Bolsonaro, Lula e a disputa por católicos e evangélicos
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Bolsonaro, Lula e a disputa por católicos e evangélicos

Diferentes pesquisas mostram a liderança de Bolsonaro entre evangélicos e a de Lula entre os católicos. Por essa razão, e acho que tardiamente, a campanha de Bolsonaro se deu conta de que deveria conquistar votos dos católicos e a campanh...

Bruno Garschagen
2 min
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Diferentes pesquisas mostram a liderança de Bolsonaro entre evangélicos e a de Lula entre os católicos. Por essa razão, e acho que tardiamente, a campanha de Bolsonaro se deu conta de que deveria conquistar votos dos católicos e a campanha de Lula entrou na disputa pelos votos dos evangélicos.

A campanha do PT discute, inclusive, se divulga ou não uma carta dirigida aos evangélicos para tentar convencê-los de que Lula na presidência não representará um perigo para questões religiosas e morais, como aborto e drogas, por exemplo.

Para mostrar-se como única opção para os católicos, Bolsonaro participou do Círio de Nazaré, em Belém, também para conquistar votos num estado que deu vitória a Lula e cujo governador reeleito, Helder Barbalho, apoia o petista. E, no dia 12, Bolsonaro participará do Dia da Padroeira em Aparecida (SP) e aceitou convite do Centro Dom Bosco para rezar o Santo Rosário.

O grande problema para Bolsonaro no universo dos católicos são aqueles que não são católicos de fato e que, portanto, não se orientam pelo catolicismo para fazer escolhas, incluindo o voto. E há muitos que nem sabem que não é possível ser católico e apoiar/votar em políticos socialistas porque também foram ludibriados por socialistas que se infiltraram na Igreja para pervertê-la e usá-la como instrumento da ideologia.

O maior desafio para ambos os candidatos, porém, será não apenas manter os votos do primeiro turno, mas conquistar novos votos, principalmente dos quase 21% de votantes que se abstiveram de votar.

Para Bolsonaro, a única forma de vencer a eleição é ampliar a vantagem onde conquistou mais votos e reduzir a distância onde perdeu para Lula, como na região nordeste, e até mesmo tentar virar o resultado num estado como, por exemplo, Minas Gerais, com a ajuda do governador reeleito, Romeu Zema.

Passada uma semana do fim do primeiro turno, creio que, neste momento, a eleição está aberta para ambos os candidatos, o que significa dizer que Bolsonaro tem chances de vencer.