A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou ontem uma nota criticando o uso da religião para fins políticos-eleitorais.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou ontem uma nota criticando o uso da religião para fins políticos-eleitorais. | ||
A nota diz o seguinte: | ||
"Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.” | ||
Eu também lamento. O grande problema é que a CNBB, que não é uma congregação oficial da cúria romana e não fala em nome da Igreja Católica nem em nome dos católicos, nunca lamentou o uso político da religião pelo PT, pelo contrário. A própria CNBB virou um braço dos petistas. | ||
Para entender essa história é preciso voltar a 1954, quando, dois anos depois de ser criada, a CNBB foi dominada por alas “progressistas, que passaram a usá-la para fazer justiça social em vez de trabalho religioso. No início da década de 1960, a atuação político-ideológica foi intensificada e a ala mais radical deu origem à Teologia da Libertação. | ||
Já em 1980, os socialistas infiltrados na Igreja Católica e vinculados à Teologia da Libertação e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) participaram da fundação do PT. De forma organizada, eficaz e desde dentro, eles ampliaram o trabalho de doutrinação socialista, dominaram, inclusive, os seminários que formam os padres, e conquistaram enorme influência na hierarquia da Igreja. Além do PT, membros das CEBs tinham vínculos direitos ou indiretos com Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Central de Movimentos Populares. | ||
Assim como diz a nota, também lamento o uso político da fé e da religião, seja lá qual for o político, partido, instituição. Por isso mesmo, sou contra o uso político da fé e da religião também pelo PT ao usar a CNBB e pela CNBB ao apoiar a agenda socialista de partidos como o PT e de políticos como Lula, apoio esse que, na nota divulgada, vem disfarçado de crítica unilateral ao Bolsonaro. |