O mundo hoje enfrenta um inimigo silencioso e mortal, o COVID-19 ou popularmente chamado de “corona vírus”. Sua forma de contágio é brutal…
Foto por Ravi Roshan em Unsplash | ||
O mundo hoje enfrenta um inimigo silencioso e mortal, o COVID-19 ou popularmente chamado de “corona vírus”. Sua forma de contágio é brutal, governos, médicos e voluntários estão se esforçando ao máximo para tentar evitar a propagação em escala fora de controle. | ||
A recomendação que temos é o confinamento social, ou seja, permanecer em casa até que isso passe. O período de quarentena com tempo indeterminado é meio assustador confesso, porém entendo que é realmente necessário. | ||
No Instagram é bem nítido o desespero pelo convívio social ser restaurado para encontrar com seus amores, amigos e voltar a vida normal. Talvez a vida nunca volte ao normal, pode ser que nossa forma de conviver mude radicalmente nos próximos dias. | ||
E se mudássemos nosso olhar? | ||
Penso que em cada situação difícil, nós podemos ter um outro ponto de vista e retirar ensinamentos e coisas boas, afinal a vida não é um conto de fadas, mas é dura e sofrida. Estou trabalhando de casa desde semana passada e nos primeiros dias foi estranho, somente vídeo conferência sem ver ninguém. | ||
Mas o COVID-19 tem me ensinado ironicamente sobre ter paciência. A minha vontade agora era sair voltar a minha rotina, mas isso seria estupidez. | ||
Uma das coisas mais interessantes que tem acontecido nesse período é que voltei a escrever com maior frequência, o violão que a há tempo nem sequer pegava está mais frequente e até tenho postado alguns trechos de música no Instagram. | ||
Essas são duas coisas que eu gosto e tenho prazer em fazer, mas o cotidiano não permite. E fiquei pensando em uma pergunta: | ||
Quando foi a última vez que você fez algo que ama? | ||
Talvez o COVID-19, seja um sinal para prestarmos atenção no que realmente importa, será que precisamos de fato, daqueles 900 “amigos” do Instagram? Em tempos de desespero é necessário se apegar a esperança, essa tal que nos faz viver e continuar caminhando a nossa peregrinação sem temor. | ||
Muitas pessoas enxergam a esperança como algo abstrato e intangível, porém, ela é palpável e vívida, um soldado em uma guerra se agarra a esperança de voltar para os seus e consegue suportar mais um dia no horror da guerra. Um atleta tem esperança de superar seus limites e conquistar a tão sonhado medalha, um casal apaixonado tem a esperança de se casar e ter uma bela família. | ||
A esperança é o que nos move e impulsa para querermos viver e celebrar o dom da vida. Mário Quintana em sua obra chamada Esperança deixa o relato magistral: | ||
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano | ||
“Nova Antologia Poética”, Editora Globo — São Paulo, 1998, pág. 118. | ||
Que sua esperança possa estar firmada em algo concreto e sólido, como diria o velho livro: | ||
Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; | ||
Habacuque 3:17–19 | ||
Fiquem em paz, e se protejam ❤ | ||
By Bruno Pulis on March 22, 2020. |