Essa charge da Folha, por exemplo.
Essa charge da Folha, por exemplo. | ||
O desenho é um dos muitos exemplos do profundo desconhecimento sobre o conservadorismo no Brasil. | ||
Alguns pontos importantes: | ||
PRIMEIRO: as situações retratadas na charge só existem na cabeça dos dois chargistas não no dia a dia de um colégio militar. É uma caricatura desonesta. | ||
SEGUNDO: uma “escola conservadora” jamais seria militar ou cívico-militar porque conservadorismo não é militarismo e o conservador entende que ensino militar deve ser exclusivo para quem deseja formação militar. O desenho não retrata, portanto, um “ensino conservador” nem o ensino num colégio militar. | ||
TERCEIRO: não existe vínculo entre conservadorismo e militarismo. Isso é um equívoco de quem desconhece o pensamento conservador. O conservador entende que os militares devem cumprir as suas responsabilidades e deveres de forma restrita às suas responsabilidades e deveres. Isso significa que as forças armadas não devem se envolver na política, nem participar de governos, nem agir como se fossem a tutela da sociedade. | ||
Essa posição conservadora está baseada no ensinamento do passado, na nossa própria história. Todas as vezes em que os militares se envolveram na política o resultado foi negativo, no curto, médio ou longo prazo. Foi, aliás, um golpe militar que destruiu a tradição conservadora brasileira do século XIX em 15 de novembro de 1889. | ||
QUARTO E ÚLTIMO: é árduo e longo o trabalho de apresentação correta e qualificada do conservadorismo assim como é árduo e longo o trabalho para desmascarar caricaturas como a representada pela charge. |