Biden ordena que 8500 tropas estejam prontas para serem deslocadas à Europa

O governo Biden ordenou que 8.500 soldados baseados nos EUA estejam prontos para serem enviados para a Europa Oriental, anunciou o Pentágono nesta segunda-feira.

  "Trata-se realmente de preparar as pessoas para partir", disse o porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby, durante uma entrevista coletiva nesta tarde. Disse ainda disse que a maioria dessas tropas seriam forças terrestres.  

Ele disse que as tropas estariam prontas caso a OTAN ative a Força de Resposta da OTAN (NRF) ou um 'ambiente de segurança em deterioração'. 

“Não há uma missão em si, trata-se de [o secretário de Defesa Lloyd Austin] querer antecipar a potencial ativação e garantir que essas unidades tenham tempo para se preparar”, disse Kirby a repórteres.

A Força de Resposta da OTAN é composta por cerca de 40.000 soldados internacionais em componentes terrestres, aéreos, marítimos e Forças de Operações Especiais (SOF).

Kirby disse que a medida está 'enviando uma forte mensagem de que estamos comprometidos com a Otan e estamos comprometidos em garantir que nossos aliados tenham as capacidades de que precisam caso precisem se defender'.

Ele enfatizou que as tropas estão atualmente em  'alerta intensificado' e não têm planos de desdobramento no momento. 

A 'maior parte deles' seria dedicada à NRF para ser ativada se convocada pela coalizão defensiva ocidental, mas acrescentou que Austin quer que os 8.500 soldados sejam posicionados para 'qualquer outra contingência também'.

A grande maioria dessas tropas de reserva serão membros do serviço ativo, embora Kirby não descarte a possibilidade de reunir mais forças de reserva também. 

Austin ordenou que as tropas estejam prontas para serem desdobradas na decisão do presidente Joe Biden. 

"Está muito claro que os russos não têm intenção agora de diminuir a escalada", disse o funcionário do Pentágono. 

Ele não disse se todas as tropas estariam sob o controle direto da OTAN, mas que, em última análise, todas estariam sob o comando do Comandante Supremo Aliado da OTAN na Europa, General Tod D. Wolters.

“Todos eles estariam reportando à dele, mas qual seria a cadeia de comando exata – é difícil para mim dizer, porque ainda não foram ativados”, disse Kirby.

O funcionário do Pentágono também evitou uma pergunta sobre se ele poderia descartar definitivamente o envio de tropas diretamente para a Ucrânia.

  — Isso é... acho que o presidente já falou sobre isso. Como você sabe... nós já temos conselheiros e alguns treinadores na Ucrânia, eles ainda estão lá trabalhando”, respondeu.  

Mais tarde,  acrescentou que as tropas dos EUA que treinam as forças ucranianas não estão sujeitas à ordem de evacuação que o Departamento de Estado dos EUA emitiu para alguns funcionários da embaixada e familiares de funcionários, e que não há planos para removê-los neste momento. 

  Mas as tentativas da Rússia de desestabilizar a Ucrânia não parecem se limitar à intimidação militar.Também na tarde de segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, alertou Moscou contra a engenharia de um golpe para derrubar a liderança do ex-Estado soviético - depois que o Ministério das Relações Exteriores britânico alertou que tal conspiração estava em andamento.

Psaki disse que seria uma "escalada severa" depois que a secretária de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, divulgou uma declaração incomum citando a inteligência britânica de tal esforço, sem fornecer detalhes específicos. 

  — Estamos alertando sobre táticas russas como essa há semanas.Relatos desse tipo de planejamento são profundamente preocupantes, se executados, constituiriam uma grave escalada – e certamente haveria consequências.'

* Com informações do Daily Mail.

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