Com os apoios fechados em MG, SP e RJ, foi um ótimo dia para a campanha de Bolsonaro. São três colégios eleitorais importantíssimos onde Bolsonaro pode ampliar a votação em São Paulo e no Rio e reduzir a diferença ou até mesmo vencer em Minas. Para isso, o governador reeleito, Zema, terá papel fundamental. | ||
No caso de SP, o apoio do atual governador Rodrigo Garcia é valioso tanto para Tarcisio de Freitas, candidato ao governo, quanto para Bolsonaro, que pode ampliar os votos no interior do estado e conquistar mais votos na capital, onde perdeu para Lula. Ter um governador do PSDB como aliado transmite a mesma ideia que Lula quis transmitir ao fazer de Alckmin o seu vice: a de que é possível se aliar ao adversário para vencer o inimigo comum. | ||
O apoio do governador reeleito do RJ, Cláudio Castro, já existia, mas, tendo vencido a eleição no primeiro turno, terá mais tempo para dedicar-se à campanha de Bolsonaro nos municípios fluminenses. | ||
Também reeleito governador no primeiro turno, Ratinho Jr. terá tempo para ajudar Bolsonaro no Paraná, onde o presidente conquistou 55,26% dos votos contra os 35,99% de Lula. | ||
Ainda no Paraná, o apoio público de Sergio Moro a Bolsonaro é coerente com a sua posição contrária ao PT, consolida a posição do presidente no Paraná, mas eu realmente não sei se renderá novos votos para Bolsonaro. | ||
O dia da campanha de Lula foi muito mais modesto. Os apoios formais do Cidadania e do PDT já eram esperados, e Ciro Gomes, em vídeo gravado, mesmo tendo dito que acompanhava a posição do seu partido de apoiar Lula, criticou ele e Bolsonaro como sendo “duas opções insatisfatórias”. | ||
Para Ciro, acompanhar a decisão do seu partido tem um custo pessoal: ao apoiar Lula, estará apoiando aquele que ele acusou de ser ladrão e “o maior corruptor da história brasileira”. | ||
Para Lula, o apoio de Ciro pode ter efeito contrário ao pretendido e fazê-lo perder, em vez de ganhar, os votos dados a Ciro no primeiro turno. | ||
Hoje, a campanha de Bolsonaro saiu na frente da de Lula. |