Bolsonaro e Lula: Quem poderá vencer no segundo turno?
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Bolsonaro e Lula: Quem poderá vencer no segundo turno?

Na quarta passada, escrevi que os trackings eleitorais a que tenho acesso e algumas pesquisas indicavam subida de Bolsonaro e estagnação de Lula. Também avaliei que, naquele momento, havia empate técnico com pequena vantagem para Bolsonar...

Bruno Garschagen
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Na quarta passada, escrevi que os trackings eleitorais a que tenho acesso e algumas pesquisas indicavam subida de Bolsonaro e estagnação de Lula. Também avaliei que, naquele momento, havia empate técnico com pequena vantagem para Bolsonaro.

Estando há uma semana do segundo turno, baseada não só na avaliação dos trackings e nas pesquisas, mas nas informações que eu coleto em todas as regiões do país, na postura de cada candidato e nas respectivas campanhas e na minha percepção da realidade, a minha análise é que, neste momento:

1- Bolsonaro lidera a intenção de votos com uma pequena margem e tem, hoje, maior chance de vencer a eleição no segundo turno;

2- Bolsonaro vem crescendo desde o fim da primeira semana após o primeiro turno enquanto Lula continua estagnado (analisarei em outro post);

3- A liderança Bolsonaro está prestes a sair do empate técnico com Lula para ser aumentada e consolidada;

A virada de Bolsonaro pode ser explicada por certos fatores principais, tais como:

a) crescimento na parcela mais pobre do eleitorado constituída por evangélicos e por beneficiários do Auxílio Brasil que estão, agora, relacionando a sua melhoria de vida com a ajuda estatal do governo Bolsonaro;

b) conquista de votos de parcela significativa que não votou no primeiro turno (abstenção) porque: estava fora do domicílio eleitoral; rejeitava os dois candidatos e não quer que Lula se eleja; se assustou com as decisões do STF e do TSE e vê em Bolsonaro a opção mais adequada para contrabalançar o poder;

c) atração de parte dos eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet que quer impedir a vitória de Lula;

d) conquista de parte de quem votou nulo e branco e não quer a volta do PT.

Se esse cenário se confirmar, Bolsonaro terá virado a votação em MG, aumentado os votos no RJ, SP e RS e reduzido a distância entre ele e Lula no nordeste.

Esse é o retrato de hoje e sua confirmação depende do cenário se manter mais ou menos estável. Por isso, atualizarei a análise no dia da eleição.

Aproveito para explicar que não faço “previsão”, mas análise, sem torcida, sem paixão política e tratando o assunto com seriedade. Foi assim que acertei o resultado no primeiro turno.