O relatório dos militares e suas consequências
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O relatório dos militares e suas consequências

Eu já havia alertado nos stories que ninguém esperasse - como eu não esperava - que o relatório entregue pelo Ministério da Defesa ao TSE apresentasse provas que permitissem contestar o resultado da eleição.

Bruno Garschagen
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Eu já havia alertado nos stories que ninguém esperasse - como eu não esperava - que o relatório entregue pelo Ministério da Defesa ao TSE apresentasse provas que permitissem contestar o resultado da eleição.

O relatório não identificou a fraude que era esperada por bolsonaristas, mas alertou que não foi possível realizar uma análise completa pela falta de esclarecimentos técnicos e limitação de acesso aos conteúdos de programas e bibliotecas por parte do TSE. Procurei e não encontrei informações do motivo pelo qual o TSE não permitiu esse acesso e isso é algo que precisará ser resolvido.

Mesmo com a advertência de que não foi possível realizar uma avaliação adequada e que o sistema eletrônico de votação não está isento de ser alterado por “código malicioso”, o relatório desidratou o discurso de bolsonaristas sobre a possibilidade de fraude, neutralizou a “live do argentino” e a possibilidade de usar o documento para tentar impedir a posse de Lula.

Agora, os manifestantes precisam ajustar as suas pautas, mudar o local das concentrações e parar com essa história de intervenção. Sem esse ajuste, corre-se o risco da empolgação atual de quem está nas ruas se transformar em cansaço e, depois, em desilusão.

Como venho alertando há muito tempo, não podemos ceder à paixão política e terceirizar a nossa responsabilidade para político ou militar. Há muito a ser feito e cada um de nós é necessário na batalha política para proteger o que amamos e construir o que é necessário.

E aquele que, diante de tudo, reage de forma resignada e covarde achando que não há mais nada a se fazer, já desistiu antes mesmo de lutar.

Para mim, desistir não é opção.