Antes de me interessar por política, eu era, culturalmente, o que se pode chamar de classicista. | ||
Todo o meu interesse por literatura, teatro, música, pintura etc., o respeito pela tradição cultural virtuosa que nos foi legada, foi a base para, posteriormente, eu me descobrir pessoal e politicamente conservador. Dois amigos foram fundamentais nessa descoberta: o escritor @alexandresoaressilva e o professor/escritor João Pereira Coutinho. | ||
Foi graças a essa base cultural clássica que eu pude descobrir a cultura brasileira em suas diversas manifestações (literatura, pintura, música, arquitetura, arte popular e sertaneja, culinária, etc.) e, depois, a nossa história. A minha base conservadora, foi, portanto, cultural, não política. | ||
Por isso, não consigo imaginar um conservadorismo brasileiro sem uma cultura histórica, literária, artística, arquitetônica que o fundamente. Não estou dizendo aqui que todos os conservadores precisam necessariamente ter esse amplo arco de interesses, mas considero esse conhecimento e formação imprescindíveis para quem estuda, reflete e escreve sobre o nosso conservadorismo. | ||
Um dos documentários que fez parte dessa minha formação cultural clássica foi Civilisation, apresentado pelo grande Kenneth Clark, o senhor simpático da foto. O documentário, que me foi apresentado pelo amigo @razev e descreve a civilização por meio das artes e da arquitetura, está disponível no Youtube com legendas em português e é uma das melhores coisas que já se produziu para a TV. Assistam, aprendam e depois venham me contar o que acharam. | ||
Por último, uma observação importante: o conservadorismo na política só existe como corolário da história, arte e cultura de uma comunidade, de um país. Sem esses alicerces, não existe conservadorismo. |