Luís Inácio Lula da Silva venceu a eleição presidencial de 2022 com uma pequena margem de votos. Será presidente do país a partir de janeiro de 2023 sem a força política que lhe garantiria uma maioria expressiva de votos sobre Jair Bolsonaro. | ||
Lula assumirá o governo sabendo que quase metade dos votantes não o queria no cargo. Mais importante: uma parcela significativa da sociedade brasileira mudou e seu governo será vigiado e pressionado como ele nunca foi em seus dois governos. | ||
Lula também assumirá sabendo que parte do Congresso fará contra ele uma oposição que ele jamais enfrentou e com adversários políticos governando estados importantes, como São Paulo e Minas Gerais. | ||
Na minha análise de ontem, acertei que a diferença entre Bolsonaro e Lula seria pequena, dentro da margem de erro. E embora eu tivesse deixado claro que a eleição estava aberta, que qualquer um dos dois poderia vencer, errei ao considerar a possibilidade de vitória de Bolsonaro com base na capacidade de maior mobilização de seus votantes, o que não foi suficiente. Fica mais um aprendizado para o meu trabalho. | ||
Ao longo dessa semana, inclusive, farei uma série de posts explicando vários aspectos políticos do resultado, incluindo as razões da derrota de Bolsonaro, o que será do bolsonarismo, o que poderá vir pela frente por parte do governo Lula e o que será preciso fazer a partir de uma perspectiva conservadora. Para os conservadores, o trabalho será longo e árduo com a nova caterva que estará na chefia do poder executivo federal. | ||
Por último, digo a vocês o seguinte: aproveitem este momento para refletir se vocês se transformaram em pessoas melhores ou piores por causa de política ou de político, e sobre o que vocês devem fazer para se tomar pessoas mais virtuosas e assim poderem ajudar todos os que estão à sua volta, a começar pela família. | ||
Que Deus guarde vocês. |