull, no GP da Espanha, aproveitando de um raro abandono das Mercedes. | ||
Passei a admirá-lo quando, em Interlagos, deu um show na chuva, evitando uma batida após rodar e chegando ao pódio ultrapassando oito carros. | ||
Aí, não tive dúvidas: aquele garoto seria campeão.Até o título, foram seis anos de espera, mas isso deixemos para outra coluna. Neste atual ano de defesa, houveram altos e baixos, mas na corrida de ontem, mais um amadurecimento se viu. | ||
Nas 20 voltas finais de uma corrida sem grandes emoções, Sainz tinha pneus mais novos, porém Verstappen soube se defender de uma forma fantástica. Mesmo com compostos mais usados, a força do motor Honda deu a garantia de mais uma vitória. | ||
Sem querer cravar aqui, pois tudo pode acontecer, imagino que Max e a RedBull estejam muito perto do título. Se continuar como está, basta completar as corridas e administrar resultados. A celebração holandesa pode estar mais perto do que se pensa. | ||
Bruno Elias |